Um canal de debates sobre universidade pública, politicas educacionais, fatos e acontecimentos na UFPA.
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segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Nucleo de Estudo Marxista avançando
A reunião de apresentação das propostas do Núcleo será pela manha as 11 horas da quarta-feira e as 16 horas da quarta feira. As 18 horas teremos uma reunião com o prof. Alex Fiuza, que esta dialogando pra colaborar conosco.
A proposta é de que seja um núcleo ao modelo do que é o Centro de Estudos Marxistas da Unicamp, para quem quiser mais informações pode acessar o site www.unicamp.br/cemarx.
Eleições CA de Ciencias Sociais
De conjunto poucos estudantes votaram, não tinha um clima de disputa, ainda mais porque tinham três chapas disputando.
A proporcionalidade na gestão esta ganhando. Mas será o dia de amanhã que vai definir que vencerá.
A chapa 1 que tem a vantagem na preferência entre os estudantes, mas hoje a noite ninguém foi fazer boca de urna, chamar pessoas pra votar. Isso revela como a chapa não tem os "macaco velhos", que não dão vacilo.
A chapa 2 esteve o dia por la, fez os seus contatos, mas não empolga o suficiente pra que seja considerada como a vencedora do dia de hoje.
A chapa 3 esta com poucos votos, mas segue se propondo.
A violencia no Rio, por Marcelo Freixo
Texto escrito por Marcelo Freixo, historiador e deputado estadual no Rio de Janeiro pelo PSO, ex-presidente da CPI das Milicias.
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Dezenas de jovens pobres, negros, armados de fuzis, marcham em fuga, pelo meio do mato. Não se trata de uma marcha revolucionária, como a cena poderia sugerir em outro tempo e lugar. Eles estão com armas nas mãos e as cabeças vazias. Não defendem ideologia. Não disputam o Estado. Não há sequer expectativa de vida.
Só conhecem a barbárie. A maioria não concluiu o ensino fundamental e sabe que vai morrer ou ser presa.
As imagens aéreas na TV, em tempo real, são terríveis: exibem pessoas que tanto podem matar como se tornar cadáveres a qualquer hora. A cena ocorre após a chegada das forças policiais do Estado à Vila Cruzeiro e ao Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro.
O ideal seria uma rendição, mas isso é difícil de acontecer. O risco de um banho de sangue, sim, é real, porque prevalece na segurança pública a lógica da guerra. O Estado cumpre, assim, o seu papel tradicional. Mas, ao final, não costuma haver vencedores.
Esse modelo de enfrentamento não parece eficaz. Prova disso é que, não faz tanto tempo assim, nesta mesma gestão do governo estadual, em 2007, no próprio Complexo do Alemão, a polícia entrou e matou 19. E eis que, agora, a polícia vê a necessidade de entrar na mesma favela de novo.
Tem sido assim no Brasil há tempos. Essa lógica da guerra prevalece no Brasil desde Canudos. E nunca proporcionou segurança de fato. Novas crises virão. E novas mortes. Até quando? Não vai ser um Dia D como esse agora anunciado que vai garantir a paz. Essa analogia à data histórica da 2ª Guerra Mundial não passa de fraude midiática.
Essa crise se explica, em parte, por uma concepção do papel da polícia que envolve o confronto armado com os bandos do varejo das drogas. Isso nunca vai acabar com o tráfico. Este existe em todo lugar, no mundo inteiro. E quem leva drogas e armas às favelas?
É preciso patrulhar a baía de Guanabara, portos, fronteiras, aeroportos clandestinos. O lucrativo negócio das armas e drogas é máfia internacional. Ingenuidade acreditar que confrontos armados nas favelas podem acabar com o crime organizado. Ter a polícia que mais mata e que mais morre no mundo não resolve.
Falta vontade política para valorizar e preparar os policiais para enfrentar o crime onde o crime se organiza -onde há poder e dinheiro. E, na origem da crise, há ainda a desigualdade. É a miséria que se apresenta como pano de fundo no zoom das câmeras de TV. Mas são os homens armados em fuga e o aparato bélico do Estado os protagonistas do impressionante espetáculo, em narrativa estruturada pelo viés maniqueísta da eterna "guerra" entre o bem e o mal.
