Um canal de debates sobre universidade pública, politicas educacionais, fatos e acontecimentos na UFPA.
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domingo, 30 de janeiro de 2011
Juan Hoyos no TCM
Mobilização contra o aumento da passagem
Alex Fiuza e o Nucleo de Estudos Marxistas
sábado, 29 de janeiro de 2011
Luta contra o aumento da passagem: entre o rabo preso e o divisionismo
Historia da expansao e interiorizacao da UFPA
Estudantes em luta no Reino Unido
"É o nosso futuro que está em jogo", afirmou Issac Percival, 16, enquanto marchava neste sábado (29) pelo centro de Londres ao lado de milhares de estudantes, professores, sindicalistas e trabalhadores de diversos setores em protesto contra uma lei do governo que aumenta as anuidades das universidades. No norte do país, uma manifestação também acontece na cidade de Manchester.
Percival pretende ingressar na faculdade em 2012, quando entra em vigor a lei que aumenta em até três vezes o teto que as instituições de ensino superior podem cobrar dos alunos. Das atuais 3.290 libras (cerca de R$ 8 mil) por ano, as anuidades podem passar a até 9 mil libras (R$ 24 mil).
No Reino Unido, todas as universidades são públicas, exceto uma única instituição, o que significa que todas recebem subsídio do governo para se manter. Anos atrás, o ensino era gratuito para cidadãos britânicos, mas hoje as faculdades dependem também da cobrança de anuidades para se manter. O aumento, aprovado em dezembro pelo Parlamento, veio justamente para compensar mais cortes de subsídios públicos.
"Fico preocupado como esses cortes vão refletir lá na frente. Tenho medo de não encontrar emprego. E aí, não sei como vou fazer para pagar o financiamento da faculdade", diz Percival, que pretende fazer um curso sobre religiões. Filho de um advogado e uma funcionária de escola primária, ele vive em Bristol, a cerca de 170 km de Londres. "Vim só para a manifestação e volto hoje mesmo. Vale a pena protestar, temos que mostrar nosso descontentamento."
O estudante Liam, que prefere não dar o sobrenome, faz coro ao amigo. "Se ficarmos sentados no sofá aí é que nada vai mudar mesmo", diz ele, que quer estudar geologia. Dos pais, ele diz não receber muito apoio. "Meu pai é policial e ele acha que isso não vai fazer diferença alguma, mas eu discordo."
Kate Stevenson, 16, também viajou de outra parte do país para protestar em Londres. "Vim de Leicestershire só para estar na manifestação. Mas eu estou protestando não só por mim. Temos que pensar a sociedade como um todo. As camadas mais pobres serão as mais prejudicadas."
O estudante Vishal Chauhan, 21, lembra que os cortes atingiram também outros benefícios sociais destinados a alunos de baixa renda. "A bolsa-auxílio de 30 libras por semana, voltada para alunos de 16 e 17 anos, vai fazer falta para muita gente."
Diálogo
Com o apoio de diversas entidades estudantis e centrais sindicais, o protesto deste sábado teve início às 12h de Londres (10h no horário de Brasília) em frente a uma das principais entidades estudantis, a ULU (University of London Union). A marcha percorre as principais ruas e praças do centro da cidade, como a Trafalgar Square, e deve terminar no fim da tarde em frente ao Parlamento. É a primeira manifestação depois dos protestos violentos de novembro e dezembro, em que dezenas de pessoas ficaram feridas e houve quebra-quebra.
Para conter os manifestantes, a Polícia Metropolitana de Londres anunciou uma nova estratégia: os policiais estão orientados a tentar "dialogar" com os estudantes. E, em vez de ficarem o tempo todo de capacete, o que indicaria a predisposição para o confronto, os policiais usarão boné ou quepe. O capacete, preso à roupa, só viria a ser usado em caso de necessidade.
As medidas são uma resposta às críticas recebidas pela corporação, que, nos protestos anteriores, usou uma tática chamada de "kettling", em que os manifestantes são cercados pelos policiais e impedidos de deixar o local --às vezes por horas.
Desta vez, estudantes dizem ter planejado uma ação mais direta, que incluiria até ocupação de prédios públicos. Para fugir dos cercos policiais, ativistas divulgaram um aplicativo, atualizado pelos próprios manifestantes, que indica se há algum cerco se formando.
No domingo (30), estudantes planejam se reunir em assembleia na LSE (London School of Economics) para fazer um balanço das ações até o momento e pensar nos passos seguintes do movimento. Um dos principais sindicatos de professores e funcionários, o UCU (University and College Union), estuda entrar em greve. Também no domingo diversos grupos sindicais prometem fazer protestos menores contra a política do governo.
Série de protestos
Os cortes na educação integram um pacote de austeridade para tentar reduzir o déficit público, mas têm gerado diversas críticas. "Hoje, o ingresso nas universidades britânicas é definido pelo mérito. Cada instituição tem suas exigências acadêmicas, mas o valor da anuidade é sempre o mesmo. Com o aumento do valor, o ingresso passará a ser definido não só pela nota do candidato, mas pela sua condição financeira. Isso certamente impactará famílias com renda mais baixa", analisa David Lewis, professor do Departamento de Políticas Sociais da LSE.
Pela lei aprovada, cidadãos de outros países da União Europeia que estudam no Reino Unido também serão afetados. Para os estrangeiros de fora do bloco, nada muda. Eles já pagam anuidades muito mais caras, fixadas livremente pela instituição, e não serão impactados pela nova lei.
Para compensar, a lei eleva o nível de renda dos alunos que poderão quitar o financiamento estudantil após a graduação. Também foi estendido o número de estudantes aptos a receber financiamentos.
