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domingo, 27 de fevereiro de 2011

ME de Ciencias Sociais na particulares




Segue um texto interessantíssimo sobre a importância do movimento de ciências sociais nas particulares. Fui presidente do Centro Acadêmico de Ciências Sociais da Universidade da Amazônia, maior universidade particular do norte do Brasil. Lembro que a luta era muitas vezes injustas. A coordenação do curso sempre fazia ameaças explicitas, que se houvesse boicote ao ENADE o curso perderia as bolsas, havia perguicao aos alunos que faziam oposição a reitoria, geralmente nao passando nos concursos internos de bolsa, fora os aumentos de mensalidades, que sempre eram absurdos. A foto e de 2007, minha época no DCE UNAMA, das lutas contra o aumento da mensalidade.

Endosso o texto de Antony, ao mesmo tempo em que o parabenizo.


A importância de se debater o movimento estudantil de Ciências Sociais nas particulares

Por Antony Diniz


Na proposta do XXVI ENECS levado para apreciação no CONECS, realizado em Janeiro na Rural do Rio de Janeiro, estava a criação de um GD para debater o movimento estudantil de ciências sociais nas universidades privadas. Ao que tudo indica, essa proposta de GD foi bastante polemica, e ao que me consta, até mesmo chegou a ser atacada.

Eu, como estudante da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, e militante do movimento estudantil á quase 4 anos, atual gestão do Diretório Acadêmico de Ciências Sociais da minha instituição e membro da C.O. desde a sua formação em Bélem, lhes garanto: nunca se fez tão necessário o debate sobre os limites e rumos da atuação política do ME nas universidades particulares como agora. Tenho sido presença frequente nos ENECS, desde 2008, quando entrei no curso; e assim como vários outros estudantes das particulares, vi o debate sobre o ensino superior, a formação do cientista social e as muitas outras questões que nos enchem de horror e indignação serem debatidas sobre uma ótica majoritária dos estudantes das universidades públicas. Uma só perspectiva tem sido construída, apesar da luta do movimento estudantil não se restringir as federais.

O que tenho a dizer sobre isso é que, nós, os alunos das instituições particulares, também nos engajamos nas mais diversas lutas políticas; nós também somos açoitados pelo Capitalismo (Só nós sabemos o malabarismo que precisamos fazer para pagarmos nossas mensalidades abusivas, com reajustes cruéis e podermos concretizar nossa formação! Pois acreditem, o Vestibular impõe um muro muitas vezes alto demais para muitas trajetórias de vida, e a única chance que temos é pagar caro para termos o que muita gente conquista com facilidade e muito apoio) e por todas as formas de opressão que coloca a sociedade brasileira sob o fio da navalha a todo instante.

Se nas universidades públicas tem se enfrentado questões como o REUNI e a precarização do ensino sob a égide de uma pretensa democratização do mesmo, nas universidades particulares sentimos essas mesmas garras nos envolvendo, e com tons muitas vezes mais dramáticos. O PROUNI, que deveria ser uma política pública de democratização da educação, se coloca como um empecilho para a ampliação das bolsas aos estudantes e na prática só garante que as particulares não serão “vitimas” das inadimplências dos alunos.

Não existe nenhuma política efetiva, hoje, que garanta aos alunos necessitados delas a possibilidade de estar numa instituição de ensino superior. O sucateamento do sistema de ensino também atinge aos futuros pesquisadores e professores formados pelas universidade particulares. As oportunidades de extensão, estágio, orientação e etc, nas particulares estão condicionadas á condições que o Mercado impõe.

Isso e muito mais, nos diferencia de vocês, e ainda que clamemos pela união de todo o movimento estudantil, para que assim sejamos mais fortes para lutar contra os nossos inimigos; não conseguiremos essa união negando as nossas diferenças.Temos nossas especificidades, e elas nos fazem ver as coisas de forma diferente. É pelo direito á essa visão, e pela oportunidade de falar sobre nossas experiências que pedimos licença ao movimento estudantil para acolher nossa necessidade de falar e lutar.


Antony Diniz e estudante de Ciencias Sociais da PUC-MG e membro da CO do ENCS

Um comentário:

  1. Mas o pior é pública tratar fraudador com tanto carinho e apreço como faz a cúpula maneschiana da UFPA. Nos tempos de Alex e Nilson, Soure já teria ganho outro docente com mais qualidade.


    ===========
    ENTIDADE FAZ CURSO COM CONDENADO POR PLÁGIO
    http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=78939
    http://www.rc.unesp.br/ib/dta/Portarias2008/Pt025-2008.doc

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