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domingo, 11 de março de 2012

Produtivismo

Interessante o artigo extraído do ANDES (Sindicato Nacional dos Docentes da Educação Superior), sobre esta lógica de produção acadêmica.

Pressão da Capes pode gerar conduta antiética


A pressão feita pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) por publicações pode gerar condutas antiéticas por parte dos pesquisadores. Tal constatação faz parte de pesquisa desenvolvida na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP.

Segundo o autor do estudo, Jesumar Ximenes de Andrade, “quem não publica muito pode ser responsável pela redução da nota do curso e, por consequência, pode ser retirado do programa”. Tal relação é tema da tese de doutorado de Andrade, sob a orientação do professor Gilberto de Andrade Martins e será defendida no mês de abril. A pesquisa foi aplicada na á rea de Contabilidade.

Andrade fez o levantamento da opinião de 85 pesquisadores durante o Congresso USP de Controladoria e Contabilidade, em 2009, na FEA. Através de pesquisa quantitativa, na forma de questionário, o pesquisador apresentou 18 comportamentos antiéticos aos entrevistados, pedindo que esses respondessem à frequência com que ficaram sabendo de alguma daquelas práticas, bem como, a freqüência que acreditavam que tais comportamentos ocorriam. Ao final, foram questionados sobre os fatores que levariam a tais comportamentos. Com os dados coletados através do questionário, Andrade aplicou uma entrevista semi-estruturada a oito pesquisadores.

Conforme os levantamentos, um dos fatores mais indicados como propulsores de condutas antiéticas foi a pressão por um grande número de publicações. “É algo que merece reflexão da própria Capes e de toda a comunidade científica. É melhor ter quantidade ou qualidade? Publicações com qu alidade exigem tempo para serem produzidas”, afirma o pesquisador. Contudo, Andrade ressalta que a crítica não é ao papel que a Capes cumpre e sim aos atuais mecanismos. O autor pontua, ainda, que segundo a pesquisa as condutas antiéticas ainda não possuem muita frequência, contudo, sua simples existência já deve servir como alerta, buscando novas perspectivas que eliminem de vez a má conduta no meio acadêmico.

Práticas mais citadas
Entre os exemplos de má conduta, os mais citados estão relacionados às coautorias e a bibliografia. No primeiro caso, é comum, segundo os entrevistados, creditar a coautoria de outros autores que não contribuíram com o trabalho. Com isso, em outra pesquisa existe a retribuição. Com isso, aumenta-se o número de publicações para ambos. No que se refere à referência bibliográfica, é comum, também segundo dados da pesquisa, a citação de obras que não foram lidas, o que daria ao trabalho a impressão de um maior embasamento teórico. Outro dado que chamou a atenção, foi que os entrevistados acreditavam que a frequência com que são praticadas tais condutas é maior do que eles têm conhecimento.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Aborto: avanços na América Latina e retrocessos no Brasil?

Em referência ao dia internacional da mulher, optei por postar um texto bem interessante, que achei no Le Mond, tratando-se de uma análise bem contundente sobre a questão de uma das principais bandeiras do movimento feminista: o aborto. Todos lembramos da baixaria politica que se tornou a disputa politica na eleição presidencial em 2010. Trata-se de um texto de uma militante do movimento feminista, uma intelectual provavelmente, que eu não conhecia por nome, mas que faz uma análise tranquila e serena de como se comporta a presidenta Dilma em sua gestão. Em que pese haver várias mulheres ocupando postos ministeriais, pouco se avançou na discussão em torno do aborto legal.

__________

Margareth Martha Arilha | Pesquisadora do Nepo/Unicamp e membro da Comissão de Cidadania e Reprodução
28/2/2012

Le Monde Diplomatique Brasil

Todos se lembrarão do papel central que a temática do aborto teve durante as eleições presidenciais e de como a então candidata Dilma comprometeu-se publicamente perante todas as Igrejas, especialmente católica e evangélicas, a levar adiante uma gestão que “defenderia a vida”

Foi-se o tempo em que era prazeroso ser brasileira e participar de debates, seminários e reuniões internacionais que versassem sobre os direitos reprodutivos no Brasil. Foi assim durante as conferências internacionais das Nações Unidas, na década de 1990, quando o Brasil exibia um currículo construído com distinção, num processo de interlocução entre Estado e movimentos sociais, e que permitia exibir uma folha de serviços invejável à sociedade. Ganhava destaque a adoção do Paism (Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher), o serviço de aborto legal, assim como debates públicos consistentes sobre o direito das mulheres à informação e acesso à contracepção e sua regulação, antecipando uma enorme mudança de paradigma na formação e assistência prestada por profissionais de saúde. Muitas conquistas foram realizadas, com enorme ênfase nos processos de participação social.

Agora, que se iniciam os processos de revisão +20 das Conferências Internacionais, o que o Brasil terá a dizer sobre sua atuação nos últimos anos? Naquele período, embora fossem reconhecidas a força e a presença dos grupos conservadores, dadas pela própria inserção do Vaticano no conjunto de nações representadas na Assembleia das Nações Unidas, ainda havia espaço para a interlocução independente com o Estado brasileiro. Não há dúvidas de que este é o nó górdio que se abre atualmente para o enfrentamento da agenda de direitos sexuais e reprodutivos na América Latina e globalmente: a barreira criada pela entrada das forças religiosas no campo do Estado. No entanto, no caso do Brasil, essa porta aberta vem fazendo que a agenda brasileira de saúde e direitos reprodutivos embarque em um retrocesso inaceitável, haja vista nossa história pregressa. Diálogo com as Igrejas, sim, mas diálogo não significa submissão. Por que rezar justamente essa cartilha?

