Um canal de debates sobre universidade pública, politicas educacionais, fatos e acontecimentos na UFPA.
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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Alex Fiuza na SEDECT
O governador eleitor Simao Jatene (PSDB) está fechando sua esquipe de trabalho. E conforme indicavam algumas conversas, o ex-reitor Alex Fiuza de Mello deve ser o novo secretário de desenvolvimento, ciência e tecnologia do Pará.
Um bom nome pra área como um quadro que sai dos meios academicos.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Situação dos cargos no DCE
O MES, setor maior do PSOL da UFPA, vai ter reunião hoje a tarde para definir a situação, o que vai propor de cargos e quem vai indicar. Rafael Saldanha de Letras e Karol de Biblioteconomia são os nomes pra ocupar a coordenação geral do DCE.
Perguntar não ofende
Foram entregues na primeira etapa o pórtico de entrada, agora o quinto portão da UFPA, sistemas de esgoto e pavimentação e fibra óptica.
Entretanto, tem algumas perguntas que ainda não tem respostas concretas:
1 - A comunidade universitária sabe , tem conhecimento da finalidade do Parque Tecnológico?
2 - Por que a discrepância de investimentos em pesquisas na área de tecnologias e e do outro lado em humanidades?
3 - Considerando as finalidades do Parque Tecnológico, quem vai ser mais beneficiado? Grandes empresas ou a população em geral?
E um última pergunta que tem e não tem haver com o Parque Tecnológico. Por que falta tanta energia na UFPA? Por semana geralmente duas vezes por semana falta energia a tare na UFPA
Celson no ICA
Pra quem não lembra Celson foi o representante da Pró-Reitoria de Extensão na abertura do XXV ENECS no Hangarzinho.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Parque Tecnologico será inaugurado hoje
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Chamada de artigos de revista na USP
O link é
http://www.fflch.usp.br/primeirosestudos/ojs/index.php/primeirosestudos/announcement/view/9
Seria um golaço se nossos Centros Acadêmicos conseguissem num esforço coletivo aqui no IFCH a mesma coisa, afinal um espaço pra divulgar a produção cientifica dos discentes é ou seria importantíssimo.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Delegação CONECS, Bienal...ENEFIL deve entrar?
Teremos reunião com os interessados na segunda-feira (03 de Janeiro) as 17 horas no bloco de Ciências Sociais. Na terça-feira (04/01) teremos pedágio as 8:30 da manha, que pode ser tanto pra compensar o ônibus se houver dificuldade financeira, ou se o ônibus já estiver 100% garantido pode ser um pedágio pras pessoas se manterem no Rio de Janeiro. Estão todos e todas convidados.
Delegados do CONECS UNIFAP e UFMA
Tem gente que se achava delegado e não debateu no CA e entrou em contato conosco querendo vaga. Lamentavela postura de confundir partidos, entrou em contato com seus correligionarios e nem sabia que oCA já tinha indicado o delegado.
Pelo Maranhão teremos delegadas. Aylane Mesquita, Tássia Ivila e Carol são as delegadas. Deve ser um CONECS participativo.
Eleição de Letras CAL
A novidade dessa vez é que o PSOL/MES venceu colocando o PSTU no bloco, e que vai permitir a entrada deste setor no CA, que é o maior da UFPA.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
UFPA aprova curso de mestrado profissional
A noite vou divulgar um texto sobre as implicações dos mestrados profissionais pra a universidade pública, gratuita e socialmente referenciada que tanto lutamos.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
SINGA 2011
Aproveito pra divulgar que a UFPA sediará o Simpósio Internacional de Geografia Agrária - SINGA no ano de 2011.
O site do evento é singa2011.ufpa.br
Será um evento interessante pras ciências sociais, principalmente pra sociologia rural e pra sociologia do desenvolvimento, pra historia, pedagogia, na área de educação do campo, ente outros campos do conhecimento.