Como o "inimigo" mora na favela, são seus moradores que sofrem os efeitos colaterais da "guerra", enquanto a crise parece não afetar tanto assim a vida na zona sul, onde a ação da polícia se traduziu no aumento do policiamento preventivo. A violência é desigual.
É preciso construir mais do que só a solução tópica de uma crise episódica. Nem nas UPPs se providenciou ainda algo além da ação policial. Falta saúde, creche, escola, assistência social, lazer.
O poder público não recolhe o lixo nas áreas em que a polícia é instrumento de apartheid. Pode parecer repetitivo, mas é isso: uma solução para a segurança pública terá de passar pela garantia dos direitos básicos dos cidadãos da favela.
Da população das favelas, 99% são pessoas honestas que saem todo dia para trabalhar na fábrica, na rua, na nossa casa, para produzir trabalho, arte e vida. E essa gente -com as suas comunidades tornadas em praças de "guerra"- não consegue exercer sequer o direito de dormir em paz.
Quem dera houvesse, como nas favelas, só 1% de criminosos nos parlamentos e no Judiciário...
O Rio e as milicias
Artigo do prof Claudio Beato, do Depto de Ciência Politica da Universidade Federal de Minas Gerais
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A interpretação oficial corrente sobre os eventos no Rio de Janeiro tem atribuído à reação dos traficantes às UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) a explicação para o impressionante surto de violência.
Trata-se de argumento simplificador, que desconhece o complexo processo que vem se desenvolvendo ao longo de quase duas décadas e que agora ingressa em um novo patamar de organização da atividade criminosa.
Atividades criminosas têm-se estruturado seguindo uma lógica bastante similar nos grandes centros urbanos brasileiros. Iniciam-se com atividades de gangues de bairros em ambientes urbanos deteriorados e assolados por péssimas condições econômicas e sociais.
O aprisionamento desses membros cria um novo patamar de organização, que se estrutura inicialmente no interior das prisões, com formação de coalizões, tendo como objetivo inicial sua proteção e, posteriormente, associação para fins criminais. Essa é a origem de PCC (Primeiro Comando da Capital), Comando Vermelho, ADA (Amigos dos Amigos) ou Terceiro Comando.
Nesse estágio, inaugura-se também um período de intensa competição entre grupos, com uso maciço de armas de fogo e a introdução crescente de mecanismos de corrupção. O amplo domínio territorial desses grupos é a marca desta fase.
Este arranjo se desmorona e o que estamos assistindo são os estertores desse período.
Seus protagonistas encontram-se crescentemente acuados: de um lado, por estratégias do governo estadual que são bastante distintas do padrão vigente; por outro, temos emergência de grupos mais voltados para uma lógica empresarial e com padrões de eficiência criminal mais elevados.
Há uma expansão das atividades comerciais, que agora não se limitam apenas ao tráfico de drogas, mas se estendem a diversos outros tipos de atividades ilegais, tais como a venda informal de serviços e bens públicos por meio de "gatos", provisão de bens e serviços, como gás, transporte e segurança, e até mesmo exploração de prostituição.
No lugar da violência, a cooptação, o ingresso no mundo da política e a infiltração institucional. Os protagonistas centrais deste processo no Rio têm sido as milícias, para quem o espetáculo exuberante da etapa anterior não é mais funcional para os negócios.
Por sua vez, o Estado do Rio de Janeiro tem atuado firmemente em estratégias visando o restabelecimento da ordem, buscando a erradicação das armas de fogo e a retomada de territórios.
Estamos assistindo ao fim de um período e ao provável ingresso em outro patamar, que exigirá instrumentos e políticas mais amplos e profundos que a bandeira das UPPs. Estas, aliás, devem se multiplicar e deveriam ser parte de um projeto sistêmico e com perspectiva mais estratégica.
Eleições CA de Ciencias Sociais
A chapa "De Portas Abertas" carrega o desgaste de ter na nominata a maioria dos integrantes da gestão em exercício do CA. Sua vantagem é ter consigo a perspicácia da esquerda, da CST e do PSTU, no sentido de ter gente experiente que vai conseguir mobilizar votos, amarrar votos.