O crescimento do conservadorismo no Brasil e no mundo, nessa matéria, tem sido alvo de inúmeros debates e discussões,1 havendo relativo consenso de que o cenário de fortes mudanças que ocorreram nas sociedades ocidentais desde a década de 1960 geraria uma reaçãode igual intensidade e sentido oposto. Como se sabe, tal processo questionou posições aparentemente cristalizadas de valores e subjetividades e colocou as liberdades individuais no centro das posições de transformação. O peso das religiões na determinação de valores, condutas e comportamentos passou a ser relativizado.

A reação a esse processo de intensa transformação cultural parece se estruturar na forma de um retorno a valores tradicionais.2 Nessa iniciativa, o próprio Vaticano emerge como ator central e se dedica a olhar e atuar de maneira importante sobre a América Latina, uma região que aglutina um conjunto quantitativamente importante de católicos. Nos últimos quinze anos, o continente vem sofrendo grandes transformações, com a eleição de governantes de esquerda, o que poderia ser compreendido como um risco à manutenção da presença de valores religiosos nas culturas locais. Em relação ao que esse setor conservador considera uma ameaça, ele vem atuando com uma política de produção e absorção de recursos humanos qualificados e estrategicamente situados, defensores de propostas específicas, seja por meio de enunciados de leis, seja por argumentos usados para a criação de barreiras a medicamentos e regulações na América Latina, incluindo o Brasil.

Momentos eleitorais têm sido períodos de fragilidade para o campo dos direitos reprodutivos em toda a América Latina. Nesses processos, as Igrejas pressionam forças políticas de esquerda usando de suas tribunas para tentar impedir o voto em candidatos comprometidos com o campo dos direitos sexuais e reprodutivos. Nicarágua, Uruguai, Argentina, Chile e República Dominicana são exemplos. No Brasil, nas últimas eleições majoritárias, a situação foi tragicamente similar. Todos se lembrarão do papel central que a temática do aborto teve durante as eleições presidenciais e de como a então candidata Dilma comprometeu-se publicamente perante todas as Igrejas, especialmente católica e evangélicas, a levar adiante uma gestão que “defenderia a vida”.

Em agosto de 2010, o arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, publicou no jornal O Estado de S. Paulo uma matéria assinada que revelava a perspectiva e a plataforma com que a Igreja Católica, liderando os grupos conservadores, vinha trabalhando no Brasil. O texto de D. Odilo é claríssimo e explicita o que podem ter sido as conversações de 2010: a ênfase sobre temas do campo da família e a retomada de questões associadas ao direito à saúde das mulheres de uma perspectiva materno-infantil − apoio total à maternidade, fechamento de clínicas clandestinas de aborto com punição dos responsáveis, críticas ao planejamento familiar, chamado à responsabilidade do pai biológico e cumprimento da lei em vigor no que se refere à proteção e à defesa da mãe e do “filho” ainda por nascer.

Visto assim, de relance, para os mais distraídos, poderia parecer difícil discordar dessa agenda da Igreja Católica. No entanto, desde a segunda gestão Lula, tem-se criado, na área da saúde, um ambiente hostil ao discurso de emancipação das mulheres, de valorização de posturas que foram caras ao movimento de mulheres nacional e internacionalmente.

À época, infelizmente, o movimento feminista preferiu, de maneira geral, apostar no jogo eleitoral, não incrementando o debate público sobre os direitos reprodutivos, deixando de lado uma de suas questões mais caras, o direito ao aborto, em nome da futura eleição da presidente Dilma Rousseff. O movimento feminista pagou caro, uma vez mais.

O feminismo nunca deixou de valorizar a maternidade e a família. Ele buscou incluir nesse cenário os direitos humanos de todos, independentemente de cor, raça, classe social, orientação sexual, gênero ou idade, promoveu o respeito a suas opções, ressaltando como direito a autonomia e o poder de decidir das pessoas, especialmente em suas práticas sexuais e reprodutivas. Assim, o pré-natal é importante, sim, mas poder decidir sobre a gravidez também o é, o que se traduz no acesso à contracepção e ao aborto.

Lembro perfeitamente, ainda na década de 1980, que na condição de representantes do Conselho Estadual da Condição Feminina e acompanhadas de grupos da sociedade civil, discutíamos com o secretário de Saúde – à época João Yunes – que os centros de saúde só faziam o pré-natal e não viam as mulheres em sua integralidade, em todas as suas necessidades de saúde e em todas as etapas de sua vida. Essa era a diferença do Brasil com outros países da América Latina.

Durante as conferências das Nações Unidas, na década de 1990, já tínhamos percorrido um extenso caminho de debate social e político, que permitia promover políticas públicas inclusivas e integradoras, de amplo espectro, e mostrava às agências de cooperação internacional qual era o caminho a seguir. Na verdade, o Brasil foi um parâmetro para toda a América Latina em se tratando de saúde das mulheres.