Protestos
As medidas têm sido alvo de uma série de protestos. A manifestação deste sábado é a quinta, em menos de três meses, em defesa da educação. A primeira delas, que reuniu cerca de 50 mil pessoas no dia 10 de novembro, pegou a polícia desprevenida. Com poucos policiais nas ruas para conter os manifestantes, o protesto descambou para quebra-quebra e a entrada do prédio onde fica a sede do Partido Conservador ficou destruída.
As outras duas foram mais pacíficas. No entanto, a quarta manifestação, marcada para o dia 9 de dezembro, dia da votação do projeto de lei na câmara baixa do Parlamento (composta por membros eleitos, equivalente a deputado no Brasil), foi novamente marcada pelo confronto. O alvo principal dos manifestantes era o vice-primeiro-ministro Nick Clegg e seu Partido Liberal-Democrata. Durante a campanha para as eleições em maio, ele assinou um compromisso de se opor a qualquer aumento nas anuidades.
Porém, ao formar o governo de coalizão com o Partido Conservador do premiê David Cameron (que não havia conseguido maioria para governar sozinho), os liberais-democratas ajudaram a montar o plano de cortes no governo.
Com a aprovação da lei, os estudantes, que até então faziam um protesto sem grandes incidentes, terminaram em confronto direto com a polícia. Prédios públicos foram depredados. Dezenas de pessoas dos dois lados ficaram feridas --uma delas com traumatismo craniano--, e outras tantas foram detidas. Até o Rolls-Royce que levava o príncipe Charles e sua mulher, Camilla, chegou a ser atacado por manifestantes quando seguia por uma das principais ruas turísticas da cidade.
Dias depois, o projeto de lei também passou com tranquilidade pela câmara alta do Parlamento, formada por nobres e eclesiásticos, que não são eleitos pela população.
Nas semanas que se seguiram aos protestos, a polícia fez uma verdadeira caça para identificar e punir manifestantes flagrados em atos mais violentos. Para servir de exemplo, um jovem de 18 anos, considerado bom aluno, foi condenado a 2 anos e 8 meses de prisão por ter jogado um extintor de incêndio do alto de um prédio contra policiais e manifestantes.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Pra que serve o CONEB?
Da UFPA saíram dois onibus, um dividido entre PC do B e PT e outro pro PSOL, entre o MES e a CST majoritariamente.
Pro lado majoritario da UNE (PC do B e tendências do PT) é importante fortalecer uma agenda governista, que possa blindar e alicerçar o novo governo, leia-se Dilma Roussef.
Pro lado do PSOL, PCB, PCR, que formam com outros agrupamentos políticos a oposição de esquerda da UNE, o importante e reafirmar criticas ao projeto educacional em curso, concomitantemente às criticas gerais que são feitas ao governo.
Mas aquilo que é mais importante é o recrutamento partidario, pra TODOS os segmentos políticos. Ou seja, pro PSOL alem de ir pra um evento que ja esta perdido desde a tiragem de delegados o importante é ganhar quadros pro partido.
Trata-se de um evento de cunho cooptativo na essência, que tem logicamente o mérito de debater politicamente, de ser mais politizado que vários outros.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Assaltos no Terminal de ônibus da UFPA
Todos os dias estamos tendo assaltos.
É hora do novo governo tomar uma atitude firme, o que não dá é pra esperar alguém ser assassinado, o que aliás (espero que nao aconteça) seria uma tragédia anunciada.
sábado, 8 de janeiro de 2011
Edilza Fontes e o PC do B
Esta semana pela correria que está sendo conseguir o ônibus pro CONECS nao pude fazer postagens.
Mas vou tentar atualizar o blog.
Conversei com a prof. Edilza Fonte, que teve 12 mil votos pra deputada estadual pelo PT, sobre os rumores de sua ida pro PC do B.
Ela confirma a conversa politica com o PC do B, reafirma que o ingresso na legenda comunista depende das pretensões do PC do B para as próximas eleições. Ela que independência politica do PC do B em relação ao PT. Significa que gostaria que o PC do B tivesse candidato próprio a prefeito, no caso ela mesma.
O detalhe importante é que Charles Alcântara irá acompanha-la pro PC do B se as conversas evoluirem.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Alex Fiuza na SEDECT
Feliz ano novo?
entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez com outro número e
outra vontade de acreditar que daqui para adiante vai ser diferente...
você neste novo ano, desejo que os amigos sejam mais cúmplices, que sua
família esteja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida.
Dilma Roussef e a educação...o que esperar?
Não podemos esperar rupturas da politica educacional do Governo Dilma em relação ao gov Lula. To transcrevendo o que ela pensa sobre educação em seu discurso de posse. Vejamos bem se há continuidade e o que esperar pra educação superior.
Queridas brasileiras e queridos brasileiros, junto com a erradicação da miséria, será prioridade do meu governo a luta pela qualidade da educação, da saúde e da segurança.
Nas últimas duas décadas, o Brasil universalizou o ensino fundamental. Porém é preciso melhorar sua qualidade e aumentar as vagas no ensino infantil e no ensino médio.
Para isso, vamos ajudar decididamente os municípios a ampliar a oferta de creches e de pré escolas.
No ensino médio, além do aumento do investimento publico vamos estender a vitoriosa experiência do PROUNI para o ensino médio profissionalizante, acelerando a oferta de milhares de vagas para que nossos jovens recebam uma formação educacional e profissional de qualidade.
Mas só existirá ensino de qualidade se o professor e a professora forem tratados como as verdadeiras autoridades da educação, com formação continuada, remuneração adequada e sólido compromisso com a educação das crianças e jovens.
Somente com avanço na qualidade de ensino poderemos formar jovens preparados, de fato, para nos conduzir à sociedade da tecnologia e do conhecimento.