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domingo, 20 de março de 2011

Nota do Vamos a Luta sobre a jornada de lutas da UNE

Tomar as ruas!
Em defesa de 10% do PIB pra educação e contra o corte no orçamento!

Torcemos para que os ventos de luta que sopram na Europa, nos EUA em Wisconsin e no mundo árabe inspirem a juventude brasileira a se mobilizar. Os planos de ajustes que cortam verbas de áreas sociais fundamentais seguem sendo implementados no Brasil pelo governo Dilma. É nesse contexto que é chamada pela União Nacional dos Estudantes uma jornada de lutas do movimento estudantil, a partir da terceira semana de março e que tem como pautas questões como o denunciar o corte de verbas no orçamento, a defesa de 10% do PIB para a educação, bem como os 50% dos fundos sociais do pré-sal.

O ano começou com um novo governo, mas com a velha política. Dilma aumentou o seu salário em 133% e o salário dos parlamentares em mais de 60%. Enquanto o dos trabalhadores irá para R$ 545,00. Dilma, anunciou um corte no orçamento em diversas áreas, sendo que a educação é a terceira maior afetada com R$ 3,10 bilhões a menos. Colado com isso em mais de 17 capitais houve luta contra o aumento das tarifas do transporte.

A proposta da jornada é realizar um calendário de mobilizações e ocupações (que já começou) em várias universidades e escolas. O Coletivo Estudantil Vamos à Luta é parte desse processo, pois entendemos que é fundamental a unidade para que o movimento estudantil brasileiro possa em conjunto ter vitórias no enfrentamento contra os ataques do governo sobre a juventude, os trabalhadores e o povo pobre.

O acesso ao ensino superior segue para poucos pois, apenas 11% dos jovens brasileiros que tem entre 18 e 25 anos tem acesso ao ensino superior em nosso país. Destes 11%, cerca de 80% estão em instituições privadas. Para isso, os sucessivos governos (FHC, Lula e agora Dilma) avançam no projeto de privatização da educação. Em seu primeiro pronunciamento, Dilma já anuncia um novo projeto para iludir a juventude: dar bolsas para estudantes de escolas públicas, enquanto as instituções de ensino seguem sucateadas. O governo quer garantir isenção fiscal aos empresários da educação e a essa politica deu o nome de PRONATEC.

A direção majoritária da UNE elaborou 49 emendas de um Plano Nacional de Educação (PNE) que não responde as pautas históricas da luta em defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade. Este não é o PNE historicamente construindo pela sociedade civil, sai de um CONAD – Congresso Nacional de Educação – aparelhado pelo governo.
Participamos da jornada a paritr dos eixos que são fundamentais nessa luta: a defesa de 10% do PIB pra educação, a retirada do veto de LULA aos 50% dos fundos sociais do pré-sal e contra o corte no orçamento. É necessário que os estudantes saiam as ruas em todo o país também para que possamos arrancar pautas específicas em nossas escolas e universidades como: RU, assistência estudantil, bibliotecas, segurança e reformas estruturais. Para isso te convidamos, Vamos à Luta?

Obama: Go home!
A vinda do presidente norte-americano nesse fim de semana em nosso país mostra a quem serve o governo Dilma, que mantém o veto de Lula à proposta da UNE de reservar 50% do fundos socias do pré-sal para educação. A presidente não mostra disposição em ceder a reivindicação dos estudantes e derrubar o veto.

Pelo contrário, Dilma oPTa por negociar a participação dos ianque nos fundos do pré-sal com a vinda de Obama ao Brasil. Uma vergonha! Por isso nos somamos ao conjunto dos movimentos sociais que se mobilizam contra sua vinda e declaramos que pelo menos 50% do fundo social do pré sal deve ir para a educação e não para os Estados Unidos.

Unidade para lutar
A unidade de todos os setores do movimento estudantil é fundamental. É lamentável que a direção majoritária da UNE tenha passado os últimos 8 anos servindo de correia de transmissão do governo e sua política para educação. Fazemos um chamado a todos os lutadores que atuam no movimento estudantil, independente da entidade que estejam que possamos atuar para garantir 10% do PIB pra educação, os 50% dos fundos sociais do pré-sal e contra o corte de Dilma no orçamento de 2011. O que deve garantir nossa unidade é a necessidade de lutar contra o desmonte da educação e a possibilidade de ter vitórias. Vamos à Luta!

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