A segunda gestão do presidente Lula e, agora, os passos de nossa presidente vêm mostrando que os governos que internacionalmente levam a fama de mais democráticos são aqueles que têm gerado mais dificuldades para a defesa da agenda dos movimentos de mulheres. Como mostrar isso ao mundo? Como dizer que a presidente Dilma, apesar de altos níveis de aprovação pela opinião pública, de ser mulher e de ter falado em saúde da mulher em seu discurso perante as Nações Unidas, traz nas entrelinhas de sua gestão um enorme acordo com a Igreja Católica?

Os sinais são claros desde Lula: a entrada maciça da educação religiosa nas escolas; os problemas com a contracepção de emergência; a assinatura do Termo de Acordo entre Brasil e Vaticano; a relutância em enfrentar o debate sobre o aborto no Congresso Nacional; a crise gerada em torno do Programa Nacional de Direitos Humanos em suas colocações sobre a autonomia das mulheres; a falta de priorização da votação da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF)n. 54, no Supremo Tribunal Federal, que trata da antecipação do parto nos casos de anencefalia; as barreiras de informação e acesso ao uso do misoprostol, um medicamento altamente eficaz em ginecologia e obstetrícia, mas que, por seus efeitos abortivos, sofre impedimentos de toda ordem. E chegamos até o programa Rede-Cegonha e finalmente à recente Medida Provisória (MP) n. 557, de 26 de dezembro de 2011.

A paciência acabou. Dessa vez, com a MP n. 557, o governo da presidente Dilma realmente se excedeu. Com o objetivo de reduzir a mortalidade materna, sem disfarces, pretendeu vender à sociedade aquilo que seriam os “direitos do nascituro”. Em texto que passa a valer a partir do momento de sua publicação e que só pode ser retirado de tramitação no Congresso Nacional pela própria presidente, a MP, além de alterar a lei que organiza o sistema de saúde para introduzir os direitos do nascituro, estabelece a necessidade de um cadastro de gestantes que obriga a identificação das mulheres grávidas e propõe um Comitê Gestor Nacional, sem qualquer participação da sociedade civil, e Comissões de Cadastro, Vigilância e Acompanhamento de Gestantes e Puérperas de Risco, desconhecendo estruturas já existentes no sistema de saúde e que poderiam ser melhoradas.

Essa MP possibilita a invasão de privacidade daquelas que eventualmente desejem abandonar o caminho da gestação e parto, optando por um aborto. Além disso, cria o auxílio de R$ 50 para o transporte das que têm dificuldade financeira, escamoteando o real problema da mortalidade materna no Brasil, que é a qualidade da atenção ao parto. Do abortamento inseguro como causa da morbimortalidade materna, nem sinal. Inúmeras têm sido as manifestações da sociedade civil contrárias à MP: Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rede Nacional Feminista de Saúde e Direitos Sexuais e Reprodutivos, Articulação de Mulheres Brasileiras, médicos da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), membros da Comissão de Cidadania e Reprodução, Observatório de Sexualidade e Política, Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco). E agora, Brasil?

A Argentina caminha de um país de Menem na época da Conferência Internacional de População e Desenvolvimento no Cairo, em 1994, de total apoio às iniciativas da Igreja Católica, para um processo de maior debate público, com a inserção de um volume maior de atores sociais, com propostas mais ousadas. Foi assim que, em 2011, na Argentina, uma coalizão de grupos de mulheres insistiu em promover um debate público de propostas de projetos de lei. O aborto é proibido por lei na Argentina, salvo em casos de risco para a vida da mãe ou abuso de mulher incapacitada. Nesse segundo caso, no entanto, a decisão costuma ser da Justiça, aspecto que já vem sendo problematizado por juristas e profissionais da saúde. Embora não tenha sido possível chegar à análise de projetos de lei pela Câmara dos Deputados, chegou-se bem perto disso.

No caso do Brasil, ocorreu o contrário. Um esforço enorme vem sendo despendido pelos movimentos sociais para tratar de segurar projetos de lei que, se aprovados, fariam retroceder o que já existe em nosso Código Penal, ou seja, a possibilidade de abortar nos casos em que a gravidez é resultado de um estupro ou quando a mulher grávida corre risco de vida.

No Uruguai, superando o veto que o ex-presidente socialista Tabaré Vasquez deu à lei que descriminalizaria o aborto, em 2008, o atual Senado uruguaio voltou a debater e aprovou a lei que, se também for aprovada pela Câmara dos Deputados, será sancionada pelo atual presidente, conforme já anunciado publicamente. O projeto de lei estabelece que “toda mulher maior de idade tem direito a decidir sobre a interrupção voluntária de sua gravidez durante as primeiras doze semanas do processo de gestação”. Tal período de três meses não é levado em conta se a gravidez for resultado de estupro, se a saúde ou a vida da mulher estiverem em risco e se existir má-formação grave do feto, incompatível com a vida extrauterina.

Na Colômbia, até 2006, o Código Penal punia o aborto de maneira absoluta, mas, mediante uma arguição de inconstitucionalidade e promoção de intenso debate público, as três causas que acabamos de citar passaram a ser aceitas para a realização de um aborto, com apoio de acadêmicos, associações médicas, religiosos, grupos de direitos humanos, entre outros.

