A Suprema Corte de Justiça do México confirmou que casais Homossexuais podem adotar filhos na capital do país. O governo federal e a igreja católica haviam protestado contra a medida.
Nove dos 11 juízes votaram a favor do reconhecimento das adoções, encerrando assim o último obstáculo à nova lei, que havia sido alvo de diversos recursos de grupos conservadores. "Levando em conta a todo momento o interesse superior da criança, a reforma proposta é constitucional", disse o ministro Arturo Zaldívar.
"Não há argumentos sólidos... que possam corroborar que estamos perante uma norma que se afasta dos princípios, dos valores, dos direitos e do texto da Constituição."
Em frente à corte, no centro histórico da capital, dezenas de pessoas se manifestavam contra e a favor da adoção. Alguns Homossexuais se beijavam ao final da votação, ou agitavam bandeiras com as cores do arco-íris e a palavra "igualdade." Já os adversários da nova lei gritavam histéricos com a bíblia na mão.
A discussão sobre os direitos dos Homossexuais ao casamento e à adoção ocupou durante mais de duas semanas o principal tribunal mexicano. Na semana passada, os juízes já haviam decidido que matrimônios contraídos na cidade valem em todo o país. Desde março, quando a reforma entrou em vigor, mais de 300 casais do mesmo sexo já contraíram matrimônio na Cidade do México.
O governo federal (conservador) recorreu contra a lei do Distrito Federal, alegando que ela viola a proteção da família. Mas os juízes consideraram que não há provas de que o a adoção por casais Homossexuais seja nociva às crianças.
"O amor pode ser dado por quem realmente o sente... não é uma questão de gênero que se determina se uma pessoa é ou não apta para adotar", disse a ministra Margarita Luna.
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