A chapa 3 por sua vez vem sendo a terceira via. Sua vantagem esta em ter sido a chapa vencedora dos debates, seus integrantes não tem desgaste politico no curso, e são pessoas que independente da vitoria ou derrota vão continuar na lida.
Novamente a eleição vai ser definida com a boca de urna.
domingo, 28 de novembro de 2010
Nucleo de Estudo Marxista avançando
Sobre a reunião
Quando? Quarta-feira 01/12
Onde? Bloco A de Ciencias Sociais sala 4
Que horas? 11 horas pela manha e 16:30 pela tarde
Estamos conversando com o prof Alex Fiúza, doutor em marxismo, pra colaborar conosco. Na quarta-feira as 18 horas teremos uma reunião com ele. Participe!
Dúvidas podem ligar pro Ronaldo Bittencourt 81352709
sábado, 27 de novembro de 2010
Importação de Quadros
Por um lado o governismo tem uma chance real de vencer a eleição do DCE, algo que não acontece a pelo menos uns 7 anos, o PSOL pra poder vencer colocou na sua asa o PSTU, o PSTU (que esta rachado internamente com duas sedes, duas regionais) aposta que pode crescer.
Pra isso todos os setores, REPITO TODOS OS SETORES, trouxeram um catatau de gente de fora, importações de quadros de outros estados, e pessoas que vem pro apoio. Daí a importância do DCE, pra quem diz que um DCE já não move tantos moinhos...
Jingle da chapa de oposição
O jingle (musica) da chapa de oposição ao DCE merece aplausos, é criativo, se afirma como oposição e oferece a solução rápida. Não se trata de defender ou declarar voto na oposição, o que não vou fazer, mas de reconhecer a criatividade da chapa.
Nucleo de Estudos sobre Marxismo em Ciencias Sociais
Fazendo parte desse projeto, já estamos em via de organizar um onibus pro V Encontro Brasileiro de Educacao e Marxismo, que acontecerá em Florianopolis, olhem o site www.5ebem.ufsc.br
A proposta inicial é que seja um núcleo em ciências sociais, mas pode e deve ser um debate transdisciplinar, o que portanto pode absorver estudantes de vários outros cursos, como Historia, Economia, Serviço Social, Pedagogia.
Devemos fazer uma reunião, acredito que na quarta-feira pra organizar melhor o Núcleo e a viagem.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Pró-reitor na campanha da Chapa de oposição do DCE
O pró-reitor de extensão da UFPA, prof Fernando Artur, o nosso conhecido Lobinho, esta passando em sala com a chapa "A UFPA que queremos", de oposição à atual gestão do DCE.
Pra quem conhece minimamente politica, essa aproximação da reitoria no período de campanha já indica a relação de não autonomia que o DCE pode ter caso a oposição venha a triunfar na eleição do DCE.
Criado o PROIFES na UFPA
Isto acontece justamente na transição do governo Lula pra Dilma, por conta da fragilidade politica deste governo no apoio do movimento de massas, ou seja, pela falta de carisma de Dilma é preciso amarrar os movimentos sociais com uma corda bem mais forte.
Uma pergunta: como o reitor vai negociar com dois sindicatos agora? Vamos ver...É a hora da onça beber água...
A nova gestao é composta assim:
Presidente = Nicolau Rickmann = EAUFPA
. Vice-Presidente = Maria do Socorro Coelho – ICED-UFPA
. 1º Secretário = walber Abreu –Abaeté - IFPA
. 2º Secretário = Orlando Cassique ILE-UFPA
. 1º Tesoureiro = Francivaldo Alves = Cametá - UFPA
. 2º Tesoureiro= Raimundo Bartolomeu Souza – Aposentado-UFPA
CONSELHO FISCAL
.Edilza Fontes – IFCH-UFPA
.Mª José Aviz – ICED-UFPA
.Ronaldo Lima – ICED-UFPA
.Dario Azevedo = Castanhal-UFPA
.Wilson Barroso = ICED-UFPA
Salto alto academico pode tirar votos da chapa "Olhar a Realidade"
Mas os informes é que o salto alto academico, com perguntas do tipo "qual o embasamento teorico da sua proposta", pode custar alto. A imprensao é de que havia um sectarismo forte, com um discurso academico. Faltou um pouquinho de experiencia politica pra fazer valer uma grande derrota a chapa "De Portas Abertas".