Mas foi finalmente na capital do México que se obteve a maior inflexão legal. A partir de 2007, no Distrito Federal do México, o aborto deixou de ser penalizado quando realizado até a 12ª semana de gestação, o que criou um precedente na América Latina até então inimaginável. Com mais de 40 mil abortos realizados pelos catorze centros de referência estabelecidos, usando também o misoprostol, medicamento sobre o qual em tese nem se podem difundir informações no Brasil, o DF do México passou a ser um paradigma para todos os países em termos de execução de políticas públicas inovadoras para a saúde da mulher.

Ao contrário do DF mexicano, o Brasil, que em 1988 elegeu a primeira mulher prefeita da cidade de São Paulo e estabeleceu o primeiro serviço de aborto legal latino-americano, anda devagar. Anda de marcha a ré em relação aos direitos reprodutivos.

O estabelecimento da MP n. 557 para tentar reduzir a mortalidade materna, mas que na verdade serve para pavimentar direitos do nascituro, é, no mínimo, surpreendente. Reconhecer erros, como acaba de ser feito pela presidente Dilma, pode ser mais benéfico na construção de um leque de alianças amplo, do qual mulheres ativistas, acadêmicas e trabalhadoras também façam parte. Mas, a retirada da MP é fundamental se quisermos dizer no Rio+20, em Cairo+20 e em Beijing+20 que o Brasil tem cumprido seus acordos e promessas nacionais e internacionais, gerados na década de 1990. E, principalmente, compatibilizar políticas e direitos humanos de todas as cidadãs, independentemente de credo, raça, classe social, orientação sexual e gênero. É o que se espera deste Brasil emergente.

Para onde vamos, presidente Dilma?


Retomando o blog

Já fazia tempo que eu estava desanimado pra fazer postagens sistemáticas no blog. Acho que o animo pra escrever, comentar ou compartilhar opiniões está de volta. Então diariamente teremos novas postagens. Como não sou mais militante do movimento estudantil da UFPA e me mudei de cidade, vindo pra Niterói, estarei postando opiniões gerais, pontos de vista sobre assuntos diversos.

domingo, 2 de outubro de 2011

Romper o Imobilismo na UFPA

A inauguração da nova sede do DCE-Ufpa: É preciso romper o imobilismo para derrotar a reitoria

