Um canal de debates sobre universidade pública, politicas educacionais, fatos e acontecimentos na UFPA.
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terça-feira, 22 de junho de 2010
PSTU lança bloco de oposição ao DCE
A corrida eleitoral pelo DCE começa na UFPA.
Nesta quinta-feira o PSTU deve lançar o coletivo de oposição ao DCE UFPA.
O recado está bem dado: os companheiros devem sair sozinhos nesta eleição, com a diferença que nos últimos momentos de inscrição de chapa devem fazer o bom e velho discurso de unidade pra dar a imprensao pra sua base de que os sectários estão nas trincheiras do PSOL.
Entre as bandeiras está a luta pela segurança no campus, pena os companheiros nao estarem na audiência com o reitor que deliberou mais iluminação pro campus.
As eleições devem seguir como sempre foram na UFPA. A disputa real deve ficar entre o bloco majoritario da UNE, com PC do B e o PT e a oposição da UNE, com os camaradas do Vamos a Luta/Romper o Dia, ligados ao PSOL.
Eleições obviamente só são decididas na abertura das urnas e na posse, mas eu gostaria de ver uma gestão do PSTU no DCE UFPA, só não quero que seja igual a gestão do CACS e o que os camaradas fizeram com a eleição da Faculdade de Ciências Sociais.
Outro dado interessante é que a uns dois anos os camaradas diziam que com as vitorias na USP, UFMG, UFJF, UFRJ estava começando um processo pela base de ruptura com a UNE. Um ano depois perderam na USP, UFMG, UFJF, este ano perderam a UFAL. Só na USP as chapas da UNE, contando oposição, majoritaria somaram mais de três mil votos na frente. Algo explica isso que não seja uma base vaselina, que ora rompe com a UNE, ora volta pra UNE.
Na UFPA o mapa politico está bem perto de uma definição mas não me arrisco dizer quem vence a eleição, que será no segundo semestre.
Ficha Suja: reitor Maneschy está entre os inelegiveis
O reitor da Universidade Federal do Pará, Carlos Maneschy, também está entre os inelegiveis, a partir da lista divulgada pelo Tribunal de Contas da União por prestação de contas irregulares, segundo o jornal Diário do Pará.
O processo ainda deve-se à prestação de contas de sua gestão quando era diretor executivo da FADESP - Fundação pro Desenvolvimento e Amparo a Pesquisa, em 1998, por um convenio entre a FADESP e a SECTAM, sendo condenado à época a pagar cerca de 12 mil reais.
Com a palavra os outros blogs da universidade que sustentam a reitoria. Afinal, se Joao Marcio nao pode ser diretor do IFCH pelo principio da moralidade pública, o mesmo principio nao deveria ser aplicado a todos os outros gestores? E os que empunhavam a bandeira do ficha limpa na universidade, vao guardar a bandeira?
As fundações privadas tem sido um grande parasita nas universidades brasileiras, travestidas pelo discurso de agilidade e captação de recursos. Na Universidade de Brasília o movimento estudantil derrubou o ex reitor Timothy Mulholland que decorou o apartamento funcional com recursos de uma fundação privada, cujo cesto de lixo custava o equivalente a mil reais, lógico de forma superfaturada. Uma fonte fidedigna me informou que está em curso um processo na Policia Federal que investiga fraudes na gerência de recursos por professores, com financiamento de projetos fantasmas, cujos numero de processos já teriam sido entregues por funcionarias para a Policia Federal.
domingo, 20 de junho de 2010
Vamos a luta chama reuniao pra debater movimento estudantil de ciencias sociais
Já faz muito tempo que o movimento estudantil de Ciências Sociais deixou de dar respostas nacionais à varias demandas, que não conseguimos intervir de forma conjunta contra varias politicas que foram implantadas como Reuni, Prouni, Lei de Inovação Tecnologica, entre outros.
Atualmente grandes debates estão na ordem do dia, como currículo, empresas juniores e o ENECS vai cumprir um papel importantíssimo, no sentido da troca de experiências, para compartilhar perspectivas, etc.
Assim, o coletivo Vamos a Luta chama todos e todas pra uma reunião na quarta-feira, pra fazer um balanço do movimento estudantil de Ciências Sociais na UFPA e nacionalmente, tendo em vista o ENECS.
Gostaríamos de contar com a contribuição de todos, o objetivo é fazer uma carta de balanço e fazer um chamado nacional pra luta dos estudantes de Ciências Sociais
Quando? Quarta-feira
Que horas? 11:20 h
Onde? Bloco A de Ciências Sociais da UFPA
Otacilio vence as eleições no ILC
O candidato Otacilio venceu e de certa forma surpreendeu nas eleições para diretor do Instituto de Letras e Comunicação da UFPA, pois ganhou nas três categorias.
Ressalta-se que o ILC foi o único instituto na UFPA que fez eleições paritárias no ultimo período, os outros foram com voto universal.
Rosa Brasil que poderia ser uma liderança da esquerda da UFPA, no bloco do DCE, ADUFPA e SINTUFPA e que poderia coordenar um campo de oposição ao reitor, que ainda não existe abertamente sai derrotada das eleições.
Essa eleição volta a embolar o xadrez politico da UFPA. Em breve colocarei mais detalhes sobre esta eleição.
Ressalta-se que o ILC foi o único instituto na UFPA que fez eleições paritárias no ultimo período, os outros foram com voto universal.
Rosa Brasil que poderia ser uma liderança da esquerda da UFPA, no bloco do DCE, ADUFPA e SINTUFPA e que poderia coordenar um campo de oposição ao reitor, que ainda não existe abertamente sai derrotada das eleições.
Essa eleição volta a embolar o xadrez politico da UFPA. Em breve colocarei mais detalhes sobre esta eleição.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
A oligarquia maranhense e a greve de fome petista
Não sei se é de conhecimento de todos, mas o PT no Maranhão está num impasse terrível. Em convenção por 87 a 85 votos aprovou-se apoio ao deputado federal Flávio Dino (PC do B) pro governo maranhense.
Por pressão da família Sarney, que manda no Maranhão há mais de quarenta anos o Diretorio Nacional interviu no diretorio estadual, que levou dirigentes petistas maranhenses a uma greve de fome.
Lula que aqui ja beijou a mão de Jader Barbalho deseja entregar a militancia petista a outra ratazana de terno e gravata da politica brasileira.
Segue abaixo uma nota da bancada do PSOL no Congresso Nacional.
*UMA OLIGARQUIA QUE TEIMA EM MANDAR NO MARANHÃO E NO BRASIL: NÃO PASSARÁ!*
* **Caro(a)s Domingos Dutra, Manoel da Conceição e Terezinha Fernandes:*
A bancada federal do Partido Socialismo e Liberdade se solidariza com todo(a)s o(a)s militantes petistas que resistem à imposição da direção nacional do PT para que apoiem Roseana Sarney nas eleições ao governo do Maranhão.
Reconhecemos que a luta de vocês não é mera disputa interna pela definição de alianças partidárias. Lula, Dilma e a maioria petista negociam o destino de toda a população maranhense, que se torna, mais uma vez, refém de uma oligarquia que se mantém no poder há mais de 40 anos.
Não concordamos que, para governar e mudar o Brasil, seja necessária uma aliança com elites atrasadas, que passa por cima da militância partidária e é insensível à greve de fome de quadros históricos da esquerda brasileira. Esse projeto de poder, implementado nos últimos 8 anos, tem levado ao abandono de bandeiras históricas dos movimentos populares: ao final do Governo Lula, não vimos realizadas a reforma agrária, a auditoria da dívida, a democratização da informação, a universalização da educação pública e todas as demais reformas estruturais pelas quais, por tantos anos, lutamos juntos.
Reafirmamos nossa fraterna solidariedade a vocês e reiteramos que as portas do PSOL estão abertas a todo(a)s o(a)s lutadores/as sociais do país que não se submetem ao jugo das oligarquias.
