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domingo, 27 de fevereiro de 2011

ME de Ciencias Sociais na particulares




Segue um texto interessantíssimo sobre a importância do movimento de ciências sociais nas particulares. Fui presidente do Centro Acadêmico de Ciências Sociais da Universidade da Amazônia, maior universidade particular do norte do Brasil. Lembro que a luta era muitas vezes injustas. A coordenação do curso sempre fazia ameaças explicitas, que se houvesse boicote ao ENADE o curso perderia as bolsas, havia perguicao aos alunos que faziam oposição a reitoria, geralmente nao passando nos concursos internos de bolsa, fora os aumentos de mensalidades, que sempre eram absurdos. A foto e de 2007, minha época no DCE UNAMA, das lutas contra o aumento da mensalidade.

Endosso o texto de Antony, ao mesmo tempo em que o parabenizo.


A importância de se debater o movimento estudantil de Ciências Sociais nas particulares

Por Antony Diniz


Na proposta do XXVI ENECS levado para apreciação no CONECS, realizado em Janeiro na Rural do Rio de Janeiro, estava a criação de um GD para debater o movimento estudantil de ciências sociais nas universidades privadas. Ao que tudo indica, essa proposta de GD foi bastante polemica, e ao que me consta, até mesmo chegou a ser atacada.

Eu, como estudante da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, e militante do movimento estudantil á quase 4 anos, atual gestão do Diretório Acadêmico de Ciências Sociais da minha instituição e membro da C.O. desde a sua formação em Bélem, lhes garanto: nunca se fez tão necessário o debate sobre os limites e rumos da atuação política do ME nas universidades particulares como agora. Tenho sido presença frequente nos ENECS, desde 2008, quando entrei no curso; e assim como vários outros estudantes das particulares, vi o debate sobre o ensino superior, a formação do cientista social e as muitas outras questões que nos enchem de horror e indignação serem debatidas sobre uma ótica majoritária dos estudantes das universidades públicas. Uma só perspectiva tem sido construída, apesar da luta do movimento estudantil não se restringir as federais.

O que tenho a dizer sobre isso é que, nós, os alunos das instituições particulares, também nos engajamos nas mais diversas lutas políticas; nós também somos açoitados pelo Capitalismo (Só nós sabemos o malabarismo que precisamos fazer para pagarmos nossas mensalidades abusivas, com reajustes cruéis e podermos concretizar nossa formação! Pois acreditem, o Vestibular impõe um muro muitas vezes alto demais para muitas trajetórias de vida, e a única chance que temos é pagar caro para termos o que muita gente conquista com facilidade e muito apoio) e por todas as formas de opressão que coloca a sociedade brasileira sob o fio da navalha a todo instante.

Se nas universidades públicas tem se enfrentado questões como o REUNI e a precarização do ensino sob a égide de uma pretensa democratização do mesmo, nas universidades particulares sentimos essas mesmas garras nos envolvendo, e com tons muitas vezes mais dramáticos. O PROUNI, que deveria ser uma política pública de democratização da educação, se coloca como um empecilho para a ampliação das bolsas aos estudantes e na prática só garante que as particulares não serão “vitimas” das inadimplências dos alunos.

Não existe nenhuma política efetiva, hoje, que garanta aos alunos necessitados delas a possibilidade de estar numa instituição de ensino superior. O sucateamento do sistema de ensino também atinge aos futuros pesquisadores e professores formados pelas universidade particulares. As oportunidades de extensão, estágio, orientação e etc, nas particulares estão condicionadas á condições que o Mercado impõe.

Isso e muito mais, nos diferencia de vocês, e ainda que clamemos pela união de todo o movimento estudantil, para que assim sejamos mais fortes para lutar contra os nossos inimigos; não conseguiremos essa união negando as nossas diferenças.Temos nossas especificidades, e elas nos fazem ver as coisas de forma diferente. É pelo direito á essa visão, e pela oportunidade de falar sobre nossas experiências que pedimos licença ao movimento estudantil para acolher nossa necessidade de falar e lutar.


Antony Diniz e estudante de Ciencias Sociais da PUC-MG e membro da CO do ENCS

Perdemos Benedito Nunes




Vou plagiar uma frase que vi no orkut do Guilherme Bermeguy, amigo de Ciências Sociais. "E em Belem, em 27/02, o sol se retirou em condolências a Benedito Nunes".
Faleceu hoje pela manha o consagrado Benedito Nunes, maior expoente da intelectualidade na Amazônia, de competência reconhecida internacionalmente.
Fica registrado o nosso pesar.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Geografia em luto

Ontem , inicio da madrugada de sexta-feira, faleceu o nosso grande amigo e militante Nivaldo Saraiva, o Nill, de Geografia do IFPA, com uma parada cardiaca. Estivemos no velorio na Igreja dos Capuchinhos, e a comocao foi geral.

Estou colocando uma musica abaixo que expressa um pouco do que estamos sentido por essa perda irreparavel.

Amigos para sempre...(Jayne)

"Eu nao tenho nada pra dizer, voce parece no momento ate saber como eu estou sofrendo

Vem, veja atraves dos olhos meus a emocao que sinto e estar aqui, sentir seu coração me amando

Amigos para sempre e o que nos iremos ser, na primavera ou em qualquer das estacoes, nas horas tristes ou momentos de prazer, amigos para sempre

Você pode estar longe, muito longe sim, mas por te amar sinto voce perto de mim e o meu coração contente

Nao nos perderemos nao te esquecerei, voce e minha vida tudo que eu sonhei e quis para mim um dia

Amigos para sempre e o que nos iremos ser, na primavera ou em qualquer das estacoes, nas horas tristes ou momentos de prazer, amigos para sempre"

Eleição DCE UEPA

Hoje tem plenária pra discutir programa da chapa "Todas as Vozes", com militantes independentes, do Romper o Dia e Vamos a Luta, pra eleição do DCE da UEPA, no CCBS, campus da Almirante Barroso.

Tentativa de assalto na ADUFPA?

Estive ontem com a prof. Rosime Meguins, presidente da ADUFPA, sindicato dos professores da UFPA, e me revelou que todos esses dias as funcionarias do sindicato tem chegado e encontrado oleo nos cadeados.

Isso indica que alguem vem tentando abrir os cadeados do sindicato. Mas como? Vamos lembrar que a ADUFPA fecha sempre depois de 18 horas e nesse período de ferias estao apenas os seguranças.

A ADUFPA enviou oficio ontem mesmo pro reitor, prefeito do campus e chefe da segurança.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

PSOL que CPI na ALEPA




O deputado do PSOL Edmilson Rodrigues esta pedindo uma CPI pra apurar as denuncias de corrupção que estão sendo divulgadas na Assembléia Legislativa. Uma CPI que certamente causa arrepios a muitos deputados, novos e ex-governistas.