Na última quinta-feira, 22/09, foi inaugurada a nova sede do DCE-Ufpa. No entanto, o que deveria ser um momento de felicidade, transformou-se numa festa que fortaleceu a imagem do REItor Maneschy e de seus agentes no seio do movimento estudantil. No evento, regado a coquetel da administração superior, o REItor foi o último a falar tonificando os aplauso dos burocratas da UJS (PC do B) e do PT. Foi a primeira vez, depois de mais de uma década, que o DCE UFPA montou um palanque oficial para o REItor.
Relatamos isso com tristeza porque o setor majoritário do DCE UFPA, a ANEL (PSTU) e o JUNTOS (MES), compõem a esquerda do movimento estudantil. Setores aliados com quem já travamos inúmeras lutas na UFPA e que conformamos uma chapa unitária para as últimas eleições do DCE.
Mas esse é só um ponto da história e da situação da universidade. Antes é preciso entender o que se passa e porque chegamos a essa situação.
2011 – o ano dos indignados
Esse ano iniciou com uma avalanche de mobilizações. No mundo surgem INDIGNAD@S em todos os continentes. Nos países árabes derrubaram ditaduras, na Europa enfrentam os planos de ajuste fiscal, no Chile estão dispostos a perder o ano letivo em troca de defender a educação pública. Até nos E.U.A e Israel já há milhares ocupando as praças. Em todas essas lutas há uma ligação com as greves da classe operária.
No Brasil começam a se expressar os primeiros sinais dos INDIGNAD@S. Numa dezena de universidades os estudantes enfrentam com mobilização, ocupação de reitoria e até greve estudantil a situação de caos das universidades. O REUNI, cujos efeitos negativos são percebido pelos estudantes, tem sido frontalmente atacado, o que pega o governo Dilma em cheio. Assim ficou claro na UnB onde parte da pauta era a suspensão do vestibular até que se resolvessem os problemas de infra-estrutura e superlotação no Campus de Ceilândia.
Ao mesmo tempo a juventude se expressa com outras pautas. Houve uma rebelião no Piauí contra o aumento das tarifas com milhares nas ruas e queima de ônibus. Milhares tomaram as ruas de Brasília e Rio de janeiro contra a corrupção.
Durante as ocupações o desgaste do governo ficou claro. Não seria diferente, pois em 9 meses, Dilma perdeu 5 ministros. É um momento então de apertar a denúncia para derrotar Dilma. Sobretudo porque as greves começam a ganhar força, como vimos na construção civil, bombeiros, montadoras e demais fábricas, professores, trabalhadores da saúde e do transporte, servidores das universidades, correios e bancários.
Essa dinâmica começa a marcar nossa universidade. A maré do rio Guamá já começou a encher o campus de indignação.
Na UFPA, o setor majoritário do DCE está apático
No entanto, o DCE-Ufpa está paralisado. Não teve uma linha para coordenar e impulsionar novas ocupações, greves estudantis e mobilizações. Pior é que nem ao menos produziu uma nota em apoio às lutas estudantis. Durante a greve da FASUBRA não tiveram como centro prioritário da atividade do DCE apoiar a greve e participar das assembléias e piquetes do SINDTIFES. Houve atividades em que o setor majoritário do DCE nem sequer apareceu!
Durante mais de 8 meses de gestão o DCE-Ufpa não organizou nem um protesto contra a REItoria. O único panfleto distribuído foi o convite para a festa de inauguração da sede da entidade, desastroso evento que já relatamos. O material nada dizia sobre as absurdas filas do R.U, sobre a falta de segurança e de livros na biblioteca, nada sobre a tentativa de maquiagem que o atual reitor tentou fazer em algumas salas, quando na verdade em inúmeras é impossível assistir aula, porque o calor é insuportável, há cadeiras e portas quebradas, ou mesmo em casos como no curso de Medicina em que os estudantes não possuem laboratório com equipamentos mínimos para as aulas experimentais. Não falaram nada sobre o circular que demora de 20 a 30 minutos para passar, nada sobre o turno da noite onde as secretárias não funcionam. Nada sobre o terminal do 3º portão, que está abandonado.
Em fim, atuam como se não existissem pautas dos estudantes, como se o reitor não fosse o responsável e na contra-mão da dinâmica mundial da juventude. O setor majoritário do DCE desconsidera a crise econômica mundial, seus efeitos no Brasil, a crise política do governo Dilma e a nova dinâmica da luta de classes nacional. Para que não restem dúvidas, basta avaliar como eles querem construir a proposta de campanha pelos 10% pra educação.
10% do PIB pra educação: no voto ou ocupando a reitoria?
Os companheiros da ANEL (PSTU) e do JUNTOS (MES), num momento em que a universidade passa uma das suas piores crises, propõe como única saída para os estudantes fazer um plebiscito e explicar porque devemos ter 10% do PIB para educação. Uma proposta de pura propaganda descolada das demandas reais da base e articulada sob uma avaliação de que não é possível organizar protestos reais na UFPA.
Apesar de reconhecermos a necessidade de aumentar as verbas para a educação, a melhor forma que os estudantes compreendam essa pauta é partir daquilo que é sentido no dia-a-dia. Por isso a importância da campanha pela ampliação do R.U (MAIS R.U, MENOS FILAS) como alguns Centros Acadêmicos, o Vamos à Luta, e estudantes independentes estão fazendo. Essa é a melhor forma de combater os cortes de verbas de Dilma e Temer e explicar a necessidades de elevar as verbas, de combater o orçamento votado para 2012 e conquistar os 10%.
Nesse sentido a verdadeira propaganda que devemos fazer é sobre a necessidade de ocupar a Reitoria da UFPA para obter nossas conquistas. Não temos dúvidas de que assim, por meio da ação, a luta pelos 10% pode contagiar a base. Do contrário será apenas uma campanha para pedir que o estudante deposite um voto numa urna, nada mais.
REItor não nos representa!
No entanto, além do que já relatamos, o que mais nos preocupou foi a atuação dos companheiros da ANEL e do JUNTOS, durante a festa de inauguração da sala do DCE. Em suas falas, não questionavam o REItor sobre nenhum dos problema da UFPA. Era como se a universidade estivesse muito bem, a ponto de o REItor ser a figura central da inauguração da sede do DCE! Sendo que esse gesto significou desprezo pela independência que deve regular nossa entidade. Uma política que não representa a indignação que começa a crescer no RU, nos corredores, nos terminal de ônibus, nas salas de aula da UFPA.
Por outro lado não se denunciou a política histórica da REItoria de invadir o espaço que era de responsabilidade do movimento, acabar com as áreas de recreação (vadião) ou de furtar os espaços destinados as Xerox dos Centros Acadêmicos. Nem ao menos se exigiu o retorno da finança do DCE(cantinas), roubadas pela reitoria anos atrás durante a gestão pelega dos caruanas!
Uma atividade assim só se viu no último congresso da UNE, quando a o PC do B organizou palanque para Lula discursar ao final de um dos atos de abertura do evento. Lá também nós do Vamos à luta estivemos dentre os que foram melar a festa do governismo.
Democracia real já no DCE UFPA!
Os companheiros da ANEL (PSTU), que possuem maioria isolada de diretores na gestão, nos enfrentaram durante a inauguração da nova sede do DCE, porque cantávamos palavras de ordem. Segundo a intervenção de alguns de seus dirigentes, aquele não era um ambiente de polarização. Chegaram ao absurdo de falar no microfone que “deveríamos parar com aquela briga de torcida”. Um método burocrático que tenta calar as diferenças políticas. E até agora não entendemos porque não polarizaríamos sobre o caos da universidade na presença do REitor? Porque estava errado cantar contra o reitor: “ô Maneschy chega de enrolação, quero mais bolsas, circular e bandejão”? Porque não fazer palavras de ordem contra a UJS e o PT, agentes do governo e do reitor no nosso meio? Qual o objetivo dessa coexistência pacífica com a administração superior, seus bolsistas e assessores?
Não bastassem tentarem nos impedir de cantar palavras de ordem, nós do Vamos à Luta, que somos parte da gestão do DCE, fomos impedidos de falar, sem que nos apresentassem nenhuma justificativa. Mas o PT e o PC do B, que são base de apoio do governo e agentes de Maneschky na universidade tiveram suas falas garantidas! Além deles um Pró-reitor teve direito a falar. E está mais do claro que ANEL e JUNTOS cortaram nossa intervenção porque sabiam que íamos acabar com a festa do REItor deixando claro os problemas da UFPA. Houve uma clara censura política contra o Vamos à Luta!
A linha bem comportada dos companheiros que são maioria no DCE esteve evidente na própria declaração da reitoria. No site da universidade uma matéria de destaque sobre a inauguração da nova sede do DCE descreve: “Cooperação – Para o professor Fernando Arthur Neves, a comemoração também se estende à cooperação entre o DCE e a administração superior. ‘Fico muito feliz que o Diretório tenha conseguido dialogar com a administração superior, para que pudéssemos construir um espaço, do qual todos os estudantes usufruam.”
Fernando Arthur Neves é Pró-reitor e principal articulador da odiada reitoria passada, e que agora coordena a intervenção de Maneschy, que é nada menos que o suplente do 1º vice-presidente do ANDIFES (Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior), portanto, representante e aplicador da política do governo Dilma na universidade.
Por esse motivo é impossível que o DCE-UFPA não seja frontalmente oposição a REItoria. É impossível, estar na presença do reitor e não denunciar os problemas gravíssimos da nossa universidade. Precisamos de um DCE indignado, não apático. De um DCE de combate e para ação, não imobilista e paralisado. De um DCE que não vacila nem coopera com nossos inimigos. Um DCE radicalmente de oposição ao Reitor Maneschky. Um DCE inimigo do REI.
É necessário mudar o rumo para evitar mais um semestre de tédio na UFPA, sem nenhuma luta. A reforma de uma sala não pode ser um empecilho para criticar o REItor ou paralisar a luta estudantil.
Em nossa opinião a melhor maneira de enfrentar a reitoria é construir em cada instituto ou curso grupos que envolvam C.A´s e estudantes em geral para lutar pela pautas concretas e encurralar a reitoria. A única maneira de arrancar vitórias é derrotar o Reitor Maneschy. Fazer como na UFF, UFSC, UFPR, UnB e tantas outras que ocuparam a reitoria e saíram com suas pautas atendidas. Isso é urgente porque a linha majoritária atual pode levar ao fortalecimento da UJS e do PT no movimento.
De nossa parte estamos movendo todos os nossos esforços e quarta-feira, dia 28/09, esperamos os companheiros da ANEL e do JUNTOS, na audiência pública às 12:00, no R.U do básico.