Meus velhos parceiros de guerra Adolfo Neto, Luciano Penha e Matheus Costa e Silva são da comissão organizadora. Muito sucesso ao evento.
UERJ...explicações começaram
No Rio existe uma organização maior de ciências sociais. Houve neste ano algo que não ocorria há dez anos, o Encontro Fluminense dos Estudantes de Ciências Sociais - EFECS, e vai ter uma reunião estadual do movimento de área para que se possa fazer uma carta aberta ao movimento estudantil nacional de ciências sociais dando explicações.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
CONECS e Bienal da UNE
Estamos organizando uma caravana gratuita para o Conselho Nacional dos Estudantes de Ciencias Sociais - CONECS e Bienal de Ciencia, Arte e Cultura da UNE. Os interessados devem entrar em contato comigo (81907025) ou Ronaldo Bittencourt (81350927).
E o governismo na UFPA?
Uma pergunta que não quer calar: por que o governismo (PT e PC do B) levaram uma surra em todas essas entidades? Porque uma chapa em crise, com vários problemas internos que quase levou a explosão da unidade entre PSOL e PSTU impôs uma derrota categórica ao governo na UFPA? Importante que se ressalte que esta eleição do DCE não contou com o campus de Santarém, transformado em UFOPA.
A esquerda da UFPA passa por uma crise, mas o governismo está afundado sem precedentes.
Eleições estudantis
Na divisão dos cargos, a chapa 2 deve ter 6 cargos e a chapa 1 deve ter quatro.
Hoje a noite teremos uma definição melhor da situação da universidade, pois haverá o fechamento da eleição de Letras. Lá a disputa está equilibrada, com ambos tendo chance de ganhar. Acredito que existe uma pequena vantagem pra chapa PSOL/PSTU, mas a eleição só acaba depois que se apura o último voto.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Crescimento economico nao reduziu desigualdades
Ipea: crescimento econômico não levou à queda na desigualdade
SÃO PAULO – O crescimento da economia brasileira não foi capaz de promover a redução das desigualdades regionais, revelou comunicado divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) nesta terça-feira (14).
Entre 1995 e 2008, a economia brasileira cresceu a uma taxa média anual de 2,8%, mas este ritmo de aumento variou entre as unidades federativas, que mudaram pouco sua participação sobre o PIB (Produto Interno Bruto).
Participação
Salvo o caso de São Paulo, que perdeu 4,2 pontos percentuais de participação, os demais estados não apresentaram nenhuma perda ou ganho substancial de participação.
Os quatro estados com maior participação no PIB são os mesmos de 13 anos atrás: São Paulo (33,1%), Rio de Janeiro (11,3%), Minas Gerais (9,3%) e Rio Grande do Sul (6,6%).
Da mesma forma, os quatro estados com menor participação na economia continuam sendo os mesmos de 1995: Roraima (0,2%), Acre (0,2%), Amapá (0,2%) e Tocantins (0,4%).
“Em suma, houve cerca desconcentração da atividade econômica, mas ela foi incapaz de mudar substancialmente o perfil regional brasileiro. Isso sugere que distribuição da atividade econômica no território nacional advém de mecanismos econômicos que garantam a estabilidade do sistema, ao menos no curto período aqui examinado”, diz o comunicado
Regiões
Em relação às regiões do Brasil, os dados mostram que o Norte e o Nordeste produzem por habitante em torno da metade da média nacional.
Em 1995, o Sudeste tinha um PIB per capita 39% maior do que a média nacional e, ao final da série, esse valor passou a ser 33% acima da média nacional. Já para o Nordeste, o valor era, em 1995, 58% abaixo da média nacional e, ao final da série, estava em 53%.
“Como ilustração da lentidão da aproximação das regiões, basta dizer que, ao ritmo do período examinado, o PIB per capita do Nordeste só chegaria à marca de 75% do valor nacional ao redor do ano de 2074”, diz o comunicado.