*Deputado Ivan Valente – PSOL – SP*
*Deputado Chico Alencar – PSOL – RJ *
*Deputada Luciana Genro – PSOL – RS *
*Senador José Nery – PSOL – PA*
Informações confusas e a verdade sobre o curso de medicina
Virou um deus nos acuda a informação publicada pelo Conselho Regional de Medicina que o curso de medicina da UFPA iria ser fechado por determinação do MEC.
Ontem foi preciso que a secretária de educação superior do MEC viesse a público desmentir a informação.
Apesar de continuar, a Faculdade de Medicina apresenta vários problemas. Lembro que no CONSEPE que definiu o número de vagas para o último e também tumultuado vestibular, ainda na final da gestão do ex-reitor Alex Fiuza o grande debate era reduzir o número de vagas ofertadas (150 para 100) numa forma de resolver o problema. A diretora do ICS e a diretora da Faculdade de Medicina foram ao Conselho Superior à época pedir que não fossem reduzidas. Neste momento o pragmatismo neoliberal novamente se apresentava como solução. Ou seja, se está ruim vamos fechar, vamos privatizar, vamos terceirizar, etc.
A verdade sobre o curso de medicina, e tantos outros cursos da UFPA, é que falta condições dignas e minimas para a formação, faltam professores, pesquisa e extensao,e ntre outros.
Essa precarização da universidade pública abre espaço para uma reflexao pertinente sobre o papel que vem cumprindo os sistemas avaliativos das politicas educacionais (provao, sinaes, enade), que não identificam o problema e o corrigem, mas acabam punindo as universidades com corte de recursos, ranking que só interessa ao marketing das faculdades privadas e ameaça de fechamento de cursos.
Ontem foi preciso que a secretária de educação superior do MEC viesse a público desmentir a informação.
Apesar de continuar, a Faculdade de Medicina apresenta vários problemas. Lembro que no CONSEPE que definiu o número de vagas para o último e também tumultuado vestibular, ainda na final da gestão do ex-reitor Alex Fiuza o grande debate era reduzir o número de vagas ofertadas (150 para 100) numa forma de resolver o problema. A diretora do ICS e a diretora da Faculdade de Medicina foram ao Conselho Superior à época pedir que não fossem reduzidas. Neste momento o pragmatismo neoliberal novamente se apresentava como solução. Ou seja, se está ruim vamos fechar, vamos privatizar, vamos terceirizar, etc.
A verdade sobre o curso de medicina, e tantos outros cursos da UFPA, é que falta condições dignas e minimas para a formação, faltam professores, pesquisa e extensao,e ntre outros.
Essa precarização da universidade pública abre espaço para uma reflexao pertinente sobre o papel que vem cumprindo os sistemas avaliativos das politicas educacionais (provao, sinaes, enade), que não identificam o problema e o corrigem, mas acabam punindo as universidades com corte de recursos, ranking que só interessa ao marketing das faculdades privadas e ameaça de fechamento de cursos.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Forum de Graduação debate mudanças na regulamentação do estagio
Amanha (17/06) haverá reunião do Fórum de Graduação que vai debater mudanças importantes na regulamentaçao dos estágios na UFPA. É importante o comparecimento dos centros acadêmicos e dos discentes.
Na FFC-UNESP/Marília: polícia entra no campus para provocar estudantes da ocupação
Para quem não sabe os estudantes da UNESP Marília esta ocupando o prédio da direção do campus , em solidariedade à greve dos trabalhadores em para barrar a privatização do Restaurante Universitario. Vejam a ação da PM
Na FFC-UNESP/Marília: polícia entra no campus para provocar estudantes da ocupação
Na última quinta-feira o Comando de Ocupação do Prédio da Direção da FFC-UNESP/Marília empreendeu uma reunião de negociação com a Diretora da FFC, Mariângela S. L. Fujita, e com toda a burocracia acadêmica (professoras/es e diretores administrativos e chefes de seção) da qual ela faz parte. Nesta reunião, as/os estudantes conquistaram parte do que reivindicavam: a abertura imediata do RU à noite, com trabalhadoras/es concursadas/os. Quer dizer, barramos a terceirização.
À noite, em Assembléia Geral, a proposta foi aprovada por consenso. Contudo, saliente-se, deliberamos por permanecer ocupadas/os por três motivos fundamentais: primeiro, nossas demandas não se reduzem à não terceirização do Restaurante Universitário, pois vão no sentido de lutar contra um projeto privatista dos governos, seja federal ou estadual e, mesmo, contra as orientações do Banco Mundial e do FMI. Segundo, exigimos uma reunião de negociação com o Reitor da UNESP, Herman C. J. Voorwald bem como uma Congregação aberta que delibere nossa pauta de reivindicações. Terceiro: havíamos convocado um Conselho de Entidades Estudantis da UNESP-FATEC para Marília, juntamente com o convite as entidades de trabalhadoras/es e estudantes da UNESP, USP e UNICAMP.
Na sexta-feira pela manhã a Direção recuou e retirou a proposta. Diante disto, e sabendo tanto da política dos Governos e das Reitorias em dialogar por meio dos cacetetes; o Comando de ocupação optou pelo imediato levantamento de barricadas, deixando claro que lutaríamos com nosso sangue se preciso contra a terceirização e privatização da universidade. Fomos criticadas/os pelas/os ilustres professoras/es estalinistas. Fomos criticados pela burocracia do SINTUNESP. Fomos criticadas/os pelas/os estudantes de direita sob a pecha de insanidade.
Embora diante das barricadas a Direção tenha colocado, por meio de uma comissão de negociação de professoras/es, que não estava no horizonte a entrada da polícia no campus para reprimir as/os estudantes; eis que hoje, segunda-feira, dia 14 de junho de 2010, duas viaturas adentraram o campus. Desceram até a frente das barricadas e perguntaram “quem era o responsável”; em uníssono ouviram das/os estudantes presentes “a Assembléia Geral das/os Estudantes”. Posicionaram-se então em frente ao Prédio ocupado e, mediante a atuação de algumas/uns professoras/es, retiraram-se do campus.
Concomitantemente, estudantes passavam nas salas para convocar os três setores à resistir aos brucutus do Estado. Cerca de 150 pessoas, entre trabalhadoras/es, estudantes e docentes aglutinaram-se. Após a saída da polícia as/os trabalhadoras/es iniciaram uma Assembléia da categoria que ainda não teve fim. Do mesmo modo procederam as/os docentes. Ambas as categorias estavam em uma plenária do campus, fechada ao movimento estudantil, convocada pela direção para nos isolar e, assim, quebrar a espinha dorsal da resistência à terceirização.
As políticas de todos os governos, das reitorias e das direções, bem como da patronal, tem sido reprimir aquelas/es que se colocam em luta. Vimos a Reitoria da UNESP expulsando estudantes da UNESP-Franca, sindicando estudantes em Araraquara, Marília, P. Prudente; vimos professoras/es da UNESP-Registro que denunciavam a corrupção da burocracia acadêmica sendo ameaçadas/os de mortes; vimos trabalhadoras/es batalhando contra a polícia em suas manifestações e greves; a Tropa de Choque reprimindo a ocupação estudantil da UNESP-Araraquara em 2007; vimos a polícia invadindo a UNESP-P. Prudente para desocupar estudantes em luta; vimos, ainda há um ano, a Tropa de Choque combatendo manifestantes dentro do campus da USP-Butantã, na Batalha da USP, em 09 de junho de 2010 em vimos diretores de sindicatos sendo demitidos ilegalmente, como é o caso de Brandão do SINTUSP e de Didi do sindicato dos bancários.
Embora isto, explicitamos que o Comando de Ocupação reafirma sua disposição em resistir com pedras, paus, molotovs, bombas de cloro, rojões e tudo que pudermos lançar mão. Não negociamos com a faca do pescoço. Não retrocedemos frente às provocações da polícia. Não nos intimidam os músculos das/os militares. Somos a maioria. Defendemos os interesses da maior parte da população, pobre e explorada pelas/os patroas e patrões e pelos governos; não estamos ao lado das camarilhas de banqueiras/os burocratas, que rouba-nos o fruto do suor.