O PT pede cautela, PSDB, que tem o atual presidente da ALEPA, Manoel Pioneiro, diz que estão apurando. Veremos mais capitulos disso.

RU vai abrir a noite




É com uma imensa felicidade que estamos noticiando que uma das bandeiras mais históricas do movimento estudantil da UFPa se torna realidade a partir do dia 15 de Março. O Restaurante Universitária vai começar a funcionar no turno da noite, oferecendo 500 refeições.

É um golaço da atual gestão da UFPA, a frente o prof. Maneschy. Esta passa a ser a sua primeira grande marca na UFPA.

Em breve tentaremos uma entrevista pro blog do reitor.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Jornada de Lutas da UNE

Nesta sexta-feira haverá uma reuniao do coletivo universitário para debater a jornada de lutas da União Nacional dos Estudantes - UNE, e, conforme me repassou o camarada Pedro Fonteles, da UJS e presidente da UAP, devera passar pela UFPA.

O eixo político deve ser os 10% do PIB pra Educação e a derrubada do veto pro Pre-sal.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Audiencia publica sobre os transportes em Belem

Nesta quarta-feira no cine Olimpia teremos uma audiência publica da população de Belem com o prefeito, Dudu, pra discutir os transportes urbanos.

Entre as reinvindicacoes estao a meia-passagem pros estudantes de cursinho, o congelamento da passagem de ônibus.

Parabéns aos camaradas do Vamos a Luta/ CST PSOL, DCE UNAMA, SINTSEP, que foram ponta de lanca na luta contra o aumento da passagem. Pela primeira vez na historia o prefeito aceitou debater com a população, pela primeira vez na historia a CTBEL anunciou que iria fazer estudos técnicos para ver a viabilidade do aumento.

Contudo, nesta conjuntura em que o salário dos deputados aumenta em quase 70% e os trabalhadores ganham apenas 30 reais de aumento no salário mínimo, e urgente e necessária a luta de todos contra esta política nefasta de aumento da tarifa, contra os ônibus sucateados, contra os péssimos serviços prestados a população.

O gesta da prefeitura de possível congelamento da passagem e no mínimo curioso. Por dois motivos: primeiro que a medida de de congelamento aparente (aparente porque nao esta garantido oficialmente em documentos) e quase contemporânea ao julgamento de cassação do prefeito Duciomar Costa. Segundo que pra quem conhece um pouco de movimento isso pode ser cozinhar o movimento em banho-maria pra desarticula-lo.

E esperar pra ver. Esperamos todos e todas no Cine Olímpia pra audiência.
Quando? Quarta-feira, 23/02
Que horas? As 9 da manha
Onde? Cine Olimpia

ENECS 2011

Este ENECS de 2011 esta dando trabalho pra comissão organizadora. Diferente daqui, quando tivemos uma estrutura razoável na universidade e o apoio da reitoria, o ENECS BH esta encontrando dificuldades para se viabilizar, pois a UFMG pelo seu estatuto nao pode servir de alojamento para encontros estudantis, e nao tem nem estrutura de banheiros, vestiários que possa auxiliar.

Confio nos companheiros da CO que estao se desdobrando, mas no final tudo dara certo. Forca na luta.

ENEG 2012

O próximo Encontro Nacional dos Estudantes de Geografia deve ser aqui em Belem, no inicio de Janeiro de 2012.

A candidatura paraense foi lancada pelos camaradas do IFPA, antigo CEFET, de forma autônoma. Estao na expectativa pela participação do CA de Geografia da UFPA, que esta indeciso, influenciado pela ideologia da CST/PSOL de que o ENEG em si e anarquista e geoturistico.

O ENEG 2011 foi positivo pelos debate políticos, pelo GEO na Rua, entre outros. Acho que e possível mudar o rumo dos ventos, basta querer soprar...

PC do B - Politica e uma caixinha de surpresa


Texto interessante publicado no Estadao. Concordo em gênero, numero e grau ate a metade do texto. Da parte seguinte tenho minhas discordâncias, mas...

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O PC do B reivindica ser a agremiação política mais antiga do Brasil, herdeiro do Partido Comunista fundado em 1922. Tradição ele tem. Organizou a maior guerrilha rural contra a ditadura militar, na qual morreram dezenas de seus militantes.

Mas isso é passado. No século 21, o partido finalmente chegou ao poder. Não pela revolução, mas pela coligação. Trocou a linha albanesa pela esportiva.

Com o PT no governo -em São Paulo ou em Brasília-, os comunistas sempre abocanham a pasta dos esportes. Reportagem de Leandro Colon publicada domingo no Estado dá pistas do motivo dessa preferência.

O ministério distribui milhões de reais a ONGs de aliados e correligionários, Brasil afora. Se os critérios são técnicos, os dividendos são políticos. E, embora o dinheiro já tenha saído de Brasília, alguns programas ainda não entraram em campo.

É que treino é treino e jogo é jogo. Com uma Copa e uma Olimpíada pela frente, o orçamento esportivo vai bater recordes. O PC do B quer compartilhar esse momento histórico. Alguns comunistas nem olham a cor da camisa dos parceiros.

O diretório paulistano do partido chegou a aderir ao governo de Gilberto Kassab (DEM). Ganharia a Secretaria Especial da Copa de 2014. Mas o politiburo nacional vetou. Vai esperar o prefeito aderir a um partido que apóie Dilma Rousseff. Depois disso, é jogo jogado.

Essa decisão prova que é injusta a blague que chegou a circular pelo Twitter após a intempestiva adesão a Kassab. Dizia que o PC do B passaria a atender pelo nome de Partido Comum do Brasil. Bola pra frente.

Deixa como está

O repórter Marcelo de Moraes informa, no Estado, que os congressistas pretendem aprovar uma reforma política restrita, enxuta, com poucos cômodos. Quase um ?puxadinho?. Só devem votar coisas importantes.

Corrigir a distorção do voto para a Câmara dos Deputados? Aquela que faz um paulista que é eleitor em Roraima valer 11 roraimenses que votam em São Paulo? Nem pensar.

Implementar uma cláusula de barreira que dificulte a existência de legendas de aluguel, que vendem seu tempo de TV em época de eleição, e apare os 27 partidos registrados hoje? Bobagem.

Voto distrital? Bah! Voto facultativo? Esqueça.

Em compensação, se há alguma coisa com chance de ser aprovada é a chamada Lei Tiririca. Pelo nome já se vê que não é brincadeira. Trata-se do fim do voto de legenda e do voto proporcional. Só se elegem os mais votados. Ponto.

Ou seja, o partido não servirá mais para nada, a não ser montar a lista de candidatos. Serão todos adversários entre si, mesmo quem concorre na mesma legenda. O modelo é inspirado em democracias tão avançadas quanto o Afeganistão.

O principal argumento de defesa da Lei Tiririca é que os fenômenos eleitorais, a exemplo do palhaço, não emprestariam seu excesso de votos para eleger candidatos menos votados. E isso diminuiria o número de partidos.