USP sai na frente na questao da diversidade sexual
Nesta época em que pipocaram ações contra a diversidade sexual, a USP foi pioneira nas universidades brasileiras a apresentar um plano concreto, uma plataforma de ações para reforçar a luta pela diversidade sexual.
Segue abaixo texto de Dário Neto, meu conhecido da USP, que milita na diversidade sexual.
Mediante aos diversos atos homofóbicos ocorridos dentro da USP, como membro do Conselho Universitário desde 2006, tenho cobrado da Universidade políticas que coibam manifestações homofóbicas, como também ações que incentivem o respeito e a tolerância à diversidade. Desde o segundo semestre deste ano, fui convidado para compor o grupo que discutiria uma proposta de Programa e, resultado desse trabalho, o Pró-Reitor Adjunto de Cultura, Profº José Ricardo, docente da Medicina, encaminhou ao Conselho a minuta que cria o Programa. Por ser membro do Conselho de Cultura e Extensão, participei dessa reunião, defendendo a necessidade da criação da mesma. Além disso, também propomos uma Moção de Repúdio aos atos de homofobia ocorridos na região da Paulista, a qual foi aprovada e em breve será postada no site da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão.
Dário Neto
Membro do Conselho Universitário da USP
Membro suplente do Conselho de Cultura e Extensão da USP
Faleceu Heleieth Saffioti
Nota de Tatau Godinho* sobre a professora Heleieth
Heleieth Saffioti é conhecida internacionalmente como uma das mais importantes pesquisadoras feministas do país. Seus estudos sobre a situação das mulheres no mercado de trabalho no Brasil, desde a década de 1960, são pioneiros na análise sobre as desigualdades entre mulheres e homens, as diversas formas de opressão e exploração no trabalho. Professora de Sociologia, aposentada, da UNESP, e do Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da PUC-SP, nos últimos anos dedicou-se também ao estudo sobre a violência sexista, acompanhando de perto o problema no Brasil, com abordagem teórica sobre a violência de gênero e análise sobre as políticas públicas nessa área. Em sua homenagem, a instituição que desenvolve a política de apoio às mulheres vítimas de violência na cidade de Araraquara, inaugurado pela prefeitura em 2001, foi chamado Centro de Referência da Mulher “Heleieth Saffioti”.
Sempre identificada com posições de esquerda e progressistas, e sem temer a polêmica que as temáticas feministas costumam provocar, Heleith buscou compreender os mecanismos profundos da exploração das mulheres no capitalismo, insistindo com veemência na relação estrutural entre capitalismo, patriarcado e racismo. Sem abrir mão de suas convicções e com sólida formação acadêmica, Heleieth renovava em suas análises as referências teóricas marxistas e a elaboração dos estudos feministas. Como ela sempre dizia, o nó que amarra classe, gênero e raça constroi as dinâmicas de desigualdade na sociedade contemporânea.
Autora de mais de 12 livros sobre a situação das mulheres, estudos sobre gênero e teoria feminista, sua produção é uma contribuição indispensável para a sociologia brasileira. Sem medo de ser considerada uma defensora radical dos direitos das mulheres, a intelectual, pesquisadora e militante feminista, professora Heleieth Iara Bongiovani Saffioti é uma referência obrigatória na história da luta das mulheres no Brasil.