Do mesmo modo, reafirmamos a posição do CEEUF-Marília: nos colocamos em aliança às/aos trabalhadoras/es da UNESP, USP e UNICAMP, bem como seus interesses, diante dos ataques do capital internacional, bem como de seus prepostos e marionetes em todos os governos. Que o CRUESP retroceda imediatamente. Que a Reitoria da USP devolva neste preciso momento o salário que está a roubar das/os trabalhadoras/es em greve. Salientamos mais uma vez que somos a maioria, e não uma qualquer: somos aquelas/es dispostas/os a defender até o fim o que acredita.
PT: quem te viu e quem te ve
Cada vez mais me convenço de que a aliança com o DEM, oficial ou não e a imposição de Roseana Sarney são aspectos da degeneração do PT. O PT se esgotou como projeto de sociedade e se tornou somente um projeto de poder.
terça-feira, 15 de junho de 2010
A historica conquista da meia passagem
por Walter Pinto
Durante as décadas de 1980 e 1990, o movimento estudantil paraense viveu um dos maiores momentos de sua história. Milhares de estudantes deixaram as salas de aula e tomaram as ruas de Belém, em luta aberta pela conquista da meia-passagem. Do outro lado, os empresários do setor de transporte e o Estado, protegidos por pelotões de policiais militares armados até os dentes. Depois de muitas manifestações, que resultaram em ônibus incendiados, vidros quebrados, rotas desviadas e estudantes presos e feridos, a meia-passagem foi conquistada. A história, porém, só estava começando.
O trabalho de conclusão do curso de Licenciatura em História, realizado por Hildete Braz da Silva Costa, resgata esse passado recente por meio do relato de vários dirigentes de entidades estudantis que participaram da luta pela meia-passagem. A autora de "História oral da meia-passagem, a experiência dos militantes estudantis da UFPA - 1975/2005" voltou a sua própria época de militante, empregou a sua experiência na imprensa paraense como repórter na série de entrevistas realizadas e produziu o primeiro registro acadêmico sobre esse período agitado e vitorioso do movimento estudantil.
No primeiro capítulo do trabalho, a autora narra a reorganização nacional do movimento, a partir da década de 1960, quando a sede da UNE, na praia do Flamengo, foi incendiada e o Congresso Nacional aprovou o projeto de extinção da entidade. Durante alguns anos, o regime militar perseguiu, prendeu, matou e expulsou muitos estudantes de esquerda em todo o Brasil. No final da década de 1970, sob uma ditadura militar já bastante desgastada, teve início um processo de distensão, uma fase de transição que desembocaria na Nova República. Foi nesse momento que os movimentos sociais se reestruturaram.
No campus do Guamá, estudantes retomam a luta pela democratização da universidade pública e reivindicam "anistia ampla, geral e irrestrita". É o momento de resgate do Diretório Central dos Estudantes e dos centros acadêmicos. "Buscando meios para derrubar a ditadura", relata Hildete Costa, "o movimento se articula com entidades ligadas à igreja progressista, associações de bairros, centros comunitários, comunidades de base, entidades de defesa dos direitos humanos e associações de trabalhadores".
Em 1977, os estudantes realizaram manifestação por melhores condições de transporte, em função da decisão da Reitoria de proibir a entrada no campus das linhas de ônibus que iam até o bairro do Guamá. O protesto resultou na implantação de uma linha circular interna que ficou conhecida, em função da demora em passar nas paradas, por "secular". O campus era atendido precariamente e a má qualidade dos veículos da linha foi motivo para manifestações e protestos, como os promovidos pela gestão "Alternativa" à frente do DCE em 1977.
A história da luta nacional pela conquista da meia-passagem começou na década de 1940, como bandeira do Partido Comunista Brasileiro. Em Belém, segundo o jornal "Resistência", editado pela Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, os secundaristas saíram na frente. Em 1981, o DCE da UFPA democratiza o processo de eleição de seus dirigentes, trocando a eleição indireta pela direta. A chapa "Pra sair dessa maré", vitoriosa no pleito, ligada à corrente "Caminhando", começa a fazer o "trabalho de base" de reorganização dos centros acadêmicos. Segundo o médico e escritor Amaury Braga Dantas, na época tesoureiro do DCE, em 1979, só havia 3 centros acadêmicos organizados; em 1984, esse número saltou para 41. Nas demais faculdades públicas e privadas, o movimento também estava se estruturando.
As principais reivindicações na lista dos universitários da UFPA, entre outras bandeiras, eram: construção do restaurante universitário, meia-passagem e eleições diretas para todas as instâncias de poder, incluindo para os cargos de reitor e diretor de centros didático-cientí fico da UFPA.
Em 1983, o DCE, em conjunto com outras entidades, deflagra campanha contra as péssimas condições dos ônibus, exigindo "o congelamento do preço da tarifa e a meia-passagem sem burocracia para todos". No final da década de 1980, o movimento radicalizou promovendo uma série de confronto nas ruas de Belém entre estudantes e policiais, com ônibus invadidos e quebrados, até que, em 1984, o governador Jader Barbalho, finalmente assinou a lei de concessão de meia-passagem aos estudantes, limitada a 44 passes, detalhe que não satisfez os manifestantes.
"Os embates com o governo estadual, na época responsável pelo transporte urbano, não deixavam os estudantes com medo", relata Hildete Costa. "De forma corajosa, eles enfrentaram as polícias militar e civil, não temeram as armas e nem as bombas de gás lacrimogêneo. Muitos foram detidos, como o então estudante de Direito Jarbas Vasconcelos, preso na frente do campus da UFPA e na frente da Residência do Governador, e lavado à Delegacia de Ordem Política e Social, DOPS. Advogados simpatizantes dos movimentos populares, entre os quais José Carlos Castro e Egídio Sales Filho, trabalharam para liberar os detidos".
No dia 2 de setembro de 1985, os estudantes voltam às ruas em protesto contra o limite estabelecido pelo governo. No dia seguinte, os jornais de Belém estamparam fotos de estudantes em plena operação "pula-roleta" em ônibus da empresa "Guajará". Os manifestantes exigiam meia-passagem sem limites, mediante apresentação de carteirinha. O professor José Maia, então estudante do curso de História, explica que os tíquetes com 44 passagens eram insuficientes para todas as atividades que os estudantes desenvolviam fora do campus, como parte do trabalho acadêmico. O meio mais prático era, sem dúvida, a carteirinha de meia-passagem.
As manifestações ocorriam sempre à noite. Os estudantes paravam os ônibus, pulavam a roleta e controlavam o itinerário, em geral desviado até o bairro de São Braz, onde se concentravam antes de seguir, cantando palavras de ordem, até a Residência do Governador (atual Parque da Residência) ou ao Palácio do Governo. A arregimentação no campus era feita por meio de arrastão em sala de aula. Com os ânimos exaltados, não raro, aconteceram quebra-quebra de ônibus, sobretudo de vidraças, durante as passeatas. A tropa de choque da polícia militar investiu duramente contra os estudantes, utilizando bombas de gás lacrimogêneo, tiros e cavalos.
Durante o governo Hélio Gueiros, a repressão aumentou, segundo observação de José Maia. "Entre os anos de 1987 e 1991, o governo mandou as polícias militar e civil desmobilizarem toda e qualquer passeata estudantil", afirma o professor. Os estudantes revidavam com paus, pedras, seixos e bambus. Enquanto o caos tomava conta das ruas, paralisando o trânsito, o governo do Estado decidiu suspender os tíquetes, agora já em número de cem para universitários e um pouco menos para secundaristas.
Foram seis meses sem meia passagem, lembra a hoje doutoranda em Educação pela PUC, de São Paulo, Socorro Coelho, professora do Centro de Educação da UFPA, dirigente estudantil processada em 1990, fato que ainda hoje lhe causa sérios transtornos, como, por exemplo, ser impedida de viajar a Portugal para dar continuidade à sua pesquisa. A suspensão dos tíquetes revoltou todos os estudantes e também suas famílias, que tinham na meia-passagem uma redução de despesas. Foi então que se realizou uma série de manifestações memoráveis, com a última, a maior, envolvendo mais de nove mil participantes, segundo cálculos da polícia.