Lógico, cristalino e anti-matemático. O repórter Daniel Bramatti submeteu o argumento à prova dos nove e descobriu que, se tivesse sido aplicada na eleição passada, a regra ainda manteria 20 partidos com deputados na Câmara.

Por absoluta coincidência, a conta mostra que a legenda que mais se beneficiaria, em tese, com o novo sistema seria o PMDB, partido do maior defensor da Lei Tiririca, o vice-presidente Michel Temer.

Outro efeito possível do voto intransferível é que os partidos procurem cada vez mais Tiriricas e Romários, personalidades apolíticas mas famosas, para aumentar seu número de cadeiras. Não deixa de ser um jeito de aumentar a popularidade do Congresso.

A alternativa a essa proposta é a lista fechada, defendida pelo PT. Por ela, o eleitor vota só no partido, não nos candidatos. A ordem preferencial de quem se elege ou não é definida pelos sábios da burocracia partidária. Difícil saber qual é melhor.

Só mesmo cabeças arejadas e renovadoras, como as que formam a comissão de reforma política do Senado, poderiam tomar essa decisão: Itamar Franco, Fernando Collor e José Sarney.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Todas as Vozes - PSOL de chapa própria na UEPA

As eleicoes para o DCE da UEPA estao chegando. Ja fazem dois anos que a esquerda venceu a eleicao da entidade e passou pela UJS/PC do B.

Esta eleição tera uma chapa própria do PSOL, sem unidade com PSTU. A trágica eleição do DCE da UFPA, com golpes e atropelos pelos militantes do PSTU/ANEL deram maturidade pro PSOL ver que a unidade tem que ser real, e nao pragmática.

O nome da chapa sera "Todas as Vozes".

Ao que tudo indica devem sair quatro chapas. Uma chapa ligada ao PSOL, com a CST e o MES, uma do PSTU, uma do PT e outra do PC do B.

Nada sera como antes no Oriente Medio

Reproduzo texto do sociologo Emir Sader sobre a situacao do Oriente Medio

Nada será como antes no Oriente Médio – Emir Sader


Por duas fortes razões o Oriente Médio tornou-se um pilar da politica externa do império norteamericano: a necessidade estratégica do abastecimento de petróleo seguro e barato para os EUA, a Europa e o Japão, e a proteção a Israel – aliado fundamental dos EUA na região, cercado por países árabes.

Por isso o surgimento do nacionalismo árabe tornou-se um dos fantasmas mais assustadores para os EUA no mundo. Por um lado, pela nacionalização do petróleo pelos governos nacionalistas, afetando diretamente os interesses das gigantes do petróleo – norteamericanas ou europeias –, pela ideologia nacionalista e antimperialista que propagam – de que o egípcio Gamal Abder Nasser foi o principal expoente – e pela reivindicação da questão palestina.

A história contemporânea do Médio Oriente tem assim na guerra árabe-israelense de 1967 sua referência mais importante. A união dos governos árabes permitiu a retomada da reivindicação do direito ao Estado Palestino, que foi respondida por Israel com a invasão de novos territórios – inclusive do Egito -, com o apoio militar direto dos EUA.

Novo conflito se deu em 1973, agora acompanhado da politica da OPEP de elevação dos preços do petróleo. A partir daquele momento ou o Ocidente buscava superar sua dependência do petróleo ou trataria de dividir o mundo árabe. Triunfou esta segunda possibilidade, com a guerra Iraque-Irã, incentivada e armada pelos EUA, que golpeou dois países com governos nacionalistas, que se neutralizaram mutuamente, em um enfrentamento sangrento. Como sub-produto da guerra, o Iraque se sentiu autorizado a invadir o Kuwait – com anuência tácita dos EUA -, o que foi tomado como pretexto para a invasão do Iraque e o assentamento definitivo de tropas norte-americanas no centro mesmo da região mais rica em petróleo no mundo.

Os EUA conseguiram dividir o mundo árabe tendo, por um lado os regimes mais reacionários – encabeçados pelas monarquias, a começar pela Arabia Saudita, detentora da maior reserva de petróleo do mundo, e por outro governos moderados, como o Egito e a Jordânia. A maior conquista norteamericana foi a cooptação de Anuar el Sadar, o sucessor de Nasser, que supreendentemente normalizou relações com Israel – o primeiro regime da região a fazê-lo -, abrindo caminho para a criação de um bloco moderado, pró-norteamericano na região, que se caracteriza pela retomada de relações com Israel – portanto o reconhecimento do Estado de Israel – e praticamente o abandono da questão palestina. Passaram a atuar também dento da OPEP, como força moderadora, favorável aos interesses das potências ocidentais.

O Egito, como país de maior população da região, com grande produção de petróleo e país daquele que havia sido o maior lider nacionalista de toda a região – Nasser – passou a ser o peão fundamental no plano politico dos EUA na região. Não por acaso o Egito tornou-se o segundo país em auxilio militar dos EUA no mundo, depois de Israel e à frente da Colômbia.

Essa neutralização do mundo árabe, pela cooptação de governos e pela presença militar dos EUA no coração da região – atualizada com a invasão do Iraque – constituiu-se em elemento essencial da politica norteamericana no mundo e da garantia de abastecimento de petróleo para complementar a declinante produção dos EUA e todo o petróleo para abastecer a Europa e o Japão.

É isso que está em jogo agora, depois da queda das ditaduras na Tunísia e no Egito. Impotente para agir de forma direta no plano militar, os EUA tentam articular transições que mudem a forma de dominação, mas mantenham sua essência. O Exército preferiu a renúncia de Mubarak, porque se deu conta que sua presença unia a oposição. Tem esperança que, sem ele, possa cooptar setores opositores para uma coalização moderada – com El Baradei, a Irmandade Muçulmana, com o apoio dos EUA e da Europa – que possa fazer reformas constitucionais, mas controlar o processo sucessório nas eleições de setembro, conseguindo desmobilizar o movimento popular antes que este consigar forjar novas lideranças.

Indepentemente de que possa se estender a outros países da região – de que a Argélia, a Jordânia, o Marrocos, a Arabia Saudita, são candidatos fortes – a queda das ditaduras na Tunisia e no Egito demonstra que os EUA já não poderão manter o esquema de poder montado há mais de três décadas. O menos que se pode esperar é a instabilidade politica na região, até que outras coalizões de poder possam se organizar, cujo caráter dará a tônica do novo período em que entra o Orienta Médio.

(Artigo publicado pelo sociólogo Emir Sader no site da Carta Maior)

O caso dos funcionarios fantasmas da ALEPA





Chegou a mídia a existência de varios funcionários fantasmas na Assembléia Legislativa do Para, com um prejuízo ao erário publico que chega próximo a dois milhões de reais.