* Tatau Godinho, socióloga, militante do movimento de mulheres e integrante do Conselho Curador da Fundação Perseu Abramo
Eleições no CAL
Passei hoje por lá e a disputa está acirrada. A urna só foi aberta às 11 horas, o que acabou acabou prejudicando a chapa do PSOL e PSTU. Na eleição do DCE a oposição venceu nesta urna, vamos ver se isso vai refletir na eleição pro CA.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Definições no IFCH
Hoje e amanhã estamos tendo eleições pro CA de Geografia. Lá temos duas chapas: chapa 1 "Alternativa", ligada aos professores João Márcio e Geovani Mota, diretor geral do IFCH e articulador politico do IFCH, respectivamente. Portanto, pro mapa politicocaso a chapa1 é possivel que se tenham mais de um CA com o discurso da cooperação institucional. Por outro lado a chapa 2 "Quem vem com tudo nao cansa", dirigida pela CST, corrente interna do PSOL, do ex-deputado Babá e que por anos dirigiu o movimento estudantil da UFPA, tenta vencer a disputa, apresentando uma plataforma politica que busca dialogar com os academicos, sem perder a autonomia necessária para lutar e fazer enfrentamentos que forem precisos. No CA de Geografia sao dez cargos e a gestao é proporcional, e minha aposta é de que hoje a eleição terminou com vantagem pra chapa 2, mas sem no entanto conseguir uma diferença substancial para ter 6 cargos.
No CA de Historia a eleição deve ser somente no ano que vem, no inicio. A disputa ser´travada principalmente pelo voto dos calouros. Existe hoje o PSTU tentando retomar a hegemonia que um dia teve, mas sem a experiencia dos seus quadros do passado, e por outro lado a APS com um militante que tambem conhece a situação do curso.
O problema da esquerda
A esquerda não cresce porque é muito revolucionária, e na sequência todos os parceiros são pelegos, contra-revolucionários ou tem programas rebaixados e capitulam muito.
Quero dizer o seguinte: os companheiros de partidos e tendências (o outro) são sempre inferiores ao grupo que esta fazendo a avaliação (o eu). Daí existe um pulo pro sectarismo e pra critica leviana.
Nosso problema na esquerda é que ficamos medindo numa régua quem é mais revolucionário, e não percebemos que a régua tem 30 cm, enquanto a direita tem kilometros.
CONECS
Promete ser um ótimo instrumento de organização dos estudantes de cs do Brasil todo, com varias escolas confirmando presença. Vamos esperar pra ver, mas as expectativas são ótimas.
É possível que saiamos com um ónibus da UFPA.
sábado, 11 de dezembro de 2010
CONEB
O quadro das forças politicas no credenciamento dos CA's foi o seguinte:
UJS - 38 delegados
DS/PT - 29 delegados
CST/PSOL - 18 delegados
MES/PSOL - 15 delegados
PDT - 05 delegados
PCR - 02 delegados
Créditos pro camarada Pedro Fonteles do PC do B que me cedeu os dados.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Credenciamento do CONEB
Para a UFPA este momento vai ser diferente do que foi o CONEB passado. Desta vez os setores , todos, não estão preocupados em levar apenas delegados para levantar crachás. Existe uma preocupação forte com a renovação de quadros, por TODOS os setores que irão, influenciando a disputa que promete ser acirrada pro próximo período.
No sábado eu devo divulgar com mapa dos CA's de cada setor.
CACS
Ainda sobre a eleição do DCE
Um deles foi com o reitor, num balanço com o PC do B. Houveram acusações até de que o dialogo da reitoria com o DCE foi bom pra chapa 2. Dizem que Juan Hoyos, pessoa com bom transito na reitoria, defendeu que o dialogo com o DCE fosse na base do pão e agua. PC do B esta procurando unidade real com a DS, e apresentará um plano pra reitoria de construção deste setor.
O que está em jogo já são as eleições pra reitoria de 2012 (basicamente já estamos em 2011). Um detalhe importante: PC do B este ano vai assumir os seus cargos no DCE, diferentemente do ano passado quando escolheu apenas permanecer nos Conselhos Superiores. Este foi um erro tatico: quando chegaram a ter 45% dos cargos no DCE não compuseram gestão.
Uma avaliação da DS pra derrota nesta eleição atribui grande peso ao PSTU, que conseguiu deslocar a eleição da gestão do DCE, e trouxe muito boca de urna.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Saindo pela porta da frente
Gente simples, inteligente, educada, politizada, super militante, dirigente, alguem que, como Che, endurece, mas sem perder a ternura jamais.