A gigantesca manifestação fugiu ao esquema de controle das lideranças. O carro do jornal O Liberal foi apedrejado, o mesmo ocorrendo com a Residência do Governador, 72 estudantes foram feridos em confronto com a polícia, alguns espancados violentamente, vários foram detidos, 27 ônibus foram depredados. A manifestação ganhou repercussão nacional. Depois dessa guerra nas ruas de Belém, o governo aquiesceu e atendeu a reivindicação dos estudantes.
Protestos contra o controle eletrônico
Muita coisa mudou no setor de transporte coletivo em Belém depois da conquista da meia-passagem. O transporte foi municipalizado e passou a ser controlado pela Companhia de Transporte de Belém. A idéia de controlar a meia-passagem por meio eletrônico, ganhou corpo na administração do prefeito Edmilson Rodrigues e foi colocada em prática na administração do prefeito Duciomar Costa, por meio do "Passe Fácil".
Recentemente, no entanto, os estudantes voltaram às ruas, mesmo que timidamente, para exigir o fim do controle eletrônico via satélite. Através dele, o cartão de meia passagem é bloqueado se o estudante passar menos de 15 minutos no interior de um coletivo. Segundo Hildete Costa, "o atual controle eletrônico até no nome demonstra a real intenção de mudar o imaginário dos estudantes, na medida em que pode induzi-los a ver a meia-passagem não como resultado de uma conquista do movimento social, mas como concessão do poder municipal".
Eleições na FCS ficam pra Setembro
Na ultima sexta-feira realizou-se reunião do conselho da Faculdade de Ciências Sociais, e numa decisão acertada definiu-se as eleições para o segundo semestre, provavelmente na segunda quinzena de Setembro.
Penso que seria importante fazer uma assembleia geral com avaliação do semestre e balanço.
A próxima comissão eleitoral terá menos trabalho, pois o regimento esta praticamente pronto e falta apenas conduzir os trabalhos.
Penso que seria importante fazer uma assembleia geral com avaliação do semestre e balanço.
A próxima comissão eleitoral terá menos trabalho, pois o regimento esta praticamente pronto e falta apenas conduzir os trabalhos.
sábado, 12 de junho de 2010
Eleições no ILC
Na próxima sexta-feira ocorrerá a eleição pra direção geral e adjunta do Instituto de Letras e Comunicação - ILC da UFPA para o quadriénio 2010-2014.
De um lado Rosa Brasil , que foi candidata a pro-reitora em 2008 na chapa Ana Tancredi, com apoio dos técnicos e buscando vencer na categoria discente, apoiada por diretores do DCE e pelo Centro Academico de Letras e do outro o candidato Otacilio, apoiado pelos professores e buscando apoio nos discentes. Quem quiser conhecer as propostas de Rosa Brasil pode entrar no blog http://prafazerdiferente.wordpress.com/
Diferentemente de todos os outros institutos que passaram por processos eleitorais, no ILC a eleição será paritária e não universal. As informações é de que o nível está baixando, quase próximo a baixaria que foi a eleição do IFCH.
Esse nível está demonstrando o desespero de grupos politicos na UFPA, pois com a eleição do ITEC, IG, ICEN, ICED, IFCH, ICSA e ILC começa a se desenhar o panorama politico que vai determinar as eleições da reitoria daqui a dois anos, fora a própria eleição do DCE e a conjuntura do apoio dos centros academicos.
De um lado Rosa Brasil , que foi candidata a pro-reitora em 2008 na chapa Ana Tancredi, com apoio dos técnicos e buscando vencer na categoria discente, apoiada por diretores do DCE e pelo Centro Academico de Letras e do outro o candidato Otacilio, apoiado pelos professores e buscando apoio nos discentes. Quem quiser conhecer as propostas de Rosa Brasil pode entrar no blog http://prafazerdiferente.wordpress.com/
Diferentemente de todos os outros institutos que passaram por processos eleitorais, no ILC a eleição será paritária e não universal. As informações é de que o nível está baixando, quase próximo a baixaria que foi a eleição do IFCH.
Esse nível está demonstrando o desespero de grupos politicos na UFPA, pois com a eleição do ITEC, IG, ICEN, ICED, IFCH, ICSA e ILC começa a se desenhar o panorama politico que vai determinar as eleições da reitoria daqui a dois anos, fora a própria eleição do DCE e a conjuntura do apoio dos centros academicos.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Plinio posiciona-se a favor da diversidade sexual
Segue texto na íntegra de Plinio de Arruda Sampaio, candidato do PSOL a presidência da República, depois de declarações conservadoras de Marina Silva, candidata do PV e da Parada da Diversidade Sexual de Sao Paulo.
Plínio Arruda Sampaio, para o site da Carta Capital
A Constituição brasileira assegura que todo brasileiro seja tratado como igual. Agora o debate eleitoral dará a oportunidade de fixar a posição dos candidatos a respeito da luta GLBT
A atividade sexual sempre foi objeto de atenção por parte das religiões e dos integrantes da classe dominante, com formas de controle da sexualidade que levam à dominação e à opressão. Isto não é aceitável porque está na raiz do preconceito e da discriminação.
O grande avanço humanista que as rebeliões estudantis da metade do século XX representaram foi precisamente a denúncia da hipocrisia burguesa em relação ao sexo. A sociedade tomou outra forma depois desse movimento – e para melhor.
Preconceitos e discriminações são comportamentos longamente arraigados e difíceis de extirpar. Aqui no Brasil já caminhamos bastante no que se refere à orientação das pessoas em relação ao sexo, mais ainda há muito que fazer.
No dia 19 de maio, a convite das organizações gays brasileiras, estive na I Marcha Nacional Contra a Homofobia, em Brasília, que reuniu cerca de duas mil pessoas. Os participantes defendiam a aprovação pelo Congresso Nacional de projetos que legalizam a união civil entre pessoas do mesmo sexo e a adoção de crianças por casais homossexuais.
O debate eleitoral dará a oportunidade de fixar a posição dos candidatos a respeito dessa questão – que não diz respeito apenas a uma minoria, mas a um principio de convivência social harmoniosa e democrática.
Como pré-candidato do PSOL à Presidência da República, após diálogos com diversos movimentos sociais e especialistas, tenho me posicionado favoravelmente ao direito de livre orientação sexual e à luta das lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. A Constituição brasileira lhes assegura esse direito, uma vez que estabelece a obrigação de que todo brasileiro seja tratado como “igual perante a lei”. E quem se propõe a debater os rumos do país e governar o povo brasileiro não pode se chocar com preceitos básicos do humanismo, submetendo-se à hipocrisia.
http://www.cartacap ital.com. br/app/coluna. jsp?a=2&a2=5&i=6984
PSTU é o responsavel pelo impasse na construção da nova central
A reorganização do movimento sindical brasileiro é uma necessidade que se impõe frente ao desafio de derrotar o neoliberalismo, os ataques a classe trabalhadora vivida nos governos FHC e Lula.
No ultimo fim de semana realizou-se em Santos o Congresso da Classe Trabalhadora, o CONCLAT, que deveria unificar a Conlutas - Coordenação Nacional de Lutas e a Intersindical numa poderosa central que unificasse os lutadores.
O CONCLAT se dividiu e o PSTU foi responsável pelo impasse. Já divulgamos no blog a nota da Intersindical, e segue a nota da Unido pra Luta, uma corrente sindical que atua no Brasil inteiro, e que (ainda) constroi a Conlutas.
UNIDOS POR UMA CENTRAL SINDICAL E POPULAR
Ao longo deste ano, correntes, movimentos e dirigentes sindicais trilharam o importante caminho da unidade necessária para o objetivo de superar a falta de uma direção classista e autônoma para a classe trabalhadora, órfã com a cooptação da CUT pelo governo.
Com esse espírito concordamos em convocar o Congresso da Classe Trabalhadora (CONCLAT) que foi precedido de seminários e assembléias em todo país.
A conjuntura de construção do CONCLAT, rumo a uma nova Central, é diferente da que vivemos na fundação da CUT. Aquela foi de grande mobilização, que deu origem a milhares de novos dirigentes, num processo de organização sindical de massas. Hoje, apesar de importantes lutas, não vivemos um ascenso generalizado.