Continuo achando que quem venceu o debate foi a chapa "Participar e Construir", do Ronaldo, Alan Patrick, Alberto, Ana Glaucia.
Mobilização de secundaristas pede desviculação do ENEM na UFPA
Encaminhando texto que o companheiro Julio Miragaia me mandou sobre o processo de ontem pela anulação do ENEM...
O coordenador geral do DCE Anderson foi agredido pelos seguranças da reitoria...
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Ontem, 24/11, aconteceu uma poderosa mobilização dos estudantes secundaristas pela desvinculação do vestibular da UFPA do ENEM. Na semana passada haviam sido realizados dois atos, um no centro da cidade e outro no entroncamento com os estudantes de Ananindeua, que juntos reuniram cerca de 300 pessoas. Ao longo da semana foram recolhidas cerca de 5 mil assinaturas num abaixo-assinado sobre essa pauta e marcado o dia da entrega do mesmo na quarta-feira na reitoria da universidade, quando ocorreria o CONSEPE.
Cerca de 400 estudantes estavam no ato, muito radicalizado, organizados pelos coletivos Vamos à Luta e Contraponto. Os estudantes não se intimidaram com a chuva e realizaram passeata do terminal de ônibus até a reitoria da UFPA, onde num primeiro momento foram recebidos pelo vice-reitor que informou que a única forma de se discutir a desvinculação seria num CONSEPE extraordinário e que deveríamos recolher assinaturas dos conselheiros para essa convocação. Nesse momento o impasse se acentuou. Os estudantes fecharam as duas portas de acesso da reitoria e os conselheiros só sairiam se assinassem a convocação. Numa tentativa de mediar o impasse a comissão propôs que Zaraia, e Anderson (Conselheiros estudantis do CONSEPE) e Julio (do coletivo Vamos à Luta) fossem até o CONSEPE, mas a segurança não queria deixar por ordens da reitoria. Nisso os estudantes pressionaram para que entrassem e a confusão se generalizou. Foram postos, Júlio, Zaraia e Anderson pra dentro da reitoria com socos, pontapés e tapas dos seguranças. O vidro da porta da reitoria foi quebrado e a pancadaria seguiu até que um representante da reitoria aparecesse e cedesse, dizendo que receberia uma comissão pra defender no CONSEPE a proposta do movimento. Ficou acordado que um conselho extraordinário será convocado para a próxima terça onde será rediscutido e votada a desvinculação do vestibular da UFPA do ENEM.
O processo que os secundaristas estão imprimindo contra o ENEM mostra o tamanho do espaço que existe pras lutas no próximo período. Ocorrem atos em todo o país em repúdio aos transtornos que esse exame traz ao conjunto dos 4 milhões de estudantes que fizeram a prova. É preciso que o conjunto dos lutadores estejam inseridos nessa luta até o fim. Mostramos ser possível a desvinculação desse exame do vestibular no PARÁ. Tudo vai depender da mobilização. Vamos à Luta!
Eleição do CACS e os fichas-suja
Foi bom ter visto tanta gente entre os integrantes e os apoios da chapa, mas existe um problema aí. Ontem no debate ficou acordado que não poderíamos citar nomes, pra evitar tumulto, o que foi muito bom, créditos pra comissão eleitoral. Neste caso tive que fazer uma critica velada, daí utilizei a expressão ficha-suja pra nominar os membros da atual gestão em exercício que estão na chapa, e não são dois ou três apenas, citando somente Walter Santos e Ivana que assinaram documentos e não sabiam que se tratava do regimento eleitoral das eleições da Faculdade de Ciencias Sociais.
Esta foi a pior gestão em sete anos pelo menos no CA. E o que é pior foi ver que dos fichas-sujas, quase todos que estavam na chapa nem sequer apareceram no debate. Que estanha coincidencia!