Nao e preciso ser um grande entendedor de política pra se ter idéia de que por ali existe um trem fantasma comandado por deputados com varios servidores que inexiste.

Basta que se pegue a folha de pagamento e que se observe de fato quantos funcionários vao as gabinetes. Na maioria dos casos os gabinetes nem comportariam o numero de servidores ali lotados. Um grande numero de militantes partidários, ou no caso de partidos de esquerda militantes da corrente política do deputado, cabos eleitorais, filhos de compadres e outros apadrinhados sao empregados ali.

Geralmente as maracutaias cercam estagiários e assessores fantasmas, e assessores que recebem salário e tem que dar o dizimo pro deputado, ou seja, uma parte do salário fica pro patrão. Afinal, as campanhas sao caras e tem que ser pagas...

A noticia causou surpresa? A quem surpreende esta pratica? Depois do mensalao do DEM de Jose Roberto Arruda pode ser que Brasilia seja no Palacio Cabanagem.

CACS comunicacao funcionando

Importante reconhecer quando as coisas estao funcionando.

A coordenação de comunicação do CA de Ciências Sociais, em pouco mais de um mes, da exemplo de como trabalhar. Recebemos diariamente varios e mails com informes do que esta acontecendo.

Retomou-se o trabalho de comunicação que existia na gestão "Agora Falando Serio", que foi importantíssimo, porem abandonado na ultima gestão do CACS, sob a tutela do PSTU.

O colega Romulo Mauricio esta de parabéns pelo empenho que esta dedicando a comunicação das ciências sociais.

Frente Gay no Paredao do Congresso




Vencedor do programa BBB, o deputado Jean Wyllys tenta criar uma bancada em defesa dos direitos dos homossexuais, mas esbarra na resistência dos parlamentares com aversão ao tema

A chegada do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), primeiro gay assumido a levantar a bandeira do movimento, provocou agitação no Congresso. Liderado pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), um grupo começa a se alinhar em uma bancada informal antigay. Ela é formada por deputados da Frente Evangélica, somados aos da Frente da Família e a outros que compartilham a contrariedade em ver a discussão sobre direitos homossexuais avançar.
Wyllys começou seu mandato na ofensiva. Ele vai propor um projeto de lei que institui o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, em vez de insistir apenas na regulamentação da “união civil” – termo adotado por alguns integrantes do movimento gay, para evitar a discussão no campo religioso. “Tem de ser casamento civil porque é o mesmo direito para todos”, afirma. “Quando um cônjuge morre, o parceiro da união estável só tem direito a herança se não houver nenhum herdeiro direto. Já no casamento, ele é herdeiro direto.” Sua primeira ação, como deputado, foi recolher assinaturas para a Frente Parlamentar pela Cidadania GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).
Na semana passada, Wyllys sentiu uma pequena demonstração do incômodo gerado por sua movimentação. Menos de 24 horas depois de ter começado a percorrer a Câmara pedindo assinaturas para a Frente, sua página no Facebook foi bloqueada. Isso ocorreu porque uma série de usuários da rede fez uma ação coordenada para denunciar a página como falsa. Wyllys diz que sabia que sua presença iria provocar reação e que está preparado para o embate. Jornalista e professor universitário, ele demonstrou habilidade para o debate público quando ganhou o programa Big Brother, em 2005, contra um grupo de participantes que tinham em comum o orgulho da masculinidade. Na arena política, porém, vai enfrentar opositores mais experientes.
A principal voz na Câmara contra a discussão sobre direitos dos homossexuais é a de Bolsonaro, deputado no sexto mandato e capitão do Exército. Enquanto os representantes da Frente Evangélica e os da Família medem as palavras ao tecer críticas aos projetos que combatem a homofobia, Bolsonaro é desabrido e promete enterrar os projetos do colega (leia as entrevistas de Wyllys e Bolsonaro abaixo).
Segundo João Campos (PSDB-GO), líder da bancada evangélica, o grupo respeitará as posições de Wyllys e de sua Frente. Um dos pontos de atrito entre eles é o material contra a homofobia, a ser distribuído pelo Ministério da Educação nas escolas. “Somos contra discriminação, mas não queremos que o governo faça apologia da homossexualidade”, diz Campos.
No Senado, a Frente Parlamentar pela Cidadania GLBT é liderada pela senadora Marta Suplicy (PT-SP), que desarquivou o projeto de lei que torna a homofobia crime. Marta e Wyllys começam a procurar parlamentares simpáticos a seus projetos. “Vamos atrás dos que se inclinam a nos apoiar, mas não têm coragem por questões eleitorais”, diz Marta. Não foi difícil mapear o inimigo. Wyllys precisa, agora, encontrar os aliados para o dia do paredão.
O deputado estreante pretende propor o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, uma evolução da união civil
ÉPOCA – Qual é a pauta da Frente GLBT?
Jean Wyllys – Primeiro, a defesa do projeto Escola Sem Homofobia. Depois, também vou protocolar o projeto de casamento civil [entre pessoas do mesmo sexo]. Vou propor e protocolar no dia do lançamento da frente. Existe um projeto tramitando de união estável, nós vamos propor outro. Não é “casamento gay”. Quando a imprensa coloca assim, provoca um equívoco quanto à noção do sacramento do casamento. Não estamos tratando disso, mas de um direito civil. O Estado é laico e o casamento é um direito civil, ele tem que ser estendido ao conjunto da população, independente da orientação sexual e identidade de gênero. Se os homossexuais têm todos os deveres civis, então têm que ter todos os direitos. É assim que funciona uma república democrática de verdade.
ÉPOCA – E o projeto que criminaliza a homofobia?
Jean Wyllys – O projeto que criminaliza a homofobia foi desarquivado agora pela senadora Marta Suplicy, que faz parte da Frente no Senado. Esse projeto altera a lei do racismo e inclui discriminações por identidade de gênero e orientação sexual. Essa lei não vai proibir ninguém de continuar odiando homossexual, para aqueles que odeiam. Quem quiser que continue alimentando seus ódios, privadamente. É um direito. Agora, publicamente ela não pode impedir um homossexual de acessar um direito e nem de expressar publicamente a sua sexualidade. E quase sempre o homossexual é impedido de acessar um direito e expressar sua homossexualidade de maneira violenta.

ÉPOCA – Como é a reação a suas ideias?
Wyllys – Meu Facebook foi tirado do ar em uma ação orquestrada. É natural que minha presença na Câmara provoque uma reação. O movimento GLBT chegou ao Congresso. Por enquanto, não tive muito contato com os deputados da bancada evangélica e cristã. Vou ter esse contato porque estou reestruturando a Frente Parlamentar pela Cidadania GLBT. Ela existiu com o nome Frente Parlamentar pela Livre Expressão Sexual, mas como a maioria das frentes aqui, não tinha uma agenda de atividades e ação concreta. A primeira decisão que tive, depois de uma conversa com a Associação GLBT, é que a frente vai funcionar de verdade. Acho que há condições de criar um ambiente propício. Mesmo no contato com a bancada evangélica, embora muitos deputados tenham se colocado publicamente. Eu acredito no meu papel pedagógico, de sentar e explicar as questões que merecem ser explicadas para que os preconceitos sejam derrubados. Eu não sei se vai haver terreno fértil do outro lado. Mas para mim o exercício da política é esse.