Esta análise é fundamental na atual reorganização do movimento. A falta da pressão do ascenso exige que deva primar o critério unitário, de consenso e esforço para integrar todos os setores e movimentos que participam e não a simples disputa de aparatos onde quem tem uma maioria circunstancial impõe sua política para “anexar” os demais setores.
O PSTU é o responsável pelo impasse na construção da Nova Central
Somente com esta compreensão o CONCLAT poderia dar o passo qualitativo da fundação, efetiva, de uma nova central, classista autônoma e democrática. A UNIDOS PRA LUTAR defendeu que, para aprovar questões como concepção, estrutura e funcionamento, deveríamos utilizar um critério de, no mínimo, dois terços (2/3).
Alertamos desde o mês de abril, nas reuniões da Comissão de Reorganização e nos debates sobre o Estatuto, que essa deveria ser sua forma de funcionamento, pois, já no Seminário de novembro, ficou nítido o problema em relação a esses temas, os quais paralisaram os seminários, e quase colocaram em risco a realização do CONCLAT. Reafirmamos essa posição em nossa Tese e na proposta de Regimento do Congresso.
Os companheiros da Intersindical tiveram a mesma preocupação e apresentaram a proposta de votação em dois turnos. Coerentes com a lógica de um primeiro congresso.
Infelizmente, o PSTU, nessa oportunidade, priorizou a disputa de forças e o método de rolo compressor, sem a sensibilidade do momento e a verdadeira necessidade de construir com todos. Ao seguir dessa forma durante todo o Congresso, como resultado obteve a retirada de cerca de 40% dos delegados que não aceitaram o ultimatismo imposto, desconsiderando as posições de quase metade do Congresso.
O PSTU claramente centralizou seus esforços na disputa de aparato, fato comprovado durante o CONCLAT, que pouco debateu sobre programa, calendário de lutas, fortalecimento das oposições, coordenação das mobilizações que enfrentam os governos e os patrões. Isso se refletiu nos grupos de discussão onde o centro de suas preocupações não foi escutar a base das categorias, suas demandas e preparar as campanhas salariais.
Dois fatos demonstraram aos delegados a indisposição da direção do PSTU para a composição diante das diferenças e levaram à saída de parte importante da bancada do Congresso. O estopim foi a questão do nome da central.
Apesar de o PSTU querer minimizá-la, sua imposição mantinha a nova central atrelada ao nome da antiga CONLUTAS. Exclusivamente para demonstrar a sua hegemonia. Ademais, no início do processo, a própria Conlutas votara abrir mão do nome em função da nova central e a Intersindical desautorizou o uso de seu nome, fatos que foram ignorados pelo PSTU em desrespeito com as demais forças no Congresso.
Outro fato, foi a integração de setores estudantis e movimentos anti-opressão que muda o caráter classista da Central. E com incorporação imediata destes setores na direção votada neste CONCLAT, quando não tinha havido nenhum debate prévio para escolher seus representantes, diferentemente dos trabalhadores e setores populares. Por isso, é falso o argumento do PSTU que se rompeu a central por causa do nome e porque não aceitamos nos submeter “democraticamente” à votação da base.
A retirada das delegações aconteceu porque o PSTU ignorou a opinião de quase metade do Congresso. Desconheceu o novo momento que requeria disposição à composição de fato. Deu primazia à disputa da hegemonia, ao invés de buscar de todas as formas os consensos e o respeito para com os demais setores. Impôs uma maioria circunstancial para fundar uma central que, para o PSTU, seria a mera continuidade da antiga CONLUTAS (até no nome). Mesmo assim, frente a esta realidade, o PSTU insiste em anúncios de que se fundou uma nova central, quando o fenômeno da unificação da nova central era a unidade entre a Conlutas, a Intersindical e a integração de outros movimentos.
A Intersindical se foi por não compactuar com os métodos e a política do PSTU. A Intersindical se foi e mesmo assim o PSTU insiste em falar em nova central. O que existe de “novo” é uma Conlutas, que incorporou alguns setores do CONCLAT. A UNIDOS também não aceitou tais imposições.
Ao PSTU, por ser maioria, cabia a responsabilidade maior para que o processo concluísse de forma positiva, mas, não, levou o CONCLAT a um impasse. Por esse motivo não se fundou uma Nova Central.
O PSTU não quer construir uma central classista
Um debate importante que devemos fazer é a posição policlassista que o PSTU tenta impor à nova ferramenta da classe trabalhadora, desprezando a posição de importantes setores, como a UNIDOS PRA LUTAR, a Intersindical, o MTST e o MAS. Esses defenderam uma central verdadeiramente da nossa classe: sindical e popular. Defendemos a unidade e os direitos das mulheres trabalhadoras, somos contra o racismo e a homofobia. Defendemos que na Nova Central se organizassem esses setores que não possuem base definida, de forma horizontal, sem direito a voto, mas garantindo a necessária unidade com todos os setores explorados e oprimidos. Evitando o erro de dupla representação da extinta Conlutas. Defendemos que as mulheres, negros e homossexuais trabalhadores devem se organizar em suas entidades de classe
Reivindicamos a verdadeira unidade entre os trabalhadores e a juventude, tendo a clareza de que esse setor da sociedade é policlassista. Na perspectiva da luta socialista, os estudantes sabem que devem estar sob direção da classe trabalhadora. A educação, da combativa juventude estudantil que nos apoiou na construção do CONCLAT, para a luta socialista, deve rejeitar a manipulação do sentimento unitário de defesa dos direitos desses setores para impor uma concepção de central policlassista. Na prática, a incorporação imediata desses setores serviu para incluir nas instâncias da nova central, inclusive em sua direção, um dirigente biônico, uma vez que o movimento estudantil e de opressões não elegeram delegados ao congresso.
Verificamos, também, no Congresso da Conlutas, um exemplo claro em que a participação de movimentos sem base definida e sem nenhum tipo de limitação determinava quem deveria dirigir nossa classe. Isso é capitulação à onda da social democracia e dos movimentos ao estilo do Fórum Social Mundial de diluição da classe trabalhadora. A rebelião e a resistência expressaram a vontade de construir uma ferramenta sindical e popular realmente NOVA, democrática, de classe, autônoma e combativa.
Continua a batalha pela construção de uma Nova Central Classista, Autônoma e Democrática
Frente ao impasse, a UNIDOS continua firme, na luta por uma central sindical e popular classista, autônoma e democrática. Esse desafio ganha força com a rebelião de base no CONCLAT.
Para poder avançar precisamos de muita democracia interna e respeito entre as forças que se dispõem a construir a nova ferramenta. A democracia operária nada tem a ver com as manobras de um partido para impor sua vontade a outras correntes e aos próprios trabalhadores. Insistimos na necessidade de atuarmos na busca de consensos. Essa foi a metodologia que permitiu uma atuação vitoriosa durante um ano e meio (FSM em Belém, Jornadas de Lutas e Calendário Unitário, Seminários Estaduais e o Nacional e finalmente, chegar ao CONCLAT).
Chamamos ao conjunto d@s lutador@s, à Intersindical e ao MAS, e também a setores que permaneceram no Congresso, como os companheiros do MTST, Conspiração Socialista, BRS e MTL e demais sindicalistas, a seguirmos firmes na construção da nova central, que será possível mediante a rediscussão sobre o caráter da central, o nome com o qual chamará à incorporação de múltiplos setores de trabalhadores e a garantia da mais ampla democracia. Nesta etapa, deveremos avançar pela busca de consensos. Está nas mãos do PSTU a possibilidade de avançarmos. É necessário que avancem em direção à resolução do impasse, para que de fato possamos construir essa NOVA ferramenta.
A UNIDOS PRA LUTAR fará todos os esforços para, junto aos demais setores, coordenar ações para um forte calendário de lutas, unificar as campanhas salariais das diversas categorias e fortalecer as oposições sindicais na luta contra o governo e os patrões e na disputa da direção de nossa classe contra a CUT, Força Sindical e demais centrais pelegas.