Confesso que tive uma fisgada no peito, um certo arrepio, quando ela me falou que estava acabando de terminar um trabalho...O último trabalho da graduação.
Como o tempo passa rápido, depois de vários Encontros Nacionais de Estudantes de Ciências Sociais - ENECS e CONECS pode ser que eu tenha o 1º CONECS sem ela. Será um perda de difícil reposição pro movimento estudantil de ciências sociais.
Depois de vários anos, vários encontros, vários risos, varias lágrimas de vitorias, varias proposições, vários erros e muitos acertos, parece que chega a hora da despedida. Mas Renata sai pela porta da frente, com a dignidade de alguém que por vezes sendo a única representante da USP, nunca deixou de dar sua opinião, defender suas posições e pensar coletivamente.
Esta é uma das postagens que escrevo com maior tristeza. Hoje choram Marias e Clarices...
domingo, 5 de dezembro de 2010
CONECS saiu
Mais detalhes nas próximas postagens.
sábado, 4 de dezembro de 2010
Eleições DCE UFPA
A noite vou fazer uma analise mais detalhada dos setores políticos na UFPA, de acordo com a votação de cada urna.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Nota da CST sobre o trafico e violencia no Rio
Para acabar com a violência, é necessário acabar com os verdadeiros donos do tráfico de armas e de drogas.
Cenas que mais pareciam filmes de guerra, ou a continuação do filme Tropa de Elite, versão 3. Desta vez ao vivo e a cores. Eram tanques de guerra da Marinha, homens fortemente armados com fuzis e metralhadoras, muitos já “treinados” na ocupação do Haiti. Uma operação que contou com 2.600 homens da Policia Civil e Militar do Estado, do Exército, Marinha e Corpo de Bombeiro. Os moradores passaram por revistas e tiveram suas casas invadidas, muitos reclamaram da truculência e intimidação policial.
Foram apreendidas algumas dezenas de armas, drogas e 20 presos, entre os quais não estão o chefe do trafico do Alemão e nem da Vila Cruzeiro, que conseguiram fugir.
Os governos federal, estadual e municipal apostaram na ação e jogaram todo seu peso em aparições e discursos que não escondiam seu objetivo de marketing político. A mídia aplaudiu a ação, dizendo ser um marco de “refundação” da cidade. Dilma já anunciou que as UPP’s são a política de segurança pública que deve ser modelo em todo o país.
Mas será mesmo que tal ação vai acabar com o tráfico de drogas e trazer a paz, tão desejada, aos lares cariocas?
Em 2007, uma ação com 1.350 homens comandada pela Polícia Civil, Militar e a Força Nacional de Segurança, tomaram o complexo de favelas do Alemão, deixando o saldo de 23 mortos, entres os quais vitimas inocentes e com denúncias de que várias destas mortes tenham sido execuções.
No ano de 2002, na Vila Cruzeiro, o estado instalou a unidade do Gpae (Grupamento de Policiamento de Áreas Especiais), com 130 homens.
Mesmo após essas incursões policiais, o tráfico logo voltou a atuar nestas áreas, mostrando serem soluções efêmeras.
O tráfico de drogas e de armas: um negócio bilionário em todo o mundo.
O tráfico internacional de drogas e de armas está entre os negócios mais lucrativos do mundo, gerando bilhões e bilhões de dólares. São as indústrias químicas as que fornecem os produtos para o processamento e o refinamento das drogas. É a indústria bélica que fornece as armas usadas pelos narcotraficantes. Armas produzidas e vendidas legalmente nos EUA atravessam as fronteiras e chegam a nosso país.
O dinheiro, oriundo das ações ilícitas, passa por “operações comerciais e financeiras” que, num passe de mágica transformam esse dinheiro “sujo”, em dinheiro “limpo”. Ou seja, passam por contas bancárias e paraísos fiscais, como se fosse dinheiro ganho legalmente.