Sobre a mobilização do RU

Na ultima quarta-feira houve uma grande mobilizacao dos estudantes. Conforme anunciamos esperavamos ter uma audiencia publica com reitor no Restaurante Universitario.

Na segunda-feira reenviamos um convite ao reitor, que desrespeitou os estudantes e nao compareceu. Na quarta-feira ao meio dia e meia chegou uma passeata de estudantes do Profissional, esperando a audiencia.

Comecamos uma assembleia, que a UJS, juventude da reitoria na UFPA, tentou impedir. Entao fomos pra reitoria fazer uma assembleia la.

O mais engracado de tudo foi que o reitor que disse ter compromissos , que nao tinha agenda pra receber o movimento estudantil, foi forcado a voltar pra UFPA e debater a pauta. Fomos pra Secretaria-Geral da UFPA. O reitor pediu um mes para dinamizar o RU do Profissional, otimizando o espaco e utilizando todo o RU, disse que ate o fim do ano reformara o RU do Basico e em um ano construira o RU do Instituto de Saude próximo ao Hospital Betina Ferro.

O reitor pediu reunioes sobre cada pauta que apresentamos. De inicio somos contundentes em dizer que nao acreditamos mais em reunioes. Foram varias reunioes, dois anos e alguma coisa de dialogo.

A partir desse momento o Vamos a Luta so ira a reitoria com mobilizacao. E acreditamos sinceramente que so a mobilizacao vai fazer vitorias na UFPA.


sábado, 24 de setembro de 2011

Vaia no Resturante Universitario

A nossa campanha pelo fim das filas imensas, pela climatização e pelo maior numero de refeiçoes no Restaurante Universitário ja começou a incomodar a administração da UFPA.

Ontem na nossa campanha com o som e o abaixo-assinado a diretora do RU estava pessoalmente conversando com todos os alunos, dizendo que os problemas não são bem assim.

Na nossa opinião o problema do RU não e, e nem nunca foi, as furações de fila, e sim a estrutura inadequada e o numero de refeições servidas. Em uma determinada hora uma estudante pegou o microfone e defendeu a direção do RU, a reitoria e o governo federal. Resultado: ela saiu do RU vaiada.

A vaia não deve ser entendida pessoalmente, e sim como uma indignação contra a situação do RU, o abandono da universidade e o corte de verbas do governo federal.

A vaia decorre do problema de que o que falamos não e nenhuma mentira, ninguém esta inventando as coisas, e fundamentalmente nossa luta tem eco. Esperamos que todos estejam conosco na audiência publica da próxima quarta-feira.

Campanha pelo reajuste de bolsas para pós-graduação

Pós-graduandos fazem Twittaço e mobilizam universidades por reajuste de bolsas

A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) organiza uma semana concentrada de campanha pela valorização das bolsas de pesquisa que teve início na segunda (19) e vai até essa sexta-feira (23). O foco é o reajuste das bolsas de mestrado e doutorado, que estão com os valores congelados há mais de 3 anos, embora as pautas por financiamento para educação e ciência e tecnologia também façam parte do debate. Além de ações nas universidades, a entidade promove uma diversificada campanha virtual, com Twittaço da hashtag #reajustedebolsasja marcado para esta quinta-feira (22).