ÉPOCA – Como vê a reação contra o programa que combate a homofobia na escola?
Wyllys – É uma ignorância que persiste por má-fé. O material não ameaça os valores cristãos. Pelo contrário, ele assegura algo que é valoroso para os verdadeiros cristãos: o valor da vida e o respeito ao outro. Quem fala o contrário fala por má-fé, porque não quer ver seus espaços de poder ameaçados.
Bolsonaro é a caricatura de um deputado nostálgico de tempos sombrios de ditadura e repressão às liberdades. Às vezes penso que nem ele acredita no que diz.

ÉPOCA – O deputado Bolsonaro diz que o material incentiva a homossexualidade.
Wyllys – Bolsonaro é a caricatura de um deputado nostálgico de tempos sombrios de ditadura e repressão às liberdades. Às vezes penso que nem ele acredita no que diz. É mais para produzir um efeito midiático e despertar o que há de pior nas pessoas para ter ganho eleitoral. Ele faz uso da ignorância popular e dos preconceitos que são reproduzidos e dos quais as pessoas não se livram exatamente porque não há um projeto sério que radicalize na defesa dos direitos humanos no país.

ÉPOCA – Como avaliou o material do kit Escola Sem Homofobia?
Wyllys – O material cumpre a função a que se propõe. Ao contrário do que alguns deputados de orientação evangélica têm falado, cumpre muito bem o que se propõe sem ferir brios, sem ferir a moral. É um material muito bem elaborado que contribui para construir uma cultura livre de direitos humanos e diversidade na orientação sexual nas escolas, que é hoje o espaço privilegiado de reprodução da homofobia.

ÉPOCA – Como o material vai mudar essa realidade?
Wyllys – Ele é destinado aos formadores de opinião dos alunos, aos monitores e professores. Hoje o bullying e a homofobia são praticados largamente pelos alunos, mas também pelos professores que não reconhecem outras sexualidades que a heterossexualidade. Quando reconhecem, é sempre numa perspectiva de discriminação, de algo menor. Por exemplo, os professores de ensino médio tem uma dificuldade enorme de lidar com as transexuais e travestis. Não deixam que usem o nome social e, quando usam, transformam em objeto de injúria – o que faz essas alunas abandonar a escola. Os professores não sabem lidar com os alunos afeminados, que fogem dos papéis de gênero definidos pela sociedade.
Eu fui um menino que fugia das normas. Não curtia futebol, das brincadeiras de briga. Eu gostava de desenhar e de ler e por isso eu sofria muito e não era protegido pelos meus professores. Muito pelo contrário, eu era constrangido a me enquadrar naquele modelo ali.

ÉPOCA – Alguma vez o senhor sofreu violência por parte dos professores?
Wyllys – Violência física não, mas simbólica constantemente. Os professores sempre me constrangeram. Eles diziam ‘tome jeito de menino’. Só não sofria mais porque era um excelente aluno. O material do projeto Escola sem Homofobia incide no imaginário desses professores, sensibiliza-os para outras realidades. Principalmente os vídeos que dramatizam as histórias de vida. Em um país como o nosso, em que a telenovela tem papel preponderante na formação das mentalidades, a dramatização das histórias das vítimas da homofobia é fundamental para sensibilizar o professor para essa outra existência violentada permanentemente.
Além disso, tem um material escrito que explica o que é identidade de gênero de maneira didática. Para que as pessoas compreendam, por exemplo, que existem pessoas como as transexuais e que a maneira delas se perceberem não está de acordo com o que a natureza lhes deu. A saúde psíquica dessas pessoas depende da aceitação do outro. O professor tem que entender que existem diferentes orientações sexuais e que o papel de gênero do menino pode ser dilatado. Quem foi que recebeu um fax dos céus dizendo que menino se comporta dessa e não daquela maneira? Que tem que gostar dessa ou daquela cor? A escola tem que ser um campo aberto para a pluralidade de comportamentos e existências.

Jair Bolsonaro: "Vamos fazer de tudo para enterrar"
Capitão do Exército, o deputado não reconhece a legitimidade da discussão sobre direitos dos homossexuais

ÉPOCA – Como vê a criação da Frente Parlamentar pela Cidadania GLBT?
Jair Bolsonaro – O primeiro passo para desgraçar um país é mexer na célula da família. Eles vão atacar agora o ensino fundamental, com o “kit gay”, que estimula o “homossexualismo” e a promiscuidade. Tem muito mais violência no país contra o professor do que contra homossexuais. Quando eles falam em agressões, é em horário avançado, quando as pessoas que têm vergonha na cara estão dormindo. A regra deles é a porrada e querem acusar nós, os normais, os héteros.

ÉPOCA – O senhor não teme estimular a violência com essa retórica?
Bolsonaro – Negativo. Só quero que a opção sexual se revele na intimidade do quarto, não obrigar um padre a casar um gay. O bigodudo vai dar um beijo na boca do careca, na frente dos convidados, e isso é legal?

ÉPOCA – Como vai ser o diálogo com o deputado Jean Wyllys?
Bolsonaro – Vou ter atrito com ele no campo das ideias e dos projetos, que vamos fazer de tudo para enterrar nas comissões. Se depender de mim, e de muitos outros, não vai para a frente. Em nome da família e dos bons costumes. Eles vão querer o quê? Vamos colocar um espanador na orelha? Vão vender os serviços de “homossexualismo” deles, é isso?
ÉPOCA – Se a homofobia virar crime, o senhor vai parar de criticar os gays?
Bolsonaro – Tenho imunidade para falar. Não vou medir palavras. Eu defendo a pena de morte, que é mais grave que criticar homossexual. O pessoal me chama de retrógrado, dinossauro, mas a verdade é que o Brasil está piorando desde o fim do regime militar.

ÉPOCA – O kit contra homofobia nas escolas não é importante para reduzir a violência contra os alunos gays?
Bolsonaro – Não tem nada a ver. Ele está é estimulando o homossexualismo e a promiscuidade. Dependendo do público que você permite a informação, vai deturpar. Nesse kit, consta três filmetes, um deles é o “Encontrando Bianca”. A história é esquisita. É um menino, que pinta as unhas, que quer ser chamado de Bianca, que quer frequentar o banheiro feminino. E no final ele passa a ser uma referência na escola. Eles alegam que é da 5ª série em diante, mas não tem como você botar uma linha porque os prédios são de 1ª à 9ª série, como vai dizer que aqui só pode ver quem está na 5ª série para cima?