É pra evitar o desgaste, afinal a esquerda sabe que se mandasse esses seres iluminados que já prestaram tanto desserviço pro CA iriam se desgastar ainda mais, já diz o velho ditado: macaco velho não mete a mão na cumbuca.
Enfim, acho que a chapa "De Portas Abertas" perdeu politicamente quando colocou os fichas-sujas consigo, e retomando os jargões, a imagem que fica é de que "quem anda com porcos farelos come...".
Ronaldo, o simbolo da coerencia
A coerência é uma das maiores qualidades politicas de alguém. Estávamos no corredor falando dos bastidores da campanha eleitoral pro DCE deste ano, e falei de como estava o racha na chapa 2, por conta do stalinismo do PSTU, de mandar roubar material, entre outros.
Ronaldo me disse algumas coisas. "Não estou na chapa do DCE porque é incoerente eu passar em sala de manha pedindo voto pro DCE com o PSTU e de noite ser oposição aos que estão na outra chapa, com tanta gente do PSTU".
Fazer politica e querer ganhar é importante, mas a vitoria não pode vir a qualquer preço, pragmatismo tem limite. Ronaldo talvez saiba que sua chapa tem limitações eleitorais porque não tem inserção no turno da manhã, mas eu sei que estão pra além da disputa, estão pra construir algo.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Dialogo acabou?
A divergência e de que o PSTU com a sua miopia politica diz k vai cobrir a universidade toda e queria a metade do material de campanha. Gente, estudante não e bobo, como um pessoal que nunca fez nada na universidade vai ter moral pra garantir esses votos?
Podem observar que a partir de hoje o PSOL vai fazer campanha sozinho e o PSTU campanha sozinho, cada um pro seu lado. Os setores ja dizem não haver mais confiança politica. Eu sempre fui contra a unidade, unidade com stalinistas (PSTU) resulta sempre em confusão, que avisa amigo é.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Sobre a segurança na UFPA
O debate sobre a segurança na UFPA já dura vários anos, já fizemos os nossos atos de velas pra protestar contra a falta de segurança e iluminação na universidade, e há muito denunciamos este problema.
Um dos principais problemas da sociedade neoliberal é o pragmatismo. Se a universidade está caindo aos pedaços vamos privatiza-la, se o problema que alguns pensam que é o forró, então vamos fecha-lo. O debate e bem diferente.
Em primeiro lugar esquecem-se de dizer que a segurança na universidade é patrimonial, esta pra defender apenas o patrimonio físico da instituição. Os seguranças não estão nem aí se alguém é assaltado perto deles, afinal fazem cerca de 20 anos que não tem concurso público pra segurança da universidade. Isso muitos esquecem de esclarecer. Por outro lado a reitoria tem a proposta de trazer a PM pro Campus, a PM que bate assassina trabalhadores sem terra, que reprimem professores em greve (um direito legitimo conquistado a duras penas pela classe trabalhadora), a mesma PM que humilha jovens na rua com o Baculation.
A saída da segurança da universidade não precisa vir da pactuação, dos acordos, da colaboração. Ela vem da mobilização, a universidade é responsável pela segurança da comunidade academica, e não o contrario. Até tentativa de estupro ja ocorreu contra a prof. Lilian, diretora da Escola de Aplicação, dentro do Vadiao.
As atividades culturais são um direito dos estudantes, direitos não se reduzem, se ampliam. Um simples argumento mostra como a criminalização do forró não se sustenta. É como se a violência e a insegurança no Campus fossem restritos aos dias de vadiao, e como se na segunda, terça e quarta-feira o Campus fosse uma fortaleza.
As drogas são um problema mais amplo da sociedade, e na UFPA não estão somente no Vadiao.
Concordo que chamemos os omissos à responsabilidade, mas os principais omissos na universidade neste caso mão é a reitoria?