A campanha foi decidida durante o 38º Conselho Nacional de Associações de Pós-Graduandos (Conap), que reuniu APGs de todo o país no mês de agosto em Recife (PE). Uma semana após o Conap, em 31 de agosto, a ANPG participou da Marcha dos Estudantes, que levou mais de 10 mil pessoas às ruas de Brasília, e a presidente da entidade, Elisangela Lizardo, teve a oportunidade de entregar um documento com a pauta do reajuste das bolsas à presidente Dilma Rousseff.

Momento propício

Segundo Elisangela, o contexto do país exige o fortalecimento do seu sistema ciência e tecnologia e também do educacional: “o Brasil vive um momento propício para impulsionar um crescimento que garanta justiça social e aproveite as possibilidades do país de forma sustentável. Temos o desafio de construir dois grandes eventos esportivos mundiais e descobrimos uma riqueza natural imensa, o pré-sal, que deve ser utilizada para o desenvolvimento do país com a participação de todo o seu povo neste processo. Mais do que nunca, a educação e a pesquisa científica devem ser entendidas como instrumentos essenciais para o melhor aproveitamento desta janela histórica de possibilidades e desafios que vive o país". É neste contexto que a ANPG pauta a valorização das bolsas de pesquisa, completa a doutoranda, que defende, ainda, a garantia de 10% do PIB para a Educação e de vinculação de verbas do Pré-Sal para Educação e Ciência e Tecnologia.

Instalação de um contador de dias sem reajuste, mural de apoiadores da campanha, vídeo-depoimentos, passagem em sala com distribuição de panfletos, reuniões de pós-graduandos para discutir o assunto.... no país inteiro o movimento se organiza para divulgar a campanha e ganhar adesão. Até em universidades onde há debate sobre greve, como é o caso da UFAC, a APG se mobiliza e procura realizar atividades em parceria com os servidores.

As primeiras atividades foram uma festa-protesto da APG PUC-Rio, um debate na Unifesp e um ato irreverente organizado pelas APGs da Unicamp, onde foram recolhidas moedinhas cuja destinação é uma doação simbólica ao governo federal para garantir o orçamento necessário para o reajuste. Os materiais da campanha estão afixados nessas e em outras universidades por todo o país.

Pelas ruas e pela rede

Além das ações nas universidades, os pós-graduandos promovem uma campanha virtual por toda a semana, sendo um destaque o Twittaço marcado para esta quinta-feira (22), com a hashtag #reajustedebolsasja. As mensagens divulgam o abaixo-assinado da campanha, as ações nas universidades, além de informações com o objetivo de sensibilizar a sociedade para a pauta. Um exemplo é a informação de que a inflação acumulada desde o último reajuste é de 17,56%. Outra mensagem ressalta que, segundo o IBGE, profissionais que concluíram graduação ganham, em média, 7,8 salários mínimos (R$ 3.642), enquanto os pós-graduandos são pesquisadores que recebem uma bolsa de R$ 1.200,00 para se dedicar ao mestrado e R$ 1.800 para o doutorado (valores Capes e CNPq).

Para que as metas do Plano Nacional de Pós-Graduação 2005-2010 fossem cumpridas, o valor atual da bolsa de mestrado deveria ser R$ 1.672,16 e a de doutorado R$ 2.479,78. Isso significa um reajuste de quase 40% dos valores atuais, conforme a ANPG pauta no abaixo-assinado da campanha.

Vídeo-depoimento

Outro instrumento que a campanha pretende utilizar é o recurso audiovisual. A proposta é que cada apoiador da campanha – pós-graduando ou não – grave um vídeo curto com o seu depoimento. Pode ser via webcam, câmera do celular, da máquina fotográfica, ou qualquer equipamento que cumpra o papel. A orientação é que o vídeo termine sempre com a frase "Reajuste de Bolsas Já!". Os vídeos devem ser enviados para o e-mailreajustedebolsasja@gmail.com e também para o perfil da ANPG do Twitter e o do Facebook, além de todos os contatos de quem o postou, claro.

A campanha virtual pretende ainda chamar a atenção das autoridades do Poder Executivo. Um texto padrão e os endereços de e-mail de autoridades que devem dar resposta sobre uma política de valorização das bolsas estão disponíveis na página da ANPG.

A campanha de bolsas continuará em outubro. O calendário da ANPG prevê a realização de audiências em Brasília para apresentar o resultado da campanha. APGs e pós-graduandos de todo o país devem participar da entrega do abaixo-assinado e relatório das mobilizações, que têm o objetivo de pressionar o governo pelo reajuste pautado.

Comissão no Senado retira a educação superior da responsabilidade do MEC

Projeto de lei transfere atribuição para Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

Segundo o jornal Estadao a Comissao de Ciencia e Tecnologia do Senado aprovou um projeto que retira a educacao superior do MES e a coloca sob responsabilidade do Ministerior da Ciencia, Tecnologia e Inovacao. O MEC ficaria responsavel apenas pela educacao basica. 2
1 de setembro de 2011 | 14h 51

Agora o projeto vai seguir pra Comissão de Educação, Cultura e Esporte e depois pra Comissão de Constituição e Justica. Se aprovado nessas duas instancias deve seguir pra votação na Câmara.