ÉPOCA – Qual é o problema do filme?
Bolsonaro – É um estímulo ao homossexualismo. É uma porta aberta para a pedofilia. Você vai aguçar a curiosidade dessa molecada numa idade muito precoce. Acho que a garotada vai para escola para aprender matemática, língua portuguesa, história e, se possível, um pouquinho de educação moral e cívica, que hoje não existe mais.

ÉPOCA – Em discurso, o senhor disse que “se um garoto tem um desvio de conduta (de orientação sexual), ele tem que ser direcionado para o caminho certo. Nem que seja pelas palmadas”. O senhor não teme estimular casos de violência dentro de casa, que podem levar a agressões físicas graves e até a morte?
Bolsonaro – Essa política de defender o coitadinho já está aí desde que o Figueiredo saiu e olha como está a situação da educação no país hoje em dia. O professor tem preocupação de dar nota baixa porque ele pode apanhar do aluno. No meu tempo, os meus colegas tinham medo de comentar nota baixa com os pais. Eu não quero abrir mão de dar umas palmadas na minha filha se preciso for. Tem um projeto de lei criminalizando isso aí. O espancamento, que é uma lesão física, está previsto em lei que você não pode, é crime. Mas, quando um filho nosso começa a ter desvios, ter comportamento violento, você pega uma cinta, dá três lambadas e ele se endireita. E se você pode direcionar o comportamento agressivo, porque não o comportamento delicado demais? Eu tenho pavor, Deus me livre um filho meu começar a entrar para esse lado de ser delicado demais.

ÉPOCA – O senhor acha que falar mal de gays publicamente é um direito?
Bolsonaro – Qual o problema? Eu vou continuar criticando porque eles querem ser uma classe de primeira categoria. É o plano do Projeto de Lei 122 [que criminaliza a homofobia] que está no Senado. Se aprovar aquele projeto e um dia eu tiver que aprovar alguém comissionado, eu já nem pego o funcionário se perceber que joga no outro time. Isso porque, na hora de ser mandado embora, você nunca sabe o que ele vai alegar. Olha que absurdo, numa escola, dois moleques de 16 anos começam a trocar beijos e, se o diretor advertir, começa com três anos de detenção. Quer dizer, começa com “kit gay” na escola, uma proibição como do PL 122, mais a lei da palmada, esse país vai virar terra de ninguém

sábado, 19 de fevereiro de 2011

ALAS inscricao terminando

Postando pra lembrar aos amigos de Ciências Sociais que o prazo de inscricoes de trabalhos pro Congresso Internacional da Associação Latino Americana de Sociologia termina dia 23.
O site pra quem quiser mais informacoes e http://www.alas2011recife.com/

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Propinoduto no Barros Barreto?




Surgem varias denuncias sobre corrupção no Hospital Barros Barreto. Hoje a TV Record denunciou que pra começar um atendimento e leito e preciso pagar 50 reais. Seria o mensalao do Barros Barreto?

Marinor e Marta Suplicy lutando pela uniao civil de pessoas do mesmo sexo

Fonte: Agencia Senado

As senadoras Marinor Brito (PSOL-PA) e Marta Suplicy (PT-SP) foram recebidas pela ministra do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie nesta quinta-feira (17), para tratar de assuntos de interesses da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT, da qual integram a coordenação. O principal tema do encontro foi a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, proposta pelo governo do Rio de Janeiro, em março de 2008, sobre a questão da união entre pessoas do mesmo sexo.

Por meio desse instrumento, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, pede que o Supremo aplique o regime jurídico das uniões estáveis, previsto no artigo 1.723 do Código Civil, às uniões de funcionários públicos civis do estado com pessoas do mesmo sexo. Dessa forma, os mesmos direitos dados a casais heterossexuais podem passar a ser assegurados aos homossexuais em relação aos benefícios previdenciários e assistenciais.

Ao final do encontro com Ellen Gracie, a senadora Marinor Brito relatou que a ministra ouviu com atenção os pontos de vista em favor da ADPF 132, mas ponderou que ainda não havia analisado a matéria do ponto de vista jurídico.


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Divisao de cargos no DCE UFPA

Hoje ocorreu a reuniao para divisao dos cargos entre os setores políticos da UFPA.
A chapa 2, vencedora da eleição, teve direito a 14 cargos. A chapa 1 acabou levando 13 cargos. Os informes dao conta que PT, PC do B e PDT vao assumir seus cargos nesta gestao do DCE.

O DCE tem duas coordenacoes gerais, que serão divididas pelo MES, corrente do PSOL, e PSTU. O MES deve indicar Rafael Saldanha, estudante de Letras pra coordenação geral, o PSTU ainda discute nomes, mas deve ser Walter, Murilo ou Ricardo.
A Secretaria Geral fica com o PT, no caso a DS, campo Kizomba.
As tres diretorias de interiorização serão divididas, uma pra chapa 1 e duas pra chapa 2, sendo uma provavelmente pra CST/PSOL pelo trabalho que tem em Maraba, maior campus do interior.
A Diretoria de Mulheres e Negros ficam pro PT, na cota da DS, pelos trabalhos que tem na area de combate as opressoes. Ja a diretoria LGBT fica com a chapa 2. Esta divisao de cargos na area de combate as opressoes e direitos humanos e próxima da divisao que ocorreu em outras eleicoes.
Uma diretoria de movimentos sociais ficara com o PT, na cota da corrente PT pra Valer, do nosso amigo Rubens Camelo, que deve ser o indicado, e a outra Diretoria de Movimentos Sociais fica com a chapa 2.
As duas diretorias de finanças, de uma entidade que nao tem recursos, serão divididas também, entre as duas chapas.
Uma Diretoria de Assistência Estudantil ficara sob o comando do PDT, e outra ficara com a chapa 2.
As duas diretorias de imprensa serão divididas entre as chapas, uma ficando com o PT, na cota da Imprensa - DS, e outra pra chapa 2. O mesmo acontecera com as duas diretorias de cultura, divididas entre as duas chapas, uma diretoria pra cada um, sendo que a cultura nao sera da cota da DS.
As diretorias de area ficaram assim:
ICB - Chapa 2
Humanidades I - Chapa 1
Humanidades II - Chapa 2
ITEC - Chapa 1
Humanidades III - Chapa 2
ICS - PT, na cota da DS
ICEN - Chapa 2
IG - Chapa 1

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Salário dos deputados estaduais paraenses

No mínimo uma vergonha. Assim que se pode classificar o reajuste que os deputados paraenses deram pra si próprios na Assembléia Legislativa do Estado do Pará. Somente o deputado Edmilson Rodrigues do PSOL votou contra.

O maior absurdo é ver que no Pará, um dos Estados mais pobres em termos de distribuição de renda, com milhões de familias vivendo na linha da miséria, nossos parlamentares aumentem seu salário para 20 mil reais mensais, fora outros aumentos que vem agregados.