Incompetencia de PSOL e PSTU em CS
Desde o primeiro semestre poderiam ter crescido bastante se tivessem bancado a candidatura de Suelene Pavão pro IFCH. Ainda que a candidata fosse impugnada por não ser doutora, seria possivel ter crescido bastante. Após a ocupação da Faculdade era possível dar a linha politica no curso todo, ao ponto de que o grupo de Denise Cardoso nem lançou candidatura À Faculdade de Ciências Sociais, inscrevendo-se apenas Suelene Pavão, que não foi homologada por problemas na documentação.
Ao final de um ano, depois de uma gestão desastrosa do Centro Academico de Ciências Sociais o PSTU sai sem moral do curso, e o PSOL deixou de militar no curso. No fim do ano, Andreia elegeu-se diretora da Faculdade de Ciências Sociais com chapa única e o PSOL não deve vencer a eleição pro CA, já que colocou em uma chapa integrantes da antiga gestão, e em outra velhos ex-militantes do PSTU.
No final do ano a incompetência prevaleceu, e perdemos os anéis e os dedos.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Eleições pro CACS
Hoje se inscreveram tres chapas, uma liderada pela colega Kelly, com mais de 35 nomes, todos independentes, e proximos ao PET; a outra pelo companheiro Ronaldo, que tem 12 nomes na chapa , mas apresentou dois problemas em documentação, e uma, que na verdade foi a surpresa pela configuração. Liderada aparentemente pelo Bento, tres pessoas que orbitavam na tual gestao do CA entraram: Carlos, Thaina e Walter, será que vai dar pra nao ser situação? Isso reflete a situação do panorama do movimento estudantil, que e a procura do PSOL em ter unidade com o PSTU, pena que essa unidade custe tao caro...
Eleições pro CACS
Vamos ver pra onde o vento vai fazer o barco do CACS rumar, ate a hora do termino das inscrições de chapa podemo ter um mar de rosas ou um vendaval.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
A Questao do ENEM
Diretor da UNE lamenta comemoração da entidade
Nos dias 6 e 7/11, cerca de 4 milhões de estudantes em todo o país fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Havia uma grande apreensão em torno do dia da prova. O desgaste físico e psicológico imposto pelo imenso número de questões e as horas dedicadas aos estudos ao longo de um ano ou mais em casa e nos cursinhos eram já por si só, elementos de grande pressão sobre os estudantes.
Entretanto, a exemplo do que ocorreu no ano de 2009, quando houve o vazamento da prova, mais uma vez o ENEM causa uma série de transtornos ao conjunto dos estudantes. Logo no sábado, dia 06, os problemas na folha de respostas e na prova amarela, ocasionadas por erro na impressão, levou a justiça a cancelar o exame.
No domingo, na página do MEC no Twitter, um absurdo “comunicado” dizia que ‘os alunos que já "dançaram" no exame e tentam tumultuar as redes sociais estão sendo monitorados e acompanhados e o Inep pode processá-los’, dito num claro tom de ameaça e truculência aos estudantes que se indignaram.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou o Enem. Disse o seguinte: 'O sucesso do Enem foi total e absoluto', afirmou. Sobre eventuais falhas na aplicação do Exame, ele disse que não houve "nada que tenha causado nenhum problema no resultado e na prova".
O diretor de Universidades Públicas da UNE – Silaedson Silva Juninho diz “lamentável que UNE e a UBES comemorem decisão da justiça de liberar o ENEM, o papel da UNE deveria ser na defesa dos estudantes!”, depois das mesmas só terem lamentado o ocorrido, exigindo retratação pública do MEC sobre as declarações no twitter, fazendo coro com o governo saem a dizer que problema não está na forma do exame, mas sim em problemas técnicos ocorridos. Nada mais falso.
O Coletivo Vamos à Luta (oposição a direção majoritária da UNE), entende que os problemas ocorridos no ENEM neste e no ano anterior mostra o total desrespeito aos estudantes de todo o Brasil, a prova mal elaborada trouxe muita dor de cabeça para quem passou o ano todo esperando para fazê-la.
A declaração de Lula que a aplicação da prova foi um sucesso deixou assim os jovens indignados, que fizeram a prova durante a tarde, em 2 dias (sábado e domingo), sem ao menos relógio para marcar o tempo de prova (prática primitiva de tortura usada em estudantes décadas atrás).
