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sábado, 9 de abril de 2011

A tragedia no Rio e o bullyng

Tenho visto sobre o tragédia no Rio e confesso que fiquei impressionado. A midia tem insistido em transformar o jovem Wellington Menezes num psicopata, associa-lo ao terrorismo, ao fundamentalismo religioso, entre outros.

Mas e preciso ver a situação sob outro ângulo. O que leva um jovem de 23 anos, bonito, a cometer um infanticidio desse porte? Li hoje no jornal O Liberal que ele entrou numa sala de aula e tirou a arma da mochila e nao atirou sequer uma vez contra a professora que lecionava no momento.

Foi uma acao totalmente arquitetada, bem planejada ate. O jovem foi a escola uma semana antes, solicitou a segunda via do histórico escolar, e voltou uma semana depois.

Ao que tudo indica foi uma reação extremada ao bullyng que sofreu. O bullyng refere-se a violência, física ou psicológica, praticada ou sofrida por um individuo com a perspectiva de humilhar outro. As vezes nem nos damos conta de como algumas brincadeirinhas , nem sempre inocentes como supomos, são capazes de destruir emocionalmente o outro. Na escola principalmente os negros, gordinhos e magrinhos, homossexuais (ou que os colegas supõem homossexual), entre outros são as principais vitimas.

É difícil ser diferente, é difícil ser um menino e não gostar de jogar futebol num pais em que homem que é homem é boleiro desde o berço, um menino não querer ser o pegador numa sociedade em que homem que é homem não pode negar fogo, é difícil ser uma menina e não ter a silhueta da Gisele Budchen (não sei se é assim que se escreve) quando se valoriza a mulata gostosa, enfim, é difícil ser diferente na escola, justamente quando o próprio sistema educacional não está preparado pra trabalhar com as diferenças.

É preciso rever a formação dos nossos docentes para a diversidade, é preciso que a escola esteja preparada pra trabalhar com os alunos vitimas de bullyng e aquele que praticam o bullyng.

Imagino a angustia do Wellington quando planejou tudo isso, mas colocava na balança ter que ceifar sua própria vida depois da barbárie. Valia a pena? Com toda certeza não, mas precisamos ser vigilantes com nossas crianças e adolescentes, com os outros Wellingtons que são vitimas de bullyng por ai todos os dias.

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