Esperamos que esse processo de intervenção comum na luta de classes leve ao passo decisivo de construção da NOVA CENTRAL.
São Paulo- SP, 10 de junho de 2010
Coordenação Nacional da UNIDOS PRA LUTAR
PC do B revisa posição e vai disputar em Serviço Social
Ontem conversei com Márcio, dirigente do PC do B, e trocamos ideis e visões sobre o movimento estudantil da UFPA.
A UJS/PC do B revisou a posição inicial que era não disputar mais a eleição do Centro Academico de Serviço Social, já que seus quadros iriam priorizar as eleições gerais, na perspectiva de eleger um deputado estadual.
O CA de Turismo e o CA de Economia já estão rezando pela cartilha da reitoria e ICSA, resta ver como a esquerda ficará depois da eleição de Serviço Social, um CA que tem uma historia de enfrentamento e questionamento das gestões à frente da reitoria.
A UJS/PC do B revisou a posição inicial que era não disputar mais a eleição do Centro Academico de Serviço Social, já que seus quadros iriam priorizar as eleições gerais, na perspectiva de eleger um deputado estadual.
O CA de Turismo e o CA de Economia já estão rezando pela cartilha da reitoria e ICSA, resta ver como a esquerda ficará depois da eleição de Serviço Social, um CA que tem uma historia de enfrentamento e questionamento das gestões à frente da reitoria.
Maioria de votos nulos na Faculdade de Serviço Social
Ontem aconteceu a eleição da Faculdade de Serviço Social, sem nenhuma divulgação e sem debate com os discentes, a exemplo do que aconteceu em Ciências Sociais.
A esquerda a partir do Vamos a Luta chamou voto nulo. O voto nulo foi quase 70% dos votos daquela unidade acadêmica.
Novas eleições devem ocorrer.
A esquerda a partir do Vamos a Luta chamou voto nulo. O voto nulo foi quase 70% dos votos daquela unidade acadêmica.
Novas eleições devem ocorrer.
Chapa 1 vence eleição no CAECON
A chapa 1 "Renovação" saiu vitoriosa da eleição de ontem no CA de Economia, vencendo a eleição por 151 votos a 87.
Ontem mesmo surgiu o Coletivo "Alem do que se vê", que vai cotinuar militando na Economia, no ICSA e na universidade. Os diretores do DCE apareceram pra dizer que a luta continua e que estaremos constuindo as nossas bandeiras de luta mesmo com a derrota na eleição.
No fim da eleição apareceu o camarada Marcio, do PC do B, e disse que aquela era a chapa apoiada pelo PC do B.
Mais uma vez, chapa da direção majoritaria da UNE com discurso independente.
Ontem mesmo surgiu o Coletivo "Alem do que se vê", que vai cotinuar militando na Economia, no ICSA e na universidade. Os diretores do DCE apareceram pra dizer que a luta continua e que estaremos constuindo as nossas bandeiras de luta mesmo com a derrota na eleição.
No fim da eleição apareceu o camarada Marcio, do PC do B, e disse que aquela era a chapa apoiada pelo PC do B.
Mais uma vez, chapa da direção majoritaria da UNE com discurso independente.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
PC do B ganha da DS de novo no Direito
Pelo segundo ano consecutivo a DS (Democracia Socialista), tendência da governadora Ana Júlia no PT, que por muitos anos dirigiu o maior centro academico da UFPA, o CADEL - Centro Academico de Direito Edson Luís, perdeu novamente a eleição pra Uniao da Juventude Socialista - UJS, ligada ao PC do B. A chapa Pra fazer Direito teve 358 votos e a chapa Direito em Movimento - DM teve 277.
Este ano PSOL e PSTU não montaram chapa.
Este ano PSOL e PSTU não montaram chapa.
Sobre o CONCLAT
Ocorreu em Santos no ultimo final de semana o Congresso da Classe Trabalhadora, que de inicio deveria unificar a Coordenação Nacional de Lutas - CONLUTAS e a Intersindical, mas acabou nao acontecendo.
O PSTU divulga em seu site que a divergencia foi apenas de nome.
Segue abaixo uma nota da Intersindical esclarecendo
Nota da Intersindical sobre o Conclat dos
dias 5 e 6 de junho de 2010 em Santos
1 - A Intersindical saúda todas as entidades sindicais e movimentos populares que se empenharam em construir o CONCLAT, fazendo inúmeras assembleias com os trabalhadores e trabalhadoras, elegendo delegados e delegadas, fazendo um esforço político e financeiro para a viabilização do Congresso da Classe Trabalhadora – Conclat, na perspectiva de construir um instrumento de luta, uma central, para organizar e dar voz a todos os lutadores e lutadoras, para organizar e aprofundar o combate ao Capital e aos governos neoliberais.
2 - Infelizmente, o que não desejávamos aconteceu! Tivemos que interromper o processo de fundação da central. O debate sobre a construção da nova Central (natureza, política e nome) revelou a mais absoluta falta de vontade, por parte da maioria da CONLUTAS, em construir uma síntese de opiniões divergentes, optando pelo método, a partir de uma maioria numérica (pequena e eventual) de delegados e delegadas no congresso, de querer impor uma única visão.
3 - O setor majoritário, Conlutas, de forma intransigente, impôs uma limitação ao riquíssimo processo de unidade, que culminou, simbolicamente, no debate de nome. A Intersindical e diversos setores sempre deixaram explícito que era preciso construir o NOVO, que não aceitávamos a simples junção de nomes, que era necessário um nome que expressasse uma concepção política classista e independente dos trabalhadores e trabalhadoras; e que neste processo de complexo de construção da unidade, o método deveria ser o da construção coletiva, sem exclusão e sem preponderância de qualquer setor.
4 - Para nós, e para maioria dos lutadores e lutadoras presentes no Conclat, qualquer nome defendido pelas organizações convocantes, seria absolutamente aceito por todos os delegados e delegadas do congresso, exceto um que significa-se a justaposição de apenas duas experiências que, apesar de importantes, têm limitações e que por isso mesmo se esforçaram com outros setores para realizar este congresso e construir a unidade. A construção desta unidade é mais que apenas um ajuntamento
de parte das organizações que estão envolvidas hoje.
5 - Para nós da Intersindical o processo de formação da Central está em curso. Os impasses que perduram, dizem respeito à concepção de central e de democracia operária e culminou na tentativa de imposição por parte do setor majoritário em aprovar como nome da central “Conlutas-Intersindical”, mesmo com a nossa desautorização, expressa em plenário, sobre a utilização do nome da Intersindical na proposta.
6 - Reiteramos nossa disposição em construir um instrumento de luta unitário dos/das militantes combativos/combativas que defendem a superação do capitalismo, mas reafirmamos também que não aceitaremos o método da imposição que se expressou no debate sobre o nome Conlutas-Intersindical não possibilitando a unidade e desrespeitando a caminhada e o esforço coletivo de todos os setores presentes nesta construção. Muito menos condiz com a idéia de uma Central que faz uma síntese da rica experiência do processo de reorganização do movimento sindical e popular dos últimos anos e que se abre para incorporar o máximo possível da nossa classe na luta contra a exploração.
7 - Nos orgulhamos muito em saber que todos os setores que participaram do Conclat seguem juntos na luta, contra a repressão aos movimentos sociais, contra a retirada de direitos, pelo fim da exploração capitalista e contra os governos que aplicam estas políticas. Conclamamos que cada setor se esforce para superarmos os impasses e concretizar uma organização comum que anime e organize e luta dos trabalhadores e trabalhadoras para que estes possam dar sua contribuição, rumo a construção do socialismo.
Coordenação Nacional da Intersindical
O PSTU divulga em seu site que a divergencia foi apenas de nome.
Segue abaixo uma nota da Intersindical esclarecendo
Nota da Intersindical sobre o Conclat dos
dias 5 e 6 de junho de 2010 em Santos
1 - A Intersindical saúda todas as entidades sindicais e movimentos populares que se empenharam em construir o CONCLAT, fazendo inúmeras assembleias com os trabalhadores e trabalhadoras, elegendo delegados e delegadas, fazendo um esforço político e financeiro para a viabilização do Congresso da Classe Trabalhadora – Conclat, na perspectiva de construir um instrumento de luta, uma central, para organizar e dar voz a todos os lutadores e lutadoras, para organizar e aprofundar o combate ao Capital e aos governos neoliberais.