Dificuldades para entrar na universidade
O acesso ao Ensino superior público no Brasil é antidemocrático. Menos de 4% da juventude chega a universidade. O Novo ENEM, anunciado demagogicamente como o “fim do vestibular”, tem se provado uma farsa. Além de todos os problemas técnicos, se mostra ainda mais excludente.
O Novo ENEM não prevê a criação de nenhuma nova vaga nas universidades, nenhuma nova sala de aula. No novo sistema de acesso, apenas se substituiu as provas de vestibular tradicional por um vestibular nacional = ENEM. Lula e Dilma acabam de colocar no orçamento de 2011 corte de verbas nas áreas sociais, só a saúde e Educação somadas não chegam a 5% do orçamento apresentado, enquanto para os banqueiros são mais de 36%.
Com uma prova padronizada sendo passada em todo o país, aspectos regionais são desprezados. Garantindo que estudantes de uma determinada região levem vantagem sobre outras.
O MEC fala que com o novo ENEM irá democratizar as oportunidades de acesso; possibilitar a mobilidade acadêmica e induzir a reestruturação dos currículos do ensino médio. Quanta mentira!
As matrículas das universidades de 2010 demonstraram ao mesmo tempo a insuficiência de vagas e a evasão fruto da falta de assistência estudantil.
A única forma de reverter os problemas do ensino superior brasileiro é que o próximo governo Dilma cumpra o que a exigência da sociedade brasileira: 10% do PIB para a educação.
Vamos à Luta em defesa da universalização do acesso ao ensino superior
Por todos os recentes acontecimentos e pela forma que se propõe, é necessário superar o ENEM como forma de acesso ao ensino superior e garantir o direito constitucional de estudar na universidade à juventude brasileira.
Defendemos a desvinculação do ENEM como forma de acesso à universidade. Com maior investimento no ensino básico, médio e superior é possível caminhar para a inexistência do vestibular.
Em todo o país, estudantes tem marcado mobilizações como SP, RJ, MG, PR, PA e RS. Nos somamos aos que lutam contra a farsa do ENEM, vamos exigir mais verbas para educação e universidade para todos, todas as ruas no dia 15/11.
Silaedson Silva Juninho
Dir de Públicas da UNE - Oposição
Ato pelos bebedouros
Parabens pra todos, só a luta muda a vida.
CONECS
Quando vai começar a eleiçao DCE UFPA?
Esse atraso na campanha apenas favorece a chapa "A UFPA que queremos", de oposição, que será uma metralhadora giratória, pois a chapa da situação (PSOL, PSTU e Consulta Popular) terá menos tempo pra se defender de acusações e apresentar seu programa.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Eleições pro DCE, Reitoria e o PSOL
Em outras postagens vou atualizar meu posicionamento sobre as expectativas pra eleição, afinal mais uma vez será uma eleição plesbicitaria, com duas chapas: ou muda ou continua.
Desta vez o PSOL entra enfraquecido na disputa. Um enfraquecimento nunca se deve a um unico fator, mas hoje vou destacar um deles. Paradoxalmente o enfraquecimento se deve à instituiçao na qual o DCE sempre fora oposição: a reitoria.
Nos dois mandatos do prof. Alex Fiuza o PSOL se comportou com uma oposição intransigente e combativa, vetando a cobrança de taxa via semestralidade, opondo-se a proibição das atividades culturais, ocupando reitoria, conseguindo o RU do Profissional. Após a eleição do Prof. Maneschy, na qual os créditos da posse são do DCE, pois foi vanguarda pra fazer valer o slogan "Reitor eleito, reitor empossado", o DCE acabou numa linha de dialogo com a reitoria, sem firmar uma posição.
