Crise mundial...
O pior ainda não passou!
A crise econômica capitalista abriu um novo período na situação mundial. Mesmo com dados alarmantes, muitos têm dito que o pior da crise já passou. Entretanto, os fatos desmentem esta análise. Recentemente a GM, uma das maiores montadoras do mundo, entrou em concordata. A OIT diz que até o fim de 2009 mais de 50 milhões de postos de trabalho fecharão.
Porém, a crise não é apenas econômica, é também política. O imperialismo tem enormes dificuldades para aplicar seus planos. Em suas investidas militares o imperialismo não consegue derrotar a resistência afegã. Sofreu mais uma derrota no Iraque, as tropas dos EUA acabam de deixar as cidades iraquianas como parte da retirada total de seu exercito daquele país. Na Palestina, Israel ataca, mas não consegue acabar com a resistência. Na América Latina não conseguiu derrotar os processos revolucionários da Venezuela e Bolívia. A eleição de Obama é uma tentativa das grandes corporações de dar um novo rosto para sua política imperialista desgastada na gestão Bush, a prova clara é que nos EUA 12 milhões de crianças passam fome e a população não possui saúde pública.
Os grandes capitalistas jogam todos os custos da crise nas costas da juventude e dos trabalhadores por meio do arrocho salarial e das demissões. E para isto contam com o apoio dos governos que destinam trilhões para salvar as empresas, dinheiro que poderia acabar com a fome no mundo, segundo a ONU. Infelizmente, nenhum governo do mundo apresentou um plano alternativo. Nem mesmo os governos que tomaram posturas independentes, como Chávez. Na Venezuela o plano “anti-crise” permite demissões livremente, aumenta o imposto sobre o consumo, impõe perda salarial de 20% e intervenção nos sindicatos classistas.
Unificar as lutas para não pagar pela crise!
Os ataques produziram uma forte intensificação dos conflitos sociais. Os trabalhadores, a juventude e o povo pobre têm demonstrado que não estão dispostos a pagar a conta da crise. Na França já tivemos duas greves gerais e uma greve nas universidades. Na Grécia, após uma forte luta da juventude, os trabalhadores fizeram também uma greve geral. Na Itália e Espanha a juventude ocupou ruas, escolas e universidades. Na Alemanha vemos fortes lutas operárias nas montadoras. No Leste Europeu as mobilizações já derrubaram um governo na Letônia. Na China aumentam os distúrbios sociais contra a ditadura capitalista do Partido Comunista. No Irã as lutas por democracia também refletem a crise social. Na América Latina os estudantes no Chile tomam as ruas. Operários argentinos tomaram algumas fábricas e conseguiram reverter demissões. No Peru os indígenas se levantam contra a opressão do governo Alan Garcia. Na Venezuela as lutas operárias e populares enfrentam a burocracia do governo Chavez e as multinacionais. Esses exemplos deixam claro que é necessário unificar as lutas para enfrentar os governos e os patrões e não pagar a conta da crise.
Conjuntura
Marolinha para o Presidente.. ...
Tsunami para a juventude e os trabalhadores!
Aqui a crise econômica chegou de forma brutal. Longe da marolinha do presidente Lula, assistimos a um Tsunami na vida dos brasileiros.
Até o final de maio já eram mais de 1 milhão de trabalhadores demitidos. Apesar de Lula afirmar que a crise não diminuiria os investimentos do Governo, os cortes de verbas da saúde e educação somaram R$ 1,8 bilhões.
O país está em recessão. São dois trimestres consecutivos de queda no PIB. Isso significa mais ataques contra a juventude, como a proposta do governo de restrição da meia-entrada e o aprofundamento do caos social.
Nenhum centavo para o FMI!
Seguir o exemplo do Equador: Auditória da dívida já!
Em meio à crise Lula corta recursos da educação e saúde. No entanto, destina 10 bilhões para o Fundo Monetário Internacional (FMI). Absurdo não é? Com esse dinheiro poderíamos evitar todos os cortes nas áreas sociais.
De janeiro até 7 de maio de 2009, a dívida pública consumiu R$ 81,5 bilhões do orçamento federal, ou seja, 10 vezes o que se gastou com educação.
Diante da gravidade da crise devemos nos espelhar na América latina. Os trabalhadores e o povo do Equador acabam de realizar uma auditoria da dívida. Comprovou-se que os contratos são ilegítimos e ilegais e a dívida foi reduzida. Esse é o caminho que devemos seguir. O Vamos a Luta é contra o pagamento da divida interna e externa. Defende a realização de uma auditoria na dívida brasileira, combinada com a suspensão imediata de todos os pagamentos. Os recursos devem ser destinados a um plano alternativo de emergência que enfrente a crise em favor dos trabalhadores e a juventude.
Fora Sarney!