2 - Infelizmente, o que não desejávamos aconteceu! Tivemos que interromper o processo de fundação da central. O debate sobre a construção da nova Central (natureza, política e nome) revelou a mais absoluta falta de vontade, por parte da maioria da CONLUTAS, em construir uma síntese de opiniões divergentes, optando pelo método, a partir de uma maioria numérica (pequena e eventual) de delegados e delegadas no congresso, de querer impor uma única visão.
3 - O setor majoritário, Conlutas, de forma intransigente, impôs uma limitação ao riquíssimo processo de unidade, que culminou, simbolicamente, no debate de nome. A Intersindical e diversos setores sempre deixaram explícito que era preciso construir o NOVO, que não aceitávamos a simples junção de nomes, que era necessário um nome que expressasse uma concepção política classista e independente dos trabalhadores e trabalhadoras; e que neste processo de complexo de construção da unidade, o método deveria ser o da construção coletiva, sem exclusão e sem preponderância de qualquer setor.
4 - Para nós, e para maioria dos lutadores e lutadoras presentes no Conclat, qualquer nome defendido pelas organizações convocantes, seria absolutamente aceito por todos os delegados e delegadas do congresso, exceto um que significa-se a justaposição de apenas duas experiências que, apesar de importantes, têm limitações e que por isso mesmo se esforçaram com outros setores para realizar este congresso e construir a unidade. A construção desta unidade é mais que apenas um ajuntamento
de parte das organizações que estão envolvidas hoje.
5 - Para nós da Intersindical o processo de formação da Central está em curso. Os impasses que perduram, dizem respeito à concepção de central e de democracia operária e culminou na tentativa de imposição por parte do setor majoritário em aprovar como nome da central “Conlutas-Intersindical”, mesmo com a nossa desautorização, expressa em plenário, sobre a utilização do nome da Intersindical na proposta.
6 - Reiteramos nossa disposição em construir um instrumento de luta unitário dos/das militantes combativos/combativas que defendem a superação do capitalismo, mas reafirmamos também que não aceitaremos o método da imposição que se expressou no debate sobre o nome Conlutas-Intersindical não possibilitando a unidade e desrespeitando a caminhada e o esforço coletivo de todos os setores presentes nesta construção. Muito menos condiz com a idéia de uma Central que faz uma síntese da rica experiência do processo de reorganização do movimento sindical e popular dos últimos anos e que se abre para incorporar o máximo possível da nossa classe na luta contra a exploração.
7 - Nos orgulhamos muito em saber que todos os setores que participaram do Conclat seguem juntos na luta, contra a repressão aos movimentos sociais, contra a retirada de direitos, pelo fim da exploração capitalista e contra os governos que aplicam estas políticas. Conclamamos que cada setor se esforce para superarmos os impasses e concretizar uma organização comum que anime e organize e luta dos trabalhadores e trabalhadoras para que estes possam dar sua contribuição, rumo a construção do socialismo.
Coordenação Nacional da Intersindical
Grupo de Denise Cardoso articula-se pra Faculdade de Ciencias Sociais
O grupo da professora Denise Cardoso e do prof Alberto Teixeira, que depois de perder a eleição pra direção do IFCH voltou a ser assessor do reitor, reuniu-se ontem pra debate a eleição da Faculdade de Ciencias Sociais.
Eles defendem eleição ainda este semestre, o que deve ser definido na sexta feira em reuniao do Conselho da Faculdade de Ciencias Sociais e devem lançar uma candidatura, com nomes ainda a se definir.
Detalhe: até ontem (terça-feira)a noite a presidente do Conselho da FCS, prof Eneida Assis nao tinha feito a convocação.
Eles defendem eleição ainda este semestre, o que deve ser definido na sexta feira em reuniao do Conselho da Faculdade de Ciencias Sociais e devem lançar uma candidatura, com nomes ainda a se definir.
Detalhe: até ontem (terça-feira)a noite a presidente do Conselho da FCS, prof Eneida Assis nao tinha feito a convocação.
Eleições no CA de Economia
O Centro Academico de Economia está passando por eleição, hoje e amanha. Duas chapas estão disputando, fruto de uma divisão na ultima gestão. A chapa Renovação é ligada à direção do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, e (pasmem!) está prometendo comprar um microonibus pros estudantes viajarem, dizendo que é possível através da captação de recursos em editais. Nem a UFPA com o seu prestigio de maior universidade do trópico umido consegue, imaginem os estudantes conseguirem esses editais.
A chapa Alem do que se vê é apoiada pelo DCE e pelo Vamos a Luta, e deve lutar pra continuar honrando uma tradição e um histórico de autonomia do movimento estudantil no ICSA.
A eleição está bem disputada, e a gestão do CA é majoritária.
A chapa Alem do que se vê é apoiada pelo DCE e pelo Vamos a Luta, e deve lutar pra continuar honrando uma tradição e um histórico de autonomia do movimento estudantil no ICSA.
A eleição está bem disputada, e a gestão do CA é majoritária.
terça-feira, 8 de junho de 2010
Mais denuncias sobre a policia
Segundo informações de estudantes de Ciências Sociais que moram próximo à praça Princesa Isabel, local onde foi achado o corpo do jovem que sumiu numa viatura da PM, o espaço e pródigo em barbaridades cometidas por policias da ROTAM (Ronda Tática Ostensiva Metropolitana), que vão desde espancamentos em jovens até alguns casos de sexo com moradoras da região, menores de idade diga-se de passagem.
Este é o retrato da repressão no Estado do Pará.
Entrevistas Semanais
A partir desta sexta-feira o blog vai apresentar uma entrevista semanal com algum gestor, liderança ou personalidade da UFPA
O primeiro que concederá entrevista será o Prof. Dr. João Márcio Palheta, da Faculdade de Geografia, e diretor-geral eleito do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH, falando sobre o processo eleitoral, o plagio do vestibular, sobre como vai realizar suas propostas de gestão e como pretende relacionar-se com a oposição e com os movimentos sociais no próximo quadriénio.
Mande sua pergunta para pedromica_@hotmail.com
O primeiro que concederá entrevista será o Prof. Dr. João Márcio Palheta, da Faculdade de Geografia, e diretor-geral eleito do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFCH, falando sobre o processo eleitoral, o plagio do vestibular, sobre como vai realizar suas propostas de gestão e como pretende relacionar-se com a oposição e com os movimentos sociais no próximo quadriénio.
Mande sua pergunta para pedromica_@hotmail.com
PM some com mais um jovem - Mais um Rafael Viana?
Para os que defendem a presença da PM no Campus, surgiu mais uma "novidade".
Na manha de ontem no bairro do Guama um jovem de 23 anos foi detido pela PM proximo de sua casa, e as 11 horas da manha foi achado morto proximo da Praça Princesa Isabel.
Seria um novo caso Rafael Viana?
Certamente a Corregedoria da PM abrirá processo, talvez apure com rigor se o caso causar comoção social, mas isso nao vai trazer de volta a vida do rapaz e nem reparar a dor das familias.
O que o Jornal Diario do Pará deixa claro é que nao se tratava de um jovem que tenha envolvimento com o crime, drogas ou algo parecido, trata-se apenas de mais um dos marginalizados, que vivem jogados nas periferias da cidade. Se fosse o filho de um algum burocrata da cidade (leia-se filho de juiz, empresario, pro-reitor, parlamentar, entre outros) nao teria acontecido ou no minimo ja teriamos os nomes dos policiais envolvidos.
É a policia militar da governadora Ana Julia, que por anos falou em direitos humanos, que segue torturando e matando jovens na periferia.
Será que é esta a PM que a reitoria quer colocar no campus?
Talvez os proximos Rafaei'Viana's venham a ser diretores do DCE, presidentes de CA's ou vanguardas lutadoras.
domingo, 6 de junho de 2010
Parada em Sao Paulo volta a bater records
A 14º edição da Parada da Diversidade Sexual deve levar cerca de três milhões de pessoas paras as ruas de São Paulo, mais uma vez batendo records.