O que quero dizer é que pelo perfil programatico do PSOL, o DCE nem foi apoio do reitor, se valendo do aparato como determinados grupos o fazem, e nem conseguiu construir um identidade de oposição, ainda que mediada pelo dialogo. Nestas eleições parece que o enfraquecimento pode ter vindo justamente pelo bom dialogo com o Gabinete do Reitor.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Sobre a gestao do CA de Ciencias Sociais
Ano passado a chapa "Quem sabe faz a hora" elegeu-se com quase 70% dos votos pra gerir o CACS. Pra iniciarmos o processo de tiragem de uma comissão eleitoral eu sugeri que fizéssemos um balanço da gestão. Antes, é preciso dizer que a conformação da gestão foi majoritariamente dos companheiros da ANEL e do PSTU. O companheiro Walter iniciou o balanço falando da UNE, governo Lula, guerra no Haiti, descenso nas lutas do movimento estudantil, entre outros argumentos.
É importante sempre fazer a analise de conjuntura, da relação do global com o local. É um principio dos marxistas não fazer analises isoladas, porque tendem a não tomar sentindo fora do contexto mais amplo. Mas também algumas coisas não são tão dependentes da conjuntura nacional.
No inicio do ano houve a tradicional calourada, que na verdade serve pro primeiro contato entre a vanguarda do movimento estudantil, os velhos caciques estudantis, na apresentação de propostas, tentativas de convencimento politico. As calouradas são fundamentais pra apresentar os problemas do curso, a precarização da educação superior, expressa , entre outros, na expansão sem qualidade do ensino superior, mas também as calouradas servem pra recrutar novos companheiros pra nossas velhas politicas. Ou não é bem assim?
Vou pontuar alguns itens. A gestão anterior "Agora falando sério" (2009) deixou o estatuto do centro academico quase pronto, faltando poucos itens para sua conclusão. O que a atual gestão fez? É uma pergunta sem resposta, mas que nenhuma conjuntura negativa do movimento estudantil a impediria de ser feito.
Um outro ponto, intrigante, foi a eleição da Faculdade de Ciências Sociais no 1º semestre. Ocupamos a Faculdade contra uma eleição que apontava varias irregularidades, como a falta de quorum mínimo, a elabora do regimento ser candidata, o questionamento da lisura do processo, que culminou na ocupação. Mas tudo isso poderia ser evitado, se o CA ao tomar conhecimento do regimento tivesse chamado uma assembleia estudantil, debatido com os estudantes o problema e organizado a mobilização. Pelo contrario, o CA assinou o regimento, e nem sequer trouxe pra reunião do CA o debate, o que demonstra o aparelhismo e a burocratização que caracteriza o PSTU, e na sequência a nova entidade que foi criada, a ANEL. Ou por que dois diretores do CA assinaram o regimento com falhas?
Outro ponto que questiono se refere às audiências publicas. O Centro Academico e a ANEL viviam dizendo que era preciso reunir com o reitor, que e a autoridade máxima da UFPA, a pessoa que poderia resolver o problema, ou a quem deveríamos exigir soluções imediatas e de longo prazo. Mas marcando um reunião sobre o Projeto Politico Pedagogico - PPP, falta de salas de aula, o próprio CA nao apareceu. Em consequencia da falta de um PPP o curso perdeu varias bolsas de monitoria que foram ofertadas pela Pro-Reitoria de Ensino de Graduação. Quem pagou a conta pela má gestão? Os estudantes. Pensem em quantos alunos poderiam ganhar bolsas, se manter com mais tranquilidade na universidade. Desta vez parece que o vilão é justamente a entidade que deveria ser a vanguarda na defesa estudantil.
Outro ponto importante se refere à falta de atividades academicas. Como que em um ano com pouca movimentação politica, como o próprio presidente do CA pontua, não foi feita nenhuma atividade academica, a excessao da Semana Academica que se inicia na segunda-feira (10), salvo engano. É preciso que o CA se lembre que estamos em uma Academia.
Um diretor do Centro Academico abandonou o CA pra construir o comitê de campanha do candidato Cleber Rabelo, do PSTU, nas ultimas eleições. Na Assembleia houveram denuncias dde que a cota de xerox do CA foi usada pelo PSTU.
Por esses e vários motivos, a atual gestão vai ficar marcada na historia pelas trapalhadas que cometeu, pelas propostas que não cumpriu e pelo aparelhismo que revelou. Afinal nada será como antes ou não, com a Assembleia Nacional dos Estudantes?