Outro fato que também marca a agenda nacional é uma profunda crise da falsa democracia dos ricos. No Senado presidido por José Sarney os escândalos não param. O último começou com a comprovação de que o então diretor-geral do Senado, Agaciel Maia –indicado por Sarney – não havia declarado a Receita Federal uma mansão de R$ 5 milhões. Depois, descobriu-se que o motorista que atende a filha de Sarney recebe R$ 12 mil por mês.
Agora são mais de 300 boletins não publicados com mais de 600 atos secretos.
O presidente Lula sabe de tudo e é o chefe da gang. Não é a toa que destinou a Collor a pasta de infra-estrutura do senado, cuja responsabilidade é administrar verbas do PAC. Seria cômico se não fosse uma verdadeira tragédia! Collor, um dos maiores corruptos do país volta à cena, convidado por Sarney e Lula para administrar dinheiro público.
Lula defende Sarney
Não deixaremos acabar em pizza!
Sarney é o representante do que há de pior das oligarquias nacionais. Homem da Ditadura, esteve com os generais torturando e assassinado os guerrilheiros do Araguaia. Quando era presidente do Brasil foi duramente criticado pela UNE, CUT e o PT, agora é um dos principais conselheiros de Lula.
Lula defende a bandidagem instalada em Brasília e “blinda” o coronel Sarney para que tudo termine em pizza. Infelizmente a direção majoritária da UNE (PC do B/PT) é cúmplice da operação abafa para salvar Sarney.
A juventude precisa tomar as ruas novamente, com as caras pintadas, para colocar para Fora Sarney, Collor e os 80 picaretas do senado. Devemos repetir a campanha da UNE, que em 1992, incendiou o país, na campanha do Fora Collor!
Fim do Senado CorruPTo!
O Senado, além de corrupto, é oligárquico e antidemocrático: Todos os estados elegem o mesmo numero de senadores, independente da população! Trata-se de uma casa revisora de leis no interesse das oligarquias regionais de cada estado. O mandato dura 8 anos enquanto o do presidente da república é de apenas 4. O senado custa aos cofres públicos 2,7 bilhões anuais. Um senador recebe 16.500 reais, tendo direito a 14º e 15º salários, enquanto o povo vive com salário de fome. Além disso, para ter plano de saúde familiar vitalício, basta passar 6 meses no cargo de senador.
Uma casa completamente inútil, deveria ser extinta.
Chamamos à população a se mobilizar pelo Fora Sarney e todos os corruptos! A impor o Fim do Senado, para ser substituído por uma nova Câmara Única Proporcional, sem mordomias, eleita através de campanha sem financiamento de empresas; é necessário conquistar a revogação dos mandatos daqueles que se utilizam do cargo em benefício pessoal; a abertura dos sigilos fiscal, telefônico e bancário de todos os políticos; a fixação do salário dos parlamentares por meio de plebiscitos.
Em defesa da Petrobras 100% estatal
Lula: Chega de leilões para vender nosso petróleo!
A campanha “o petróleo é nosso” com apoio da UNE conquistou a Petrobras. Na era FHC perdemos o monopólio estatal do setor, iniciaram os leilões do petróleo e do gás. Hoje 60% de suas ação são privadas.
Lula nada mudou nesse quadro. Pelo contrário, aprofundou a privatização, na contra-mão do processo de lutas que percorre a América latina.
A prova está na 10ª Rodada de Licitações para Exploração de Petróleo e Gás realizada 2008 ANP-Agência Nacional do Petróleo. Venderam-se 130 blocos do nosso subsolo, para dezessete empresas sendo 6 estrangeiras.
Houve protesto contra os leilões em Brasília, no RJ, e paralisações de petroleiros em 5 estados. No entanto, Lula seguiu a mesma intransigência de FHC. Sua traição contra a Petrobras faz com que siga de pé a campanha contra os leilões
Nesse marco de privatização, ocorrem escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras. Tucanos trataram de impor uma CPI, tentam desgastar o governo em função da disputa de 2010. PT, PC do B e entidades atreladas ao governo, como CUT e UNE, foram contra e realizaram protestos em repúdio a CPI. Ao longo dos últimos três anos a Petrobras apoiou com R$ 11,9 milhões projetos desenvolvidos por CUT e UNE. Além disso, governistas querem defender sua boquinha nos cargos de estatais. O Diretor-Geral da ANP, responsável pelos leiloes que privatizam o petróleo, é Haroldo Lima, do PC do B.
Nem tucanos, nem governistas defendem a Petrobras.
Só com fortes mobilizações independentes reverteremos o processo acelerado de privatização de nossa empresa. Reivindicamos a reestatização da Petrobrás, fim dos leilões e anulação dos anteriores; retorno do monopólio estatal; redução de preços da gasolina, imediata instalação de comissão de base formada por funcionários da empresa para averiguar as irregularidades no interior da empresa.
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