Brasilia é aqui?

Sobre a situacao do Egito




Solidariedade ao povo do Egito
Declaração da UIT-QI

Fora Mubarak!
Multidões exigem a queda de Mubarak. Nem o toque de recolher, nem a repressão policial pararam a mobilização. Cortaram telefones celulares e internet, para impedir a coordenação e difusão da luta, mas também não adiantou.
O exército saiu às ruas, supostamente para garantir o toque de recolher ordenado pelo ditador, produzindo a morte de quase 300 egípcios. Mas o poder da mobilização foi tão grande que o aparato militar de fato terminou dividido, quando militares de baixa patente confraternizaram com os manifestantes, dançando e cantando. Subindo nos tanques gritavam que o povo e o exército são um só.
O povo do Egito está nas ruas denunciando o desemprego, a inflação, o preço do pão, do leite em pó e lutando para derrubar a ditadura, no poder há quase 30 anos. Em 1º de fevereiro aconteceu a marcha do “milhão” em meio a uma greve geral. Milhões ocuparam as praças do Cairo e de todo Egito. A contundência das ações levou a que Mubarak, o principal aliado do imperialismo Ianque na região, e país chave para proteger Israel, esteja contra a parede. Numa tentativa desesperada para desmontar a mobilização e negociar, anunciou que terminará seu mandato em setembro e que não se apresentará nas eleições. Porém a resposta das massas mobilizadas foi contundente: “Fora!”, “Fora!” e decidiram seguir nas praças.

A revolução árabe está em marcha
Após o triunfo da revolução democrática na Tunísia, os povos árabes seguem mobilizando-se contra a fome e as ditaduras pró-imperialistas. Crescem as lutas no Yemen e Jordânia.
As massas árabes estão fartas de miséria, repugnantes desigualdades sociais (a fortuna de Mubarak é calculada em US$ 40 bilhões), corrupção e as ditaduras. Encabeçado pela pequena Tunísia e agora pelo poderoso Egito, está em marcha um processo revolucionário nos países árabes. No Yemen (pequeno porém importante aliado dos Ianques) e Jordânia (uma monarquia que capitulou há muito tempo a Israel) crescem as mobilizaçoes. O descontentamento já se extende a outros países como Argelia, Líbia, entre outros.
A queda do ditador tunisiano foi o primeiro sinal do início de um processo revolucionário no mundo árabe, que detonou o descontentamento contra Mubarak. No dia 25 aconteceu o “dia da ira”. Centenas de milhares de manifestantes tomaram as ruas do Cairo, Alexandria, Suez e outras cidades. Desde então, nem a repressão da polícia (com mais de 300 mortos), que foi obrigada a retroceder na maior parte das cidades, nem as “promessas” de Mubarak conseguiram deter o processo revolucionário.

Os egípcios reclamam contra a pobreza, o desemprego e a ditadura
Após 30 anos de ditadura de Mubarak, quase a metade da população é analfabeta e pobre; a maior parte sobrevive com 2 dolares por dia e recebe comida subsidiada. O desemprego supera 30% e entre os menores de 30 anos chega a 90%. Milhões de jovens com títulos universitário e formação profissional não tem nenhuma oportunidade de conseguir trabalho digno, são ambulantes e se alimentam só de pão. Nos últimos anos se instalaram grandes fábricas das multinacionais, para explorar mão-de-obra barata. Uma pequena minoria de milionários desfruta dos ingressos de turismo e da exportação do petróleo e algodão.
De várias formas se exige liberdades democráticas, mas também se luta contra pobreza e o desemprego. Ou seja, a crise mundial capitalista e os planos de ajuste também tem sua expressão no Egito e nos países árabes. Isso explicaria que as consignas religiosas islâmicas não tenham maior presença. A maior força política do país é a Irmandade Muçulmana, que teve 20% dos mandatos legislativos de 2005, quando pactuou com Mubarak sua apresentação. Não apoiou o início da mobilização e depois deu um tímido apoio pedindo calma.
As sedes do partido do governo são destruídas e queimadas no Cairo e outras cidades. Os cassinos Al Lail e Andalus e o Hotel Europa foram saqueados. Uma infinidade de veículos policiais são incendiados com coqueteis molotovs. Diante do temor do desabastecimento houve saques de alimentos. Nos bairros surgem comitês populares, em alguns casos junto com militares, para proteger as casas da ação de delinquentes e a multidão impediu que grupos de provocadores e assaltantes atacasse o Museo do Cairo.
A classe trabalhadora egípcia tem um papel importante na mobilização, como ocorreu na Tunisia. Há anos vem enfrentando o governo e os empresários atraves de greves. Desde dezembro de 2006 produziram-se as maiores e mais duradouras ondas de greves desde a década de 1940. Começaram com os operários texteis na cidade de Mahalla no delta do Nilo, centro da maior força proletária da região, com mais de 28000 trabalhadores.
O jornalista e blogueiro egípcio Hossam el-Hamalawy declarava a Al-Jazeera que “durante os últimos anos a revolta estava no ar. Assim surgiram os primeiros passos para conquistar sindicatos independentes da corrupta burocracia sindical da ditadura. Agora os trabalhadores são chave na greve geral contra Mubarak”.


O regime ditatorial de Mubarak, peça chave do imperialismo Ianque
O triunfo da revolução democrática na Tunísia foi muito importante, porém a revolução iniciada no Egito é de vital importância tanto para o imperialismo como para os povos do mundo.
Egito é o país árabe mais povoado e um dos poucos que reconhecem Israel. Mubarak é um aliado incondicional dos Ianques e de Israel, e seu regime parece ser o último bastião de um movimento político que passou do nacionalismo ao pró-imperialismo.
Nos anos cinquenta, o presidente Gamal Abdel Nasser encabeçou o nacionalismo árabe e enfrentou a presença invasora do sionismo na Palestina. Em julho de 1956 nacionalizou o estratégico Canal de Suez, que permite o acesso aos portos europeus do mediterrâneo ao petróleo do Golfo e aos produtos asiáticos baratos. Pouco depois, derrotou as tropas israelenses, inglesas e francesas, quando tentaram recuperá-lo na “guerra de Suez”.
O declínio daquele nacionalismo burguês abriu caminho a uma grande traição e a capitulação ao imperialismo ianque. Em 1978, em Camp David, a residência do presidente dos EUA/Anwar Sadat – sucessor de Nasser – assinou com Menajem Beguin um acordo, impulsionado por Jimmy Carter, reconhecendo o Estado de Israel (que devolveu os ricos territórios petroleiros da penísula do Sinai, ocupados desde 1967). A liga Árabe repudiou o acordo e Egito ficou isolado. Em 1981, um militante do fundamentalismo islâmico executou Sadat, que foi sucedido por Hosni Mubarak. Desde então, ele encabeça um regime cada vez mais corrupto e repressor, aliado incondicional e estratégico do imperialismo, para enfrentar o Irã e proteger Israel.
Por esse motivo, Mubarak recebe uma multimilionária ajuda militar do EUA, cujo poderio utiliza para colaborar com o sionismo, no bloqueio a Faixa de Gaza. Isto explica a solidariedade e apoio que recebeu tanto da monarquia da Arábia Saudita como do traidor Mahumed Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina. Todos temem que a queda de Mubarak provoque uma nova Intifada Palestina e o levante dos demais povos da região.