“Só de dinheiro-negro procedente da droga devem circular no mundo em torno de 800 bilhões de dólares. Se você liga a droga aos negócios associados como o tráfico de armas e de pessoas, aumenta este volume de negócio. E não falamos do que se pode fazer com este dinheiro: uma pizzaria, um hotel..., legais. A lavagem de dinheiro-negro entra no aparato de circulação do sistema e proporciona emprego e gera atividades econômicas que não são ilegais." (Felipe González - El País, 07).
E o que fez o governo Lula nos últimos oito anos para impedir a entrada de armas e drogas e a lavagem de dinheiro do narcotráfico no país?
Nossas fronteiras, portos e aeroportos não recebem fiscalização suficiente; os policiais civis e militares são mal remunerados. Em 2008, o governo através de MP, destinou R$ 5 bilhões do Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização (FUNDAF) destinado a reequipar a Secretaria da Receita Federal, para pagar a Dívida Pública.
Em 2010, foram utilizados apenas 0,4% dos R$ 24 milhões destinados ao programa de “Construção e Ampliação de Bases Operacionais e Unidades da Polícia Rodoviária Federal”. E apenas 2,5% dos R$ 3,6 milhões para o programa de “Monitoramento, Controle e Fiscalização Eletrônica da Malha Rodoviária Federal”. E até agora dos R$ 5 milhões programados nada foi aplicado para ação de “Implementação do Projeto de Policiamento Especializado de Fronteira” (PEFRON).
Baixos índices sociais, a corrupção e impunidade aumentam a violência.
Os baixos indicadores sociais (crise social = falta de emprego, saúde e educação), somados à corrupção e à impunidade levam os jovens a ser mão de obra para o tráfico e aumentam a violência.
Do orçamento geral da União de 2009, cerca de 35,57% foram destinados a pagar os juros e amortizações da Dívida Públicas e apenas 4,64% foram destinados a saúde; 2,88% a educação; 0,01% a habitação; 0,08% a saneamento e 0,61% a Segurança Pública. Estes são os dados de um país em que 65,5 milhões de pessoas não têm recursos financeiros suficientes para garantir a alimentação básica, segundo dados do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
Metade dos jovens de todo o país, entre 15 e 17 anos estão atrasados em seus estudos. De acordo com o IBGE, apenas 49,2% dos domicílios tem rede geral de esgoto. Os gastos em saneamento no Brasil são 444 vezes menores que os gastos com a dívida pública.
No Rio de Janeiro, a educação do estado está entre as piores do Brasil, só na frente do Piauí. Na região metropolitana do Rio de Janeiro um terço dos jovens entre 15 e 17 anos estão desempregados. Jovens nesta idade deveriam estudar, para mais à frente entrarem no mercado de trabalho.
Hoje existem mais de 1.000 favelas no Rio de Janeiro, cerca de 60% da população vivem nestas áreas, que cresceram ao longo das décadas, diante da ausência de políticas públicas e de um planejamento urbano. São pessoas de bem, trabalhadores e trabalhadoras, jovens, crianças e idosos, gente do povo.
O que fez Cabral nos últimos quatro anos para melhorar os indicadores sociais nas áreas de risco do estado? Lembremos que o PMDB, partido do governador comanda este estado desde 1998.
Aliado aos péssimos indicadores sociais temos a polícia pior remunerada do país, o que abre as portas para a corrupção. Temos um estado onde a corrupção e o crime são inerentes às instituições do próprio regime, gerando as Milícias, verdadeiras máfias, que crescem no interior do Estado controlando boa parte das favelas cariocas, alvo de uma CPI, presidida pelo deputado do PSOL/RJ Marcelo Freixo. Enquanto as UPP’s (Unidade de Policia Pacificadora) como bem denuncia o deputado, expressam uma concepção de Cidade que visa a preparação da Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016. “O mapa das UPP’s é muito revelador: é o corredor da zona sul, os arredores do Maracanã, a zona portuária e Jacarepaguá, região de grande investimento imobiliário”. E não há uma área de milícia que tenha UPP’s.