O tema deste ano é “vote contra a homofobia”. A Parada já se impôs como um movimento social respeitado no mundo todo. Hoje, nenhum movimento, seja sindical, estudantil, de meio ambiente, de direitos humanos, pacifista, consegue aglutinar tantas pessoas. A repressão ao movimento aparentemente acabou. Hoje em poucos lugares as prefeituras negam alvarás para a realização do evento.
No dia 04 de Junho a Folha de São Paulo divulgou uma pesquisa que afirma que a maioria dos brasileiros são contra a adoção por casais homossexuais, numa resposta à decisão do Supremo de reconhecer o direito de pessoas do mesmo sexo adotar uma criança.
Essa decisão só foi possível pela força dos movimentos sociais pela igualdade de direitos. Só foi possível porque no limite muitos homossexuais saíram do armário, lutaram anos a fio por uma sociedade mais justa, por um mundo com menos preconceito, fazendo parte de uma vanguarda importante que não se intimida com os dados contundentes do nosso país: a cada dois dias um homossexual é morto por razoes homofobicas.
Parabéns aos que lutam não somente um dia, mas outros 364 dias por um mundo melhor. À eles o nossos parabéns e a nossa homenagem.
Mas também há de se reconhecer as contradições. As contradições que emergem do tema da Parada. Votar contra a homofobia é uma bandeira que deve se deve levantar. Mas quais partidos hoje tem moral pra levantar essa bandeira ou merecer o voto dos que votam contra a homofobia?
Serra e o tucanato que sempre representaram as forças conservadoras não merecem sequer a lembrança, afinal foi FHC que pegou sem jeito na bandeira do arco-íris. Lula foi aquele que tentou expulsar um jornalista norte-americano que o chamou de cachaceiro, quem não se lembra da frase: “eu vou expulsar hoje porque ele me chamou de cachaceiro, amanhã ele me chama de gay e eu não vou poder fazer nada”. Afinal, o mesmo PT de Marta Suplicy que fez insinuações sobre a sexualidade de Gilberto Kassab. Afinal, o mesmo PT que se esforçou pra salvar sanguessugas e mensaleiros mas não consegue convencer seus aliados Jader Barbalho, Renan Calheiros e Sarney a aprovar a criminalização da homofobia.
É preciso fazer da luta contra a homofobia um valor presente em cada trincheira de luta, seja no movimento estudantil, sindical, camponês, popular, ou qualquer outro, e que as nossas vanguardas se sensibilizem.
Vamos a luta por uma sociedade libertaria, sem machismo, racismo ou homofobia.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
E o Projeto Politico Pedagogico do curso de Ciencias Sociais?
Infelizmente, a Faculdade de Ciências Sociais é a única no IFCH, e acho que na universidade que não possui projeto politico pedagógico.
As gestões de Denise Cardoso e Eneida Assis não conseguiram aprova-lo.
A atual gestão do Centro Académico, majoritariamente do PSTU, gritou muito que queria uma reunião com a administração superior, numa Assembleia Geral que tivemos e após encaminhada nenhum diretor do CA sequer compareceu.
Esta reunião aconteceu no dia 13 ou 14 de Abril na sala da Secretaria Geral, e contou com a presença de Maria de Nazaré Sarges e João Márcio Palheta, diretora geral e diretor adjunto do IFCH, respectivamente, Marlene Freitas, pró-reitora de ensino de graduação, Mauro , diretor da PROEG, Aluizio Barros, diretor do CIAC, Alberto Teixeira, à época assessor do reitor Carlos Maneschy (não sei se voltou), prof. Marly silva, prof. Cecilia Basile, e os discentes Pedro Henrique e Bento Vervloet, que foram observar.
Desta reunião o principal encaminhamento era de que até o dia 14 de Junho a Faculdade deveria entregar o Projeto Politico Pedagógico à PROEG.
Nenhum debate foi feito no período com a comunidade acadêmica, será que a lição da eleição da faculdade não serviu? Será que mais uma vez os docentes irão tentar passar um projeto sem amplo debate com a comunidade acadêmica? Como vao ficar as ênfases?
Sao questões que precisam ser debatidas. O Centro Acadêmico até esboçou um debate, que não sei se ocorreu no planejamento, mas ainda que tenha ocorrido, seus diretores fizeram a opção de viajar pra Santos pro Congresso da Conlutas.
Da forma como andamos, retomo as palavras da prof. Eneida, somos o verdadeiro exercito de Brancaleoni.
Neste momento ficam com a palavra a prof Eneida Assis e o prof. Cauby, responsável pelo projeto.
Denise e Alberto convidam estudantes para debater a situação da FCS
Denise Cardoso e Alberto Teixeira, candidatos derrotados por uma diferença esmagadora nas eleições pro IFCH, agora chamam reuniao pra terça-feira (8 de Junho) as 18 horas pra debater a eleição pra Faculdade de Ciencias Sociais. Será que vamos ter chapa?
Audiencia pública com balanço altamente positivo
Esta quarta-feira aconteceu a audiência pública solicitada pelo DCE com a reitoria após o ato das velas, no Centro de Convencoes da UFPA.
Foi uma audiencia vitoriosa, a reitoria de inicio vai aumentar o efetivo de segurança para os dias de forró e rever toda a iluminação que está faltando nas passarelas do campus básico.
O debate sobre a presença da Policia Militar no campus foi proveitoso, inclusive com voto contra de setores que sustentam politicamente a reitoria. Encaminhou-se mais debates e audiências sobre o assunto, que não está fechado, mas que por enquanto não se entra a PM no campus.
Além disso o reitor se comprometeu a solicitar à Policia Militar que aumente o efetivo de nos portões.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Perolas de um pro-reitor
Ao final da audiência pública de hoje sobre segurança na Cidade Universitaria com o reitor e quatro pro-reitores, o prof. Fernando Artur, pro-reitor de extensão, mais conhecido como Lobinho, saiu-se com uma pérola: "vamos incentivar a solidariedade, incentivem as pessoas a se repararam, a ir juntas ao banheiro".
Parece que a solidariedade vai substituir a falta de concurso pra segurança na universidade. Desde 1993 não temos um concurso, já se vão 17 anos, enquanto isso vamos nos virando com a solidariedade nossa de cada dia.
Baculation - É essa a PM que deve entrar na UFPA?
Essa semana no auge dos debates sobre a presença da Policia Militar no campus, a corporação se viu envolvida numa polémica.
Policias militares obrigaram três jovens ou adolescentes a dançarem o rebolation numa abordagem de rotina. Esta foi mais uma demonstração contundente de que a PM no campus vai prestar um desserviço.
Acho que todo mundo tem o direito de dançar o rebolation no Forró, mas não sob a mira de revolver da PM.
E não venham com o argumento de que foi uma atitude isolada, esse foi apenas o rebolation que foi pro Youtube, fora as varias humilhações que jovens da periferia sofrem todo dia pela cidade.
Vamos dançar o baculation na Cidade Universitaria?
Policias militares obrigaram três jovens ou adolescentes a dançarem o rebolation numa abordagem de rotina. Esta foi mais uma demonstração contundente de que a PM no campus vai prestar um desserviço.
Acho que todo mundo tem o direito de dançar o rebolation no Forró, mas não sob a mira de revolver da PM.
E não venham com o argumento de que foi uma atitude isolada, esse foi apenas o rebolation que foi pro Youtube, fora as varias humilhações que jovens da periferia sofrem todo dia pela cidade.
Vamos dançar o baculation na Cidade Universitaria?
terça-feira, 1 de junho de 2010
Mais uma da PM
Ontem, 31 de Maio a Policia Militar de Santa Catarina prenderam vários estudantes na UDESC que protestavam contra o aumento da tarifa de ônibus.
Dado o cara ter que a coisa toma é preciso entoar a palavra de ordem "policia é pra ladrão, pra estudante não"
Dado o cara ter que a coisa toma é preciso entoar a palavra de ordem "policia é pra ladrão, pra estudante não"
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