O autor do projeto, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), inspirou-se nas experiencias da Franca, Inglaterra e outros países. Eu pessoalmente espero que também nos inspiremos nas lutas de outros países para barrar, sobretudo a juventude indignada chilena, espanhola, inglesa, grega.

O maior problema deste projeto e que a inovação tecnológica tem como fim a produção de uma ciência que não e comprometida com a transformação da sociedade, e sim com o mercado, e tambem porque dissocia um projeto nacional de educacao, que deve vir desde a educacao infantil , chegando na educacao superior.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Sobre a mobilização do RU

Hoje ficamos sabendo que as movimentações pra resolver as filas do RU já começaram. O reitor chamou a diretora do RU e cobrou mais resultados. O que se viu foi hoje a própria diretora do RU tentando organizar a fila, evitando que hajam "furos" na fila.

Acontece que o problema no RU não são os "furoes" e sim a quantidade de refeiçoes vendidas; e forma de compra das senhas, porque temos uma fila que não precisa existir; e o calor infernal que acomete o RU do Básico, e logicamente a imundice que vivenciamos todos os dias com os animais que circulam por la.

Parece que a nossa movimentação ja esta rendendo frutos. Mas vamos todos pra audiência publica da semana que vem, na quarta-feira 28 de Setembro.

Greve dos Professores

Mais uma categoria a entrar em greve: os professores e trabalhadores da educação , reivindicando o cumprimento do piso nacional, melhores condições de trabalho, entre outros.

Sobre a inauguração da nova sala do DCE

Amanha será um dia histórico pro movimento estudantil da UFPA. Será inaugurada as 16 horas a nova sala do DCE, numa reforma bancada pela reitoria da UFPA. Sem duvida trata-se de uma reinvindicacao histórica do movimento estudantil da UFPA, uma conquista pra valorizar a entidade.

A nova sede da UNE no Rio de Janeiro também foi uma conquista historica, histórica porque reconstitui um pouco da memoria da entidade. Mas as semelhancas nao param por ai.

Quando Lula assumiu a presidencia houve um atrelamendo muito grande ao governo federal e a UNE parou de lutar. Logico que nao estou colocando na mesma vala comum a UNE e o DCE UFPA. Na UFPA o atrelamento nao ocorre da mesma forma, mas nao e preciso ser um grande entendedor de politica pra ver que a inauguracao da sede do DCE nao vai mudar em muita coisa a vida do estudante da UFPA. Faz tempo que o DCE UFPA deixou de ser o DCE UFPA dos velhos tempos, que tinha um projeto de universidade publica, um projeto de sociedade e que era oposicao a reitoria.

As salas de aula estão caindo aos pedaços, o circular não funciona no turno da noite, o RU tem uma fila tao grande que o próprio reitor classifica como critica, faltam professores em vários cursos, e amanha sera celebrada a inauguração da sala do DCE. Acho que devemos estar felizes pela conquista, mas o horizonte vai muito alem disso.

Este e um chamado aos camaradas das outras forças politicas pra se somarem a luta e a audiência publica que o Vamos a Luta junto com alguns CA's estamos chamando para a próxima quarta-feira.

Que as próximas acoes do DCE, que o PSTU diz dirigir, sejam capazes de trazer as conquistas que o estudante na base queira.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

UFPA e o fator subjetivo

Hoje houve uma grande atividade que fizemos na campanha contra as filas no RU. A atividade foi no RU do Profissional. Foram vários aplausos, vários alunos colocando os problemas dos seus cursos.

A campanha esta sendo um sucesso e esta vitoriosa. Mas estou convencido de que se hoje nao existe um processo radicalizado de luta na UFPA tem haver com um fator subjetivo: a vanguarda da UFPA e suas direções não estao convencidos de que tem um campo de luta aberto, muito amplo, uma terra de ninguém e estudantes dispostos a lutar.

Festa da UJS

Hoje estive na festa de aniversario da UJS. Sempre bom pra se atualizar nas novidades de bastidores. Pelo que me contam devem ser candidatos na próxima eleição a vereador os camaradas Fausto Neto, Alan Frick, Rodrigo Moraes, Sidney do CAECON e outros.


O novo circular e a piada de salão




O novo ônibus circular da UFPA virou uma piada de salão. Pra inglês ver.

Ônibus com ar-condicionado, musica ambiente e poltrona acolchoada, pena que demora 40 minutos pra passar e encerra as 19 horas. Portanto, os alunos da noite não tem direito a este novo brinquedo.

A historia seria cômica, se não fosse trágica.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Lula considera irresponsabilidade proposta de 10% do PIB pra educacao

"Quem te viu, quem te , quem a conhece não pode mais ver pra crer, que jamais esquece não pode reconhecer" (Chico Buarque)

Hoje o ministro da educação Fernando Haddad e o ex-presidente Lula estiveram nas comemorações do aniversário de 5 anos de fundação da Universidade Federal do ABC. La foram recebidos com protestos por militantes do PSOL que reivindicam o investimento de 10% do PIB pra educação.

O ex-presidente considerou irresponsabilidade a proposta de 10% do PIB, e ratificou a proposta de elevar ate 2020 os 7%.

Depois dizem que no governo do PT educação e prioridade.