Em um estudo realizado em 2009 pelo Núcleo de Pesquisas das Violências (NUPEVI) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro revela um mapa das facções. O Narcotráfico controla 55,5% (536 favelas) das 965 favelas do estado do Rio de Janeiro, enquanto 400 favelas são hoje controladas pelas Milícias, ou seja, 41,5% das favelas. E 31 são consideradas neutras do controle dessas quadrilhas (Publicada pelo Portal G1 de 10/11/209). Em 2006 as milícias controlavam 92 favelas, hoje como vemos já são 400. Um crescimento vertiginoso durante o governo de Sérgio Cabral.
Enquanto as ações se limitem ao varejo da droga, não haverá soluções de fundo para impedir que drogas e armas cheguem às favelas do Rio. Não há política social para impedir que milhares de crianças e jovens sirvam como mão de obra barata para o tráfico de drogas, gerando ainda mais violência, consumo de crack e mortes entre os jovens, na maioria negros.
As favelas não precisam de tanques nem de armas, e sim investimentos sociais, escolas, postos de saúde, saneamento básico, moradia digna e planejamento urbano. Mas somente com pesados investimentos sociais será possível reverter esta situação. Somente com o controle dos nossos portos e fronteiras e também do sistema financeiro será possível acabar com a entrada de armas e drogas no país. Junto com isso é necessária a descriminalização das drogas. Enquanto Lula e Cabral continuarem governando de costas para o povo, financiando a corrupção, a impunidade, tratando a pobreza como caso de policia, e dedicando a maior parte do orçamento para pagar juros aos banqueiros não haverá verdadeira paz nos lares cariocas nem nos lares de todo o país.
Eleições CACS - Oposições triunfam
Os números ficaram assim:
Chapa 1 - 66 votos
Chapa 3 - 59 votos
Chapa 2 - 56 votos
A primeira imagem que fica é de que foi uma eleição apertada, e de fato foi. Mas a principal mensagem é de que existe um sentimento de rejeição no curso à atual gestão do CA. A chapa 2 é composta por pessoas novas, mas que pelo fato de colocarem na chapa membros da atual gestão, acabaram arcando com um ônus muito caro. As chapas de oposição, 1 e 3, conseguiram capilarizar esse sentimento em termos de votos, o que dá cerca de 70% dos votos pra oposição.
Confesso que o resultado me surpreendeu. Explico: a chapa 1 poderia ter tido muito mais votos, mas ainda falta a experiência eleitoral que a chapa 2 tem. A chapa 2 por sua vez me surpreendeu pra baixo, pois esperava que ficassem em segundo lugar. A chapa 3 mesmo com representantes de apenas uma sala soube não ser sectária e deixar a chapa 2 em último lugar.
Numa analise mais profunda é preciso ver alguns elementos. Não se enganem, a chapa 2 tinha por trás a força oculta dos partidos e correntes, PSTU e CST/PSOL. A eleição comprovou o fiasco que foi a gestão do PSTU. Por outro lado acho que o maior derrotado foi a CST, que mais uma vez entrou numa chapa junto com o PSTU em Ciências Sociais e assumiu um ónus que não era seu, uma conta cara demais pra pagar.
Do outro lado, comprova-se a força emergente da liderança de Ronaldo no curso.
Provavelmente a divisão de cargos deve ser assim:
4 cargos pra chapa 1, que tem direito a reivindicar a coordenação geral e a secretaria-geral ou tesouraria.
4 cargos pra chapa 3, que tem direito a reivindicar a vice-presidência ou tesouraria, ou secretaria geral em sua primeira pedida.
3 cargos pra chapa 2, que por ter sido a menos votada tem direito aos últimos cargos.
Liana, o equilibrio na comissao eleitoral
Confesso que um membro da comissão meio que se achava o presidente do Supremo, mas o equilibrio da colega Liana foi fundamental pras coisas transcorrem na paz que devia. Méritos pra ela.