Obama e a crise do imperialismo
Obama está diante de um grande dilema. Como manter um regime aliado a seus interesses, se Mubarak for obrigado a fugir?. Não é um problema menor, pois quando realizou seu giro em 2009, com uma “mensagem” ao mundo árabe, utilizou o Cairo para fazer seu pronunciamento.
Sua derrota no Iraque e Afeganistão seguiu o debilitando na região. Nos Estados Unidos aconteceram numerosas mobilizações em apoio ao povo egípcio. Nada lhe assegura que uma “sucessão” com o “designado” vice-presidente, ex-general Omar Suleimán, restabeleça a calma. Tem sua grande arma de pressão sobre o exército pelos milhões de dólares que envia ao país, porém a cúpula militar se distancia de Mubarak.
Após 30 anos de férrea ditadura, salvo o partido islâmico da Irmandade Muçulmana, não há líderes ou organizações reconhecidas de oposição.
Aparentemente, poderia ser um “candidato” para uma “transição” o físico nuclear Mahamed el Baradei, prêmio Nobel da Paz em 2005, que foi diretor do Organismo Internacional de Energia Atômica, apoiado pelos EUA. Apesar da publicidade que os jornais dão a Baradei, ele até agora não possui um grande apoio popular. No Egito e no mundo árabe tornou-se conhecido em 2003, pois junto com o sueco Hans Blix, liderava as inspeções da ONU no Iraque e questionou as supostas “provas” sobre a existência de armas de destruição em massa nas mãos de Saddam Hussein. Essa foi a colossal mentira que utilizou Bush pai para “justificar” sua invasão ao Iraque. Porém Baradei é essencialmente um dirigente político liberal, moderado e pró-imperialista, que não representa nenhuma saída de fundo para satisfazer as demandas de quase 80 milhões de egípcios.
Obama oscila entre sustentar o ditador Mubarak e buscar uma saída negociada entre o exército, Baradei e a Irmandade Muçulmana, que chamou o alto comando militar à negociar uma transição política “pacifica”. O imperialismo busca evitar o perigo de uma mudança política radical, anti-EUA e anti-sionista.
Em síntese, nas ruas, não só está em jogo que o povo egípicio consiga melhorar suas condições de vida, senão também dar um grande golpe à influência do imperialismo ianque sobre o mundo árabe e à sustentação de Israel.

Solidariedade ao povo egípcio
Nessas horas decisivas o povo do Egito segue mobilizado, disposto a chegar até a derrubada do ditador Mubarak.
Diante da passividade e o apoio dos soldados à mobilização, Mubarak lançou nas ruas grupos aliados da ditadura que buscam esmagar a mobilização. Os enfrentamentos crescem. A luta exige que os trabalhadores e o povo egípcio se organizem para se defender desses bandos assassinos. E que se convoque aos soldados e aos militares de baixa patente a que contribuam com essa tarefa, formando comitês de soldados para coordenar a defesa da mobilização revolucionária contra a ditadura.
A mobilização nas ruas mostrou um imenso vazio de direção. Porém ao calor da luta se expressa de fato um esboço de duplo poder, e apostamos em seu desenvolvimento, com os comitês de vigilância nos bairros, os sindicatos e organizações juvenis que impulsionam a mobilização, para que se unifiquem na perspectiva de que avançe um poder alternativo operário e popular, em que não tenham espaço as direções reformistas e conciliadoras com a rançosa oligarquia egípcia e o imperialismo norte-americano.
No mundo cresce o repúdio a Mubarak e as expressões de solidariedade com o povo do Egito. A UIT-QI se soma a estas mobilizações e chama a aprofundar a solidariedade ativa para derrubar o ditador. Chamamos a mais ampla unidade de ação para realizar marchas e ações em frente as embaixadas e consulados de Egito.
Exigimos aos governos de todo mundo e, em especial, aos de Hugo Chavez na Venezuela, Evo Morales na Bolívia, Cristina Kirchner e Dilma Rousseff a que abandonem a passividade e que rompam relações com Mubarak e todos os ditadores que oprimem aos povos árabes e sustentam junto ao imperialismo o invasor Estado de Israel.
Abaixo Mubarak! Mobilização até que caia!


Unidade Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional UIT-QI, 02/02/2011

ENEG 2011 em Belem


Peco desculpas pela ausência de postagens no ultimo mês. Estive basicamente fazendo duas viagens que levaram um mês: Bienal da UNE no Rio e Encontro Nacional dos Estudantes de Geografia - ENEG, em Vitoria.

O próximo ENEG será em Belém, provavelmente em Janeiro ou Fevereiro de 2012.
Este ano acho que alem dos debates, das velhas discussões que não saem dos auditórios, o ENEG foi marcante pelo Geo na Rua, o ato dos estudantes de geografia que se solidarizaram com a luta contra o aumento da passagem de onibus em Vitoria. Foram mais de 200 estudantes que em grande ato abriram o pedagio da Terceira Ponte, que liga Vitoria a Vila Velha, maior município capixaba.

Alem disso a delegação paraense esteve presente no ENEG, e elegeu o estudante Thiago Bessa, de geografia do IFPA (antigo CEFET do Para) na coordenação do GT de Combate as Opressões da Confederação Nacional dos Estudantes de Geografia.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Equipe de Fernando Haddad no MEC




O ministro da Educação, Fernando Haddad, definiu os nomes de sua equipe para as secretarias no Ministério na gestão Dilma Roussef.

INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira): Malvina Tuttman, ex-reitora da Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro)

Sesu (Secretaria da Ensino Superior): Luiz Cláudio Costa, ex-reitor da UFV (Universidade Federal de Viçosa)

Secretaria de Regulação dos cursos superiores (nova secretaria): Luiz Fernando Massoneto, professor da USP (Universidade de São Paulo)

Secretaria de Relações Institucionais com Estados e municípios (nova secretaria): Carlos Abicalil, ex-deputado pelo PT-MT

Secad (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade):Cláudia Dutra, ex-secretária de Educação Especial

SEB (Secretaria de Educação Básica): Maria do Pilar Lacerda se mantem no cargo

Setec (Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica): Eliezer Pacheco se mantém no cargo

Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior): Jorge Guimarães se mantém no cargo

FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação): Daniel Balaban permanece na presidência

Secretaria-executiva do MEC: fica José Henrique